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28/02/2007
-
19h33
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se comprometeu hoje a instalar a CPI do apagão aéreo se o requerimento que pede abertura da comissão cumprir as determinações do regimento interno da Casa. "Se já tem número, vai ser instalada", disse.
O pedido de instalação da CPI foi protocolado nesta quarta-feira na Mesa Diretora da Câmara com a assinatura de 211 deputados, mas depende da decisão de Chinaglia para sair do papel. Inicialmente, Chinaglia se fez de desentendido sobre a instalação da CPI. "Já tem uma?", questionou.
Mas ao ser informado de que o requerimento havia sido protocolado na Mesa, disse que vai efetivá-la somente depois que os líderes indicarem os membros da comissão.
O regimento da Câmara exige, no pedido de abertura da CPI, a assinatura de 171 deputados --1/3 da Casa Legislativa.
Se instalada, a CPI irá buscar informações sobre as investigações do acidente com o avião da Gol, que caiu em setembro do ano passado. Na ocasião, o Boeing que fazia o vôo 1907 se chocou com um jato Legacy, da empresa americana Excel Aire. A Polícia Federal ainda não concluiu as investigações.
A comissão também pretende investigar a recente crise do setor aéreo, desencadeada após o acidente com o Boeing da Gol.
O ministro da Defesa, Waldir Pires, disse nesta manhã não acreditar que a instalação da CPI vá prejudicar as investigações sobre a crise aérea. "A CPI é um direito das oposições. Se é uma coisa que eu amo é transparência. Sempre é bom investigar", disse o ministro.
Esvaziamento
A Folha Online que apurou que líderes governistas entraram em campo para inviabilizar a instalação da CPI. Cientes disso, os autores do requerimento já protocolaram o pedido na Mesa da Câmara --o que impede que os governistas retirem suas assinaturas do pedido.
Apenas a deputada Manuela D'ávila (PC do B-RS) teve tempo de retirar a assinatura porque tomou a decisão ontem, antes do registro da CPI. Manuela teria justificado que assinou o requerimento por impulso e preferia ouvir o seu partido antes de confirmar a adesão. Cinco parlamentares do PC do B assinaram o requerimento.
Entre os que assinaram estão líderes de partidos governistas, como Miro Teixeira (PDT-RJ), Márcio França (PSB-SP), Juvair Arantes (PTB-GO) e Renildo Calheiros (PC do B-PE).
Para impedir a CPI, o governo tem agora apenas dois instrumentos: o presidente da Câmara pode considerar que ela é inconstitucional e os líderes podem atrasar a indicação dos membros.
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Chinaglia diz que instala CPI se houver assinaturas suficientes
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se comprometeu hoje a instalar a CPI do apagão aéreo se o requerimento que pede abertura da comissão cumprir as determinações do regimento interno da Casa. "Se já tem número, vai ser instalada", disse.
O pedido de instalação da CPI foi protocolado nesta quarta-feira na Mesa Diretora da Câmara com a assinatura de 211 deputados, mas depende da decisão de Chinaglia para sair do papel. Inicialmente, Chinaglia se fez de desentendido sobre a instalação da CPI. "Já tem uma?", questionou.
Mas ao ser informado de que o requerimento havia sido protocolado na Mesa, disse que vai efetivá-la somente depois que os líderes indicarem os membros da comissão.
O regimento da Câmara exige, no pedido de abertura da CPI, a assinatura de 171 deputados --1/3 da Casa Legislativa.
Se instalada, a CPI irá buscar informações sobre as investigações do acidente com o avião da Gol, que caiu em setembro do ano passado. Na ocasião, o Boeing que fazia o vôo 1907 se chocou com um jato Legacy, da empresa americana Excel Aire. A Polícia Federal ainda não concluiu as investigações.
A comissão também pretende investigar a recente crise do setor aéreo, desencadeada após o acidente com o Boeing da Gol.
O ministro da Defesa, Waldir Pires, disse nesta manhã não acreditar que a instalação da CPI vá prejudicar as investigações sobre a crise aérea. "A CPI é um direito das oposições. Se é uma coisa que eu amo é transparência. Sempre é bom investigar", disse o ministro.
Esvaziamento
A Folha Online que apurou que líderes governistas entraram em campo para inviabilizar a instalação da CPI. Cientes disso, os autores do requerimento já protocolaram o pedido na Mesa da Câmara --o que impede que os governistas retirem suas assinaturas do pedido.
Apenas a deputada Manuela D'ávila (PC do B-RS) teve tempo de retirar a assinatura porque tomou a decisão ontem, antes do registro da CPI. Manuela teria justificado que assinou o requerimento por impulso e preferia ouvir o seu partido antes de confirmar a adesão. Cinco parlamentares do PC do B assinaram o requerimento.
Entre os que assinaram estão líderes de partidos governistas, como Miro Teixeira (PDT-RJ), Márcio França (PSB-SP), Juvair Arantes (PTB-GO) e Renildo Calheiros (PC do B-PE).
Para impedir a CPI, o governo tem agora apenas dois instrumentos: o presidente da Câmara pode considerar que ela é inconstitucional e os líderes podem atrasar a indicação dos membros.
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