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16/01/2007 - 20h23

Sem-terra dizem que foram expulsos a força por seguranças de Janene

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ADRIANA CHAVES
da Agência Folha

Membros do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que haviam invadido a fazenda Três Jota, em Londrina (379 km de Curitiba), da família do deputado federal José Janene (PP-PR), acusaram os seguranças da propriedade de retirá-los à força do local na manhã desta terça-feira.

Segundo o coordenador regional do MST José Damasceno, havia 40 famílias de sem-terra na propriedade no momento em que "um grupo de pistoleiros" chegou ao local, às 5h, para expulsá-las.

"Eram 38 homens armados com escopeta e pistola. Atiraram para o alto e empurraram os trabalhadores, que foram colocados em um caminhão e levados para uma cooperativa do movimento Tamarana [município vizinho]. Um rapaz de cerca de 30 anos está desaparecido", disse Damasceno.

A propriedade --que tem 193 hectares e é usada para a criação de carneiros-- foi invadida em setembro. A Justiça havia determinado a reintegração de posse da área, mas a Polícia Militar ainda definia o plano de desocupação.

A fazenda está registrada no nome de Stael Fernanda Janene, mulher do deputado, acusado de se beneficiar do mensalão e absolvido pela Câmara, e consta entre os bens da família seqüestrados em maio pela Justiça Federal.

O comandante interino do 5º Batalhão da Polícia Militar, major Fábio Luiz Rincoski, confirmou a desocupação ilegal. "Chegamos ao local por volta das 9h, quando os sem-terra, entre 30 e 40 pessoas, haviam sido levadas de caminhão a Tamarana."

De acordo com o delegado-chefe de Londrina, Sérgio Luiz Barroso, dos 16 funcionários presentes na fazenda, dois foram presos em flagrante por porte ilegal de arma e munição. Os outros 14 assinaram um termo circunstanciado e responderão por execução arbitrária das próprias razões.

"Eles não negam a ação de retirada, mas dizem que foi uma reintegração pacífica. Passamos um 'pente-fino' na propriedade e só conseguimos localizar uma garrucha. Os dois funcionários presos disseram ter encontrado o revolver 38 e a munição que portavam nas barracas dos sem-terra", afirmou Barroso.

O advogado dos proprietários, Adolfo Gois, defendeu que "os sem-terra deixaram a fazenda pacificamente e por iniciativa própria e agora, não se sabe por que, apresentaram uma nova versão".

"Não há nenhum sinal de conflito. Foi uma iniciativa do MST após dilacerar o patrimônio e destruir a sede da propriedade. Em seguida, os seguranças a reocuparam."

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