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16/02/2007
-
15h43
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A briga entre correntes do PMDB, que havia sido amenizada com o ingresso do partido na coalizão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promete voltar com força na escolha do novo presidente da legenda. Os dois pré-candidatos ao cargo, Nelson Jobim e Michel Temer, tentaram chegar a um acordo sobre candidatura única, mas a iniciativa não foi em frente.
A Folha Online apurou que Temer e Jobim continuam as conversações na tentativa de evitar um racha do PMDB. No entanto, aliados dos dois lados estão estimulado a disputa. Os dois chegaram a conversar por telefone nesta quinta-feira.
Aliados de Jobim afirmam que o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) tem votos suficientes para derrotar o atual presidente do PMDB --que não vai abrir mão de sua candidatura. Pelos cálculos de interlocutores de Jobim, o ex-presidente do STF teria apoio de mais de 400 peemedebistas com direito a voto na convenção.
Os aliados de Temer rebatem esse cálculo. O presidente da legenda calcula ter cerca de 450 votos, com a perspectiva de crescer até 500. Como os integrantes do partido com direito a voto somam 782 peemedebistas --entre deputados, senadores, delegados e integrantes do diretório nacional-- as contas dos dois grupos não fecham.
A decisão está marcada para o dia 11 de março, em reunião da convenção nacional do PMDB. Temer disse que a data será cumprida pelo partido. A mudança chegou a ser cogitada em meio às especulações de que o presidente Lula esperaria a decisão do partido para anunciar a reforma ministerial. Lula, no entanto, mudou de idéia para evitar a demonstração de que estaria interferindo na disputa. Como o Palácio do Planalto sinalizou que o anúncio deve sair no final de fevereiro, o PMDB manteve a data da convenção.
Números
Aliados de Temer afirmam que o presidente do partido vive hoje uma situação muito mais favorável que na última eleição interna --quando não tinha apoio de Estados como Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Piauí. Ele diz contar com a adesão dos governadores Roberto Requião (Paraná), Paulo Hartung (Espírito Santo) e Luiz Henrique da Silveira (Santa Catarina).
Temer se reuniu ontem com Requião e saiu otimista da conversa. O Paraná reúne 65 peemedebistas com poder de voto, o terceiro maior "colégio eleitoral" do partido. Aliados de Jobim, por outro lado, dizem contar com o apoio dos governadores Sérgio Cabral (Rio de Janeiro) e Marcelo Miranda (Tocantins).
Em meio ao impasse, a estratégia dos dois pré-candidatos tem sido sair em busca de votos e fazer cálculos com base no mapa da convenção nacional do PMDB.
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Disputa entre Temer e Jobim pela presidência do PMDB divide partido
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da Folha Online, em Brasília
A briga entre correntes do PMDB, que havia sido amenizada com o ingresso do partido na coalizão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promete voltar com força na escolha do novo presidente da legenda. Os dois pré-candidatos ao cargo, Nelson Jobim e Michel Temer, tentaram chegar a um acordo sobre candidatura única, mas a iniciativa não foi em frente.
A Folha Online apurou que Temer e Jobim continuam as conversações na tentativa de evitar um racha do PMDB. No entanto, aliados dos dois lados estão estimulado a disputa. Os dois chegaram a conversar por telefone nesta quinta-feira.
Aliados de Jobim afirmam que o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) tem votos suficientes para derrotar o atual presidente do PMDB --que não vai abrir mão de sua candidatura. Pelos cálculos de interlocutores de Jobim, o ex-presidente do STF teria apoio de mais de 400 peemedebistas com direito a voto na convenção.
Os aliados de Temer rebatem esse cálculo. O presidente da legenda calcula ter cerca de 450 votos, com a perspectiva de crescer até 500. Como os integrantes do partido com direito a voto somam 782 peemedebistas --entre deputados, senadores, delegados e integrantes do diretório nacional-- as contas dos dois grupos não fecham.
A decisão está marcada para o dia 11 de março, em reunião da convenção nacional do PMDB. Temer disse que a data será cumprida pelo partido. A mudança chegou a ser cogitada em meio às especulações de que o presidente Lula esperaria a decisão do partido para anunciar a reforma ministerial. Lula, no entanto, mudou de idéia para evitar a demonstração de que estaria interferindo na disputa. Como o Palácio do Planalto sinalizou que o anúncio deve sair no final de fevereiro, o PMDB manteve a data da convenção.
Números
Aliados de Temer afirmam que o presidente do partido vive hoje uma situação muito mais favorável que na última eleição interna --quando não tinha apoio de Estados como Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Piauí. Ele diz contar com a adesão dos governadores Roberto Requião (Paraná), Paulo Hartung (Espírito Santo) e Luiz Henrique da Silveira (Santa Catarina).
Temer se reuniu ontem com Requião e saiu otimista da conversa. O Paraná reúne 65 peemedebistas com poder de voto, o terceiro maior "colégio eleitoral" do partido. Aliados de Jobim, por outro lado, dizem contar com o apoio dos governadores Sérgio Cabral (Rio de Janeiro) e Marcelo Miranda (Tocantins).
Em meio ao impasse, a estratégia dos dois pré-candidatos tem sido sair em busca de votos e fazer cálculos com base no mapa da convenção nacional do PMDB.
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