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19/01/2007 - 10h49

Para procuradores, doação é prova contra Jungmann

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Os procuradores Raquel Branquinho e José Alfredo de Paula Silva, responsáveis pela ação de improbidade contra o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), fizeram um aditamento à ação anteontem para que a informação da doação de R$ 20 mil da Artplan à campanha do deputado em 2002 passe a constar do processo.

"O interesse em doar dinheiro para o réu Raul Jungmann é óbvio: trata-se de retribuir os ilícitos benefícios recebidos na execução contratual", escreveram os procuradores.

Os procuradores acusam Jungmann de chefiar esquema que teria desviado R$ 33 milhões do Ministério de Desenvolvimento Agrário entre 1998 e 2002, no governo FHC, quando comandou a pasta.

As fraudes estariam em gastos de publicidade do Incra, órgão subordinado ao ministério. Entre 2001 e 2002, o Incra fechou contratos com a Artplan de R$ 8,85 milhões.

Em 2002, a Artplan só fez doações a Jungmann e a Rubem Medina, sócio da agência.

Anteontem, um dia após anunciar que queria ser investigado, Jungmann ajuizou reclamação no Supremo Tribunal Federal por conta da ação.

De acordo com os procuradores, a intenção do deputado é obter decisão que o livre de ser processado por improbidade.

"Jungmann informou que desejava ser processado até o final para que sua inocência fosse provada. Infelizmente, seus atos demonstram que ele não deseja ser investigado, processado e julgado pela Justiça Brasileira", afirmaram os procuradores, por meio de nota.

Na segunda-feira, o deputado convocou entrevista na qual negou ter praticado irregularidades e disse que solicitara a seu partido e ao Conselho de Ética que o investigassem.

Outro lado

Jungmann disse que a Artplan participou de uma licitação absolutamente legal e lícita. "E a doação de R$ 20 mil feita para a minha campanha também foi feita de acordo com as regras da legislação eleitoral."

O deputado admitiu que seus advogados recorreram ao STF, mas disse que sua intenção de ser investigado no "campo político" permanece.

"Se o Supremo assim o entende, eu não vou reivindicar o que é um direito?", disse.

O advogado da Artplan, Carlos Leite, afirmou que não teve acesso ao autos do processo. "Mas temos certeza de que tanto a licitação quanto a doação para a campanha do deputado foram feitas dentro da lei."

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