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06/02/2007
-
09h11
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
Correntes à esquerda no PT, momentaneamente alinhadas ao ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), prometem explicitar a atual divisão do partido em torno da chamada "refundação" da sigla no encontro do Diretório Nacional, sábado, em Salvador.
"Nós vamos fazer chamamentos à militância em torno da reconstrução e da crise que se abateu sobre ele. Divulgaremos nossa mensagem ao partido. O texto será mais polêmico ainda do que a versão que circulou no final de semana", disse o deputado estadual Raul Pont (RS), da Democracia Socialista.
O texto a que Pont se refere traz a assinatura de Tarso aborda temas caros ao atual comando petista, como a crise ética.
No âmbito da economia, a carta prega o controle dos capitais especulativos, tópico que não está em pauta neste momento na política monetária do Ministério da Fazenda.
As reações dos paulistas a Tarso começaram ontem mesmo. "O ministro seria mais construtivo se dissesse onde erramos, por que erramos, quem são os responsáveis por esses erros e como corrigi-los", disse o secretário-geral do PT paulista, João Antonio.
Para o deputado Jilmar Tatto (SP), a antecipação desse debate não favorece o PT, que deveria estar mais empenhado no apoio ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Esse tema terá um fórum próprio de discussão que é o Congresso Nacional do partido [que acontece em julho]."
Para o presidente do PT, Ricardo Berzoini, não se trata de "refundar" o partido, "mas Tarso e seus aliados têm todo o direito de ampliar o debate sobre os rumos da sigla com vistas no Congresso Nacional".
Outro tema que deve motivar discussões no diretório é a anistia do deputado cassado José Dirceu, projeto encampado na reunião do Campo Majoritário no último fim de semana.
"Quando o projeto vier, é claro que eu apóio. Fui contra a cassação de Dirceu", disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República. Assim como ele, Berzoini também deve dar aval à iniciativa e disse que o estatuto do partido prevê uma adesão à campanha do ex-ministro.
Correntes da esquerda do PT reagiram à proposta e prometem combatê-la em todas as instâncias partidárias. "Dirceu tem todo o direito de tentar sua anistia, mas se o PT trouxer essa discussão para dentro do partido terá de reabrir também o debate sobre as responsabilidades dele no caso de Marcos Valério", disse Valter Pomar, também membro do diretório.
Em seu blog, o ex-ministro negou ter trabalhado pelo apoio do Campo Majoritário. "Nunca discuti ou pretendi pedir o apoio institucional do PT para minha anistia, nem acho que é o caso. Trata-se de um direito constitucional. E tenho certeza que aqueles que o defendem farão a campanha."
Oficialmente, a pauta do encontro formalizaria o apoio quase incondicional do PT ao PAC.
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Esquerda do partido promete texto polêmico
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da Folha de S.Paulo
Correntes à esquerda no PT, momentaneamente alinhadas ao ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), prometem explicitar a atual divisão do partido em torno da chamada "refundação" da sigla no encontro do Diretório Nacional, sábado, em Salvador.
"Nós vamos fazer chamamentos à militância em torno da reconstrução e da crise que se abateu sobre ele. Divulgaremos nossa mensagem ao partido. O texto será mais polêmico ainda do que a versão que circulou no final de semana", disse o deputado estadual Raul Pont (RS), da Democracia Socialista.
O texto a que Pont se refere traz a assinatura de Tarso aborda temas caros ao atual comando petista, como a crise ética.
No âmbito da economia, a carta prega o controle dos capitais especulativos, tópico que não está em pauta neste momento na política monetária do Ministério da Fazenda.
As reações dos paulistas a Tarso começaram ontem mesmo. "O ministro seria mais construtivo se dissesse onde erramos, por que erramos, quem são os responsáveis por esses erros e como corrigi-los", disse o secretário-geral do PT paulista, João Antonio.
Para o deputado Jilmar Tatto (SP), a antecipação desse debate não favorece o PT, que deveria estar mais empenhado no apoio ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Esse tema terá um fórum próprio de discussão que é o Congresso Nacional do partido [que acontece em julho]."
Para o presidente do PT, Ricardo Berzoini, não se trata de "refundar" o partido, "mas Tarso e seus aliados têm todo o direito de ampliar o debate sobre os rumos da sigla com vistas no Congresso Nacional".
Outro tema que deve motivar discussões no diretório é a anistia do deputado cassado José Dirceu, projeto encampado na reunião do Campo Majoritário no último fim de semana.
"Quando o projeto vier, é claro que eu apóio. Fui contra a cassação de Dirceu", disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República. Assim como ele, Berzoini também deve dar aval à iniciativa e disse que o estatuto do partido prevê uma adesão à campanha do ex-ministro.
Correntes da esquerda do PT reagiram à proposta e prometem combatê-la em todas as instâncias partidárias. "Dirceu tem todo o direito de tentar sua anistia, mas se o PT trouxer essa discussão para dentro do partido terá de reabrir também o debate sobre as responsabilidades dele no caso de Marcos Valério", disse Valter Pomar, também membro do diretório.
Em seu blog, o ex-ministro negou ter trabalhado pelo apoio do Campo Majoritário. "Nunca discuti ou pretendi pedir o apoio institucional do PT para minha anistia, nem acho que é o caso. Trata-se de um direito constitucional. E tenho certeza que aqueles que o defendem farão a campanha."
Oficialmente, a pauta do encontro formalizaria o apoio quase incondicional do PT ao PAC.
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