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18/01/2007
-
20h29
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha
O funcionalismo estadual de Alagoas decretou greve geral, numa assembléia que reuniu nesta quinta-feira, em Maceió, cerca de 4.000 servidores. Além disso, o prédio da Secretaria da Fazenda foi invadido por grevistas no final da manhã e o sistema de emissão de notas fiscais eletrônicas foi desligado.
Os servidores dizem que só vão encerrar a paralisação se o governador do Estado, Teotônio Vilela Filho (PSDB), derrubar o decreto que cassou o reajuste salarial dado em 2006 ao funcionalismo estadual. O governo disse que a medida é necessária para cumprir a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Vilela Filho se reuniu no final da tarde com uma comissão de grevistas para discutir a crise. Até as 20h, a reunião não havia terminado.
A secretaria da Fazenda não estimou o prejuízo na arrecadação do Estado com o desligamento do sistema de emissão de notas. Até o início da noite, cerca de 300 servidores continuavam dentro do prédio.
Segundo a avaliação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Alagoas, a greve geral atinge 70% dos servidores estaduais. O governo do Estado ainda não tem uma avaliação sobre a extensão da greve.
Algumas categorias profissionais --como os policiais civis, professores e trabalhadores da saúde-- já haviam decretado greve durante a semana em assembléias próprias.
O Estado de Alagoas tem 51 mil servidores na ativa e 17 mil aposentados e pensionistas. O corte dos reajustes atingiu cerca de 80% do funcionalismo, segundo a Secretaria de Administração do Estado.
Os salários de dezembro, que começaram a ser pagos nesta semana, já sofreram cortes.
Segurança
A Polícia Militar decidiu, em assembléia, adiar para a próxima segunda-feira a decisão sobre o início da greve. Segundo Eduardo Lucena, presidente da Associação de Oficiais da Polícia Militar, apesar de não abrir mão do salário integral, a categoria aceita adiar alguns benefícios. O governo ficou de estudar a proposta.
Na quarta-feira, com a possibilidade da paralisação da PM --além da Polícia Civil, que já havia anunciado sua greve--, soldados do Exército ficaram de prontidão nos quartéis em Maceió, Recife e Garanhuns (PE). Com o recuo da PM, as tropas do Exército foram desmobilizadas.
A greve do funcionalismo já compromete alguns serviços do Estado. Os dois principais hospitais públicos de Alagoas --os prontos-socorros estaduais em Maceió e Arapiraca-- estão atendendo apenas aos casos de urgência.
Os dois hospitais estão trabalhando com apenas 30% dos servidores, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. A rede estadual de saúde de Alagoas tem cerca de 8.000 servidores.
Das 11 ambulâncias usadas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), apenas quatro estavam atendendo aos chamados ontem.
Cerca de 150 escolas estaduais que ainda não haviam encerrado o ano letivo de 2006 estão sem aulas, segundo informação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação.
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da Agência Folha
O funcionalismo estadual de Alagoas decretou greve geral, numa assembléia que reuniu nesta quinta-feira, em Maceió, cerca de 4.000 servidores. Além disso, o prédio da Secretaria da Fazenda foi invadido por grevistas no final da manhã e o sistema de emissão de notas fiscais eletrônicas foi desligado.
Os servidores dizem que só vão encerrar a paralisação se o governador do Estado, Teotônio Vilela Filho (PSDB), derrubar o decreto que cassou o reajuste salarial dado em 2006 ao funcionalismo estadual. O governo disse que a medida é necessária para cumprir a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Vilela Filho se reuniu no final da tarde com uma comissão de grevistas para discutir a crise. Até as 20h, a reunião não havia terminado.
A secretaria da Fazenda não estimou o prejuízo na arrecadação do Estado com o desligamento do sistema de emissão de notas. Até o início da noite, cerca de 300 servidores continuavam dentro do prédio.
Segundo a avaliação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Alagoas, a greve geral atinge 70% dos servidores estaduais. O governo do Estado ainda não tem uma avaliação sobre a extensão da greve.
Algumas categorias profissionais --como os policiais civis, professores e trabalhadores da saúde-- já haviam decretado greve durante a semana em assembléias próprias.
O Estado de Alagoas tem 51 mil servidores na ativa e 17 mil aposentados e pensionistas. O corte dos reajustes atingiu cerca de 80% do funcionalismo, segundo a Secretaria de Administração do Estado.
Os salários de dezembro, que começaram a ser pagos nesta semana, já sofreram cortes.
Segurança
A Polícia Militar decidiu, em assembléia, adiar para a próxima segunda-feira a decisão sobre o início da greve. Segundo Eduardo Lucena, presidente da Associação de Oficiais da Polícia Militar, apesar de não abrir mão do salário integral, a categoria aceita adiar alguns benefícios. O governo ficou de estudar a proposta.
Na quarta-feira, com a possibilidade da paralisação da PM --além da Polícia Civil, que já havia anunciado sua greve--, soldados do Exército ficaram de prontidão nos quartéis em Maceió, Recife e Garanhuns (PE). Com o recuo da PM, as tropas do Exército foram desmobilizadas.
A greve do funcionalismo já compromete alguns serviços do Estado. Os dois principais hospitais públicos de Alagoas --os prontos-socorros estaduais em Maceió e Arapiraca-- estão atendendo apenas aos casos de urgência.
Os dois hospitais estão trabalhando com apenas 30% dos servidores, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. A rede estadual de saúde de Alagoas tem cerca de 8.000 servidores.
Das 11 ambulâncias usadas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), apenas quatro estavam atendendo aos chamados ontem.
Cerca de 150 escolas estaduais que ainda não haviam encerrado o ano letivo de 2006 estão sem aulas, segundo informação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação.
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