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14/12/2006 - 16h32

Deputado coloca sigilo bancário à disposição do Conselho de Ética

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da Folha Online

Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, o deputado João Magalhães (PMDB-MG), acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, colocou à disposição do órgão seu sigilo bancário e negou ter recebido pagamento dos donos da Planam.

O parlamentar afirmou que conheceu Darci e Luiz Antonio Vedoin há dois anos, quando estiveram em seu gabinete para levar folders de divulgação da Planam sobre ambulâncias, mas que "não houve negociação nem emenda parlamentar".

Sobre a denúncia de que um assessor seu teria recebido dinheiro dos Vedoin, Magalhães disse que só tem um assessor homem, que é seu motorista em Brasília, e que o funcionário negou ter recebido dinheiro e também abriu seu sigilo bancário.

"Seria até bom que os Vedoin dessem o nome dessa pessoa, porque eu não sei quem é. Pode ser alguém que tenha se passado por assessor meu", afirmou.

O parlamentar ainda pediu que seja julgado o mais rápido possível. "É uma angústia muito grande ficar nessa incerteza. É um problema que se reflete na família. Gostaria que esse caso não seguisse para a próxima legislatura."

Depoimento inconsistente

Já o deputado Enivaldo Ribeiro (PP-PB) não convenceu o relator de seu processo no Conselho de Ética, Eduardo Valverde (PT-RO), sobre a origem dos depósitos feitos pelos sócios da Planam na sua conta e na de seu chefe de gabinete, Divaldo Soares Júnior.

Em depoimento à Polícia Federal, Luiz Antonio Vedoin afirmou que depositou R$ 48 mil na conta de Divaldo e R$ 20 mil na conta do deputado em troca de emendas para a aquisição de ambulâncias superfaturadas.

Valverde considerou "inconsistente" a explicação do parlamentar de que os recursos para o chefe de gabinete se referiam a um pagamento de consultoria prestada para a empresa dos Vedoin. "É estranho um assessor da confiança do gabinete prestar serviços para uma empresa que tinha interesse nas emendas apresentadas pelo deputado."

Ribeiro afirmou que os depósitos em sua conta, em 2004, foram uma ajuda para a campanha de sua filha Daniela Ribeiro, candidata a vice-prefeita de Campina Grande (PB). No entanto, ele admitiu que os recursos não foram contabilizados na prestação de contas da campanha ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

O depoimento do deputado João Caldas (PL-AL), previsto para hoje, foi cancelado. O parlamentar apresentou atestado médico ao Conselho de Ética.

Com Agência Câmara

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