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08/01/2007
-
19h50
ANDREZA MATAIS
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online, em Brasília e SP
Fracassou a tentativa do grupo suprapartidário de lançar hoje um candidato alternativo à presidência da Câmara dos Deputados. Sem uma candidatura de consenso e capaz de atrair votos de outros parlamentares, o grupo preferiu não lançar nenhum nome por enquanto.
Em vez da candidatura, o grupo pretende se reunir amanhã com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). O encontro deve ocorrer antes da reunião da bancada do PMDB, que deve definir seu apoio para a eleição.
O PMDB, entretanto, deve definir o apoio entre os atuais candidatos da base governista: Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP). O grupo suprapartidário defende uma candidatura do PMDB, que tem a maior bancada da Câmara.
Mas Temer já avisou que defende uma candidatura única --o que inviabilizaria ainda mais o apoio a um terceiro nome. Além disso, o PMDB deve tentar a reeleição para a presidência do Senado, com Renan Calheiros (PMDB-AL), e dificilmente um partido fica com o comando das duas Casas. A tendência é o PMDB ficar com a presidência de uma das Casas e apoiar o candidato da outra.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), um dos coordenadores da campanha de Chinaglia, ironizou hoje o encontro do grupo suprapartidário. O grupo --batizado de "Grupo dos 30"-- reuniu hoje em São Paulo 16 deputados de oito partidos.
"A reunião de hoje já mostrou que o grupo está diminuindo. Não eram 30 [pessoas]? Daqui a pouco o grupo inteiro cabe num Fusca", afirmou Delgado.
Ele também rebateu as críticas do grupo à candidatura de Chinaglia. "Já começou errado. Quem se propõe a fazer candidatura com ataques pessoais não vai muito longe. Dizer que Chinaglia é candidato dos sanguessugas... Não é por aí."
Segundo Delgado, o grupo deveria esperar a carta que Chinaglia enviará para os deputados, pois o petista pode se comprometer com as propostas lançadas hoje. O grupo defende que o candidato alternativo se comprometa com a transparência da Câmara, atualização do regimento, limitação da edição de medidas provisórias pelo Executivo, aprovação imediata do voto aberto e a prioridade à reforma política.
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Fracassa reunião para lançar candidato alternativo; grupo de Chinaglia ironiza
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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online, em Brasília e SP
Fracassou a tentativa do grupo suprapartidário de lançar hoje um candidato alternativo à presidência da Câmara dos Deputados. Sem uma candidatura de consenso e capaz de atrair votos de outros parlamentares, o grupo preferiu não lançar nenhum nome por enquanto.
Em vez da candidatura, o grupo pretende se reunir amanhã com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). O encontro deve ocorrer antes da reunião da bancada do PMDB, que deve definir seu apoio para a eleição.
O PMDB, entretanto, deve definir o apoio entre os atuais candidatos da base governista: Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP). O grupo suprapartidário defende uma candidatura do PMDB, que tem a maior bancada da Câmara.
Mas Temer já avisou que defende uma candidatura única --o que inviabilizaria ainda mais o apoio a um terceiro nome. Além disso, o PMDB deve tentar a reeleição para a presidência do Senado, com Renan Calheiros (PMDB-AL), e dificilmente um partido fica com o comando das duas Casas. A tendência é o PMDB ficar com a presidência de uma das Casas e apoiar o candidato da outra.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), um dos coordenadores da campanha de Chinaglia, ironizou hoje o encontro do grupo suprapartidário. O grupo --batizado de "Grupo dos 30"-- reuniu hoje em São Paulo 16 deputados de oito partidos.
"A reunião de hoje já mostrou que o grupo está diminuindo. Não eram 30 [pessoas]? Daqui a pouco o grupo inteiro cabe num Fusca", afirmou Delgado.
Ele também rebateu as críticas do grupo à candidatura de Chinaglia. "Já começou errado. Quem se propõe a fazer candidatura com ataques pessoais não vai muito longe. Dizer que Chinaglia é candidato dos sanguessugas... Não é por aí."
Segundo Delgado, o grupo deveria esperar a carta que Chinaglia enviará para os deputados, pois o petista pode se comprometer com as propostas lançadas hoje. O grupo defende que o candidato alternativo se comprometa com a transparência da Câmara, atualização do regimento, limitação da edição de medidas provisórias pelo Executivo, aprovação imediata do voto aberto e a prioridade à reforma política.
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