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06/03/2007 - 11h53

Jobim renuncia à disputa pela presidência do PMDB

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ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim renunciou nesta terça-feira à disputa pela presidência do PMDB. Ele disputava o cargo com o atual presidente da legenda, o deputado Michel Temer (SP). O embate entre os dois ocorreria na convenção nacional do partido, marcada para domingo.

Alan Marques/Folha Imagem
Michel Temer e Nelson Jobim
Michel Temer e Nelson Jobim
"Os acontecimentos das últimas horas enunciam opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB. Diante disso resta-me afastar-me em definitivo da contenda", diz nota divulgada por Jobim.

Sérgio Lima/Folha Imagem
Geddel foi o pivô da renúncia de Jobim
Geddel foi o pivô da renúncia de Jobim
Entre os motivos alegados por Jobim para desistir de sua candidatura está a suposta intervenção do Planalto na disputa. Segundo aliados do ex-ministro, a gota d'água teria sido o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para assumir a Integração Nacional.

Jobim considerou que Lula estava fortalecendo o grupo de Temer, já que o presidente do PMDB tem a preferência da bancada do partido na Câmara --onde está Geddel.

Aliados de Jobim --como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador José Sarney (PMDB-AP) tentaram evitar a renúncia de Jobim. A Folha Online apurou que eles chegaram a pedir para Lula adiar a reforma ministerial e a confirmação de Geddel para a Integração. Mas o pedido não teria sido aceito.

Impugnação

Às vésperas da convenção, a disputa entre Temer e Jobim estava cada vez mais acirrada. O ex-ministro do STF chegou a dizer ontem que iria desistir da candidatura.

Mas os aliados de Temer não deram trégua a Jobim. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos articuladores da candidatura de Temer, entrou com pedido de impugnação da candidatura de Jobim na Executiva Nacional do partido.

Segundo ele, o registro da chapa "Ulisses Guimarães" --de Jobim-- possui erros que seriam questionados oficialmente. Entre as irregularidades estava a duplicidade do ex-ministro Luciano Barbosa como um dos candidatos a vaga na Executiva Nacional. Com o nome registrado duas vezes, a chapa ficou apenas com 118 integrantes --enquanto o regimento do partido determina que sejam 119 candidatos a integrantes da Executiva.

Oficialmente, Temer chegou a desautorizar seu grupo a impugnar a candidatura de Jobim e negou que quisesse vencer no "tapetão".

"De fato, há irregularidades graves [na chapa de Jobim]. Houve [o pedido de] impugnação, mas a palavra tem sido a de que se dê prazo de 36 horas, 48 horas, para que se apresentem as autorizações [à chapa]. Vamos proceder dessa maneira para não parecer que queremos disputa no tapete. Queremos disputa no voto", disse Temer ontem. (A decisão de Jobim surpreendeu o grupo de Temer)

A convenção

No total, 564 delegados do PMDB têm direito a voto na convenção --entre deputados, senadores e integrantes do diretório nacional. Como alguns ocupam duas funções simultaneamente no diretório, poderão votar duas vezes na disputa, o que eleva o número de votos para 782.

O maior colégio eleitoral do PMDB está no Rio de Janeiro, com direito a 77 votos na convenção, seguido por Minas Gerais, com 66 votos, Ceará, com 50, e São Paulo, com 43 votos.

Além da escolha do presidente do partido, os peemedebistas vão eleger 119 integrantes do diretório nacional --de acordo com a proporcionalidade dos votos recebidos por cada chapa na disputa.

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