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30/01/2007 - 11h14

Para PSB, presidente da Câmara precisará de humildade para "reconstruir" base

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O novo presidente da Câmara dos Deputados, seja ele Aldo Rebelo (PC do B-SP) ou Arlindo Chinaglia (PT-SP) terá que ser "protagonista da unidade" e ter "humildade para reconstruir" a base aliada do governo, segundo avaliação feita hoje pelo deputado Renato Casagrande, eleito senador pelo PSB (ES). O PSB apóia a candidatura de Aldo à reeleição da Casa.

"É preocupante abrir o Congresso com uma disputa na base aliada. Porque isso pode atrasar a aprovação das medidas [do PAC]."

Lucio Tavora-04.jan.2007/FI
Aldo e Chinaglia em almoço do PT
Aldo e Chinaglia em almoço do PT
"Ao comentar o clima dos últimos dias da campanha para a eleição da mesa da Câmara, e o estrago da divisão das base aliada no episódio, ele afirmou que o PT reagiu com mais força do que precisava às críticas feitas à campanha de Chinaglia.

Segundo Casagrande as críticas não são contra o PT, mas contra uma concentração de poder.

A expectativa do deputado é a de que, sem interferir no processo, o presidente Lula faça um apelo aos partidos para aglutinar a base após a disputa pela mesa da Câmara.

Passada a eleição, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) pode ser um importante instrumento para reforçar a coalizão, na opinião de Casagrande. "Nós não cortamos todas as pontes, não interrompemos o diálogo. O PAC pode ser um aglutinador, pode ajudar na reconstrução dessa relação política."

Casagrande é um dos integrantes do conselho político, que está reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o apoio ao PAC no Congresso.

Desgaste

O debate de ontem entre os deputados Aldo Rebelo (PC do B-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) ampliou o desgate na base aliada do governo. Aldo e Chinaglia são da base governista, mas se enfrentarão na eleição desta quinta-feira.

No debate, Aldo afirmou que não "julga prudente nem equilibrado a concentração de poder" nas mãos de um só partido. "Não creio que se deva dar mais força a um único partido. Não julgo prudente para o próprio PT a concentração de poder", disse.

A declaração de Aldo foi prontamente criticada por integrantes do PT. O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), disse que a atitude de Aldo foi "inadequada e deselegante" com o partido aliado.

"Não foi um gesto elegante. Elegância é bom para consolidar lideranças. Ele tentou criar um ambiente de rejeição ao PT que não existe", disse o presidente do partido.

O líder do partido na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), endossou as críticas de Berzoini a Aldo. Segundo o líder, o atual presidente da Casa agiu de maneira infeliz . "A bancada considera um erro colocar algo que não condiz com a ação do PT', criticou Fontana.

Para o deputado Carlito Merss (PT-SC), as palavras de Aldo foram injustas com a história do partido e do próprio candidato --que já ocupou o então Ministério de Articulação Política no primeiro mandato de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Esse é o discurso do PFL. Acho que ele não precisa do argumento no debate com o Chinaglia", afirmou Merss.

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