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07/02/2007
-
12h55
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A ONG (Organização Não-Governamental) Transparência Brasil fez nesta quarta-feira um alerta de que a compra de votos nas eleições de 2006 pode ter influenciado significativamente no resultado do pleito.
Pesquisa encomendada pela ONG e outras entidades, como a Unacon --que representa os servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e da Secretaria do Tesouro Nacional--, apontou que 8,3 milhões de eleitores (8,25% do eleitorado) receberam ofertas de compra de votos nas últimas eleições. Em 2002, o índice foi de 3,3%.
A pesquisa não indicou para qual cargo essas pessoas foram instadas a vender seus votos --se para presidente da República, governador, deputado federal ou estadual--, nem se elas chegaram a cometer o crime.
Para o diretor executivo da Transparência Brasil, Cláudio Abramo, os dados são preocupantes uma vez que o contingente de eleitores que foram instados a vender seus votos é maior do que a soma de todos os votos depositados nos Estados de Roraima, Amapá, Acre Tocantins, Rondônia, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Amazonas.
Paraná
O Paraná foi o Estado com o maior número de incidência de compra de votos. Segundo a pesquisa, 22% dos eleitores receberam proposta nesse sentido, o que significa 1,3 milhão de eleitores.
Entre as regiões, a maior incidência foi na região Sul (12%), seguida da Nordeste (10%), Sudeste (6%) e Norte/Nordeste (5%). "A pesquisa demonstrou que o problema está se agravando e as evidências indicam que de forma catastrófica. A compra de votos está muito provavelmente influenciando as eleições brasileiras para qualquer cargo", disse.
Dados
A pesquisa revelou o perfil dos eleitores mais vulneráveis a vender seus votos. Ao contrário do que se costuma avaliar, esse grupo não é formado pelos mais pobres ou menos instruídos, são os mais jovens que se dizem dispostos a negociar o voto.
Conforme a pesquisa, 15% dos eleitores de 16 a 24 anos receberam oferta de compra de voto.
A escolaridade também não influencia. Os mais vulneráveis são os eleitores que têm de 5ª a 8ª séries --11% receberam ofertas--, mas os eleitores com nível superior também são vulneráveis --10% foram instados a vender seus votos.
O levantamentp foi realizada pelo Ibope, com 2.002 pessoas.
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8,25% do eleitorado recebeu oferta de compra de votos, aponta pesquisa
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da Folha Online, em Brasília
A ONG (Organização Não-Governamental) Transparência Brasil fez nesta quarta-feira um alerta de que a compra de votos nas eleições de 2006 pode ter influenciado significativamente no resultado do pleito.
Pesquisa encomendada pela ONG e outras entidades, como a Unacon --que representa os servidores da CGU (Controladoria Geral da União) e da Secretaria do Tesouro Nacional--, apontou que 8,3 milhões de eleitores (8,25% do eleitorado) receberam ofertas de compra de votos nas últimas eleições. Em 2002, o índice foi de 3,3%.
A pesquisa não indicou para qual cargo essas pessoas foram instadas a vender seus votos --se para presidente da República, governador, deputado federal ou estadual--, nem se elas chegaram a cometer o crime.
Para o diretor executivo da Transparência Brasil, Cláudio Abramo, os dados são preocupantes uma vez que o contingente de eleitores que foram instados a vender seus votos é maior do que a soma de todos os votos depositados nos Estados de Roraima, Amapá, Acre Tocantins, Rondônia, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Amazonas.
Paraná
O Paraná foi o Estado com o maior número de incidência de compra de votos. Segundo a pesquisa, 22% dos eleitores receberam proposta nesse sentido, o que significa 1,3 milhão de eleitores.
Entre as regiões, a maior incidência foi na região Sul (12%), seguida da Nordeste (10%), Sudeste (6%) e Norte/Nordeste (5%). "A pesquisa demonstrou que o problema está se agravando e as evidências indicam que de forma catastrófica. A compra de votos está muito provavelmente influenciando as eleições brasileiras para qualquer cargo", disse.
Dados
A pesquisa revelou o perfil dos eleitores mais vulneráveis a vender seus votos. Ao contrário do que se costuma avaliar, esse grupo não é formado pelos mais pobres ou menos instruídos, são os mais jovens que se dizem dispostos a negociar o voto.
Conforme a pesquisa, 15% dos eleitores de 16 a 24 anos receberam oferta de compra de voto.
A escolaridade também não influencia. Os mais vulneráveis são os eleitores que têm de 5ª a 8ª séries --11% receberam ofertas--, mas os eleitores com nível superior também são vulneráveis --10% foram instados a vender seus votos.
O levantamentp foi realizada pelo Ibope, com 2.002 pessoas.
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