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06/03/2007
-
12h44
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A desistência do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim de disputar a presidência do PMDB pegou de surpresa o grupo que defende a candidatura à reeleição do deputado Michel Temer (SP). O grupo tomou conhecimento da decisão pela mídia. Jobim divulgou uma nota de renúncia, mas ainda não apresentou ao partido um pedido de retirada de candidatura.
Temer não deve comentar a decisão de Jobim para não sinalizar nenhum tipo de hostilidade.
A Folha Online apurou que Temer está disposto a dialogar com os aliados de Jobim para tentar unificar as duas chapas. Para isso, ele espera um movimento dos seus adversários.
O estatuto do partido também permite a substituição da chapa encabeçada por Jobim. Mas interlocutores do ex-ministro adiantaram à Folha Online que ele não tem interesse em nenhuma das hipóteses. O grupo deve ficar fora do comando do partido.
A Folha Online apurou que Jobim teria travado ontem um diálogo "áspero" com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) que teria culminado na decisão de desistir da candidatura.
Tarso é acusado pelo grupo de Jobim de ter influenciado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a avançar na reforma ministerial. Ontem, o presidente convidou o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para assumir a pasta da Integração Nacional. Geddel defende a reeleição de Temer e sua "nomeação" enfraqueceu o grupo de Jobim que pressionava para que essa decisão só fosse anunciada depois da convenção nacional. Ao escolher Geddel, Lula demonstrou que Temer --que fez a indicação-- tem força no partido.
Depois de anunciada a decisão do Planalto, Jobim teria perdido o apoio de lideranças importantes do PMDB, como o senador Joaquim Roriz (DF). O ex-ministro chegou a apresentar as retificações da sua chapa, que poderia ser impugnada porque apresentava erros --incluindo 12 novos nomes. O fato de ter corrigido a chapa e depois renunciado surpreendeu ainda mais o grupo de Temer que não viu sentido nesse movimento.
Nos bastidores, entretanto, o grupo de Temer diz que o ex-ministro do STF queria evitar uma derrota massacrante. Pela contagem do grupo de Temer, ele tinha uma vantagem de 100 votos sobre Jobim.
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da Folha Online, em Brasília
A desistência do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim de disputar a presidência do PMDB pegou de surpresa o grupo que defende a candidatura à reeleição do deputado Michel Temer (SP). O grupo tomou conhecimento da decisão pela mídia. Jobim divulgou uma nota de renúncia, mas ainda não apresentou ao partido um pedido de retirada de candidatura.
Temer não deve comentar a decisão de Jobim para não sinalizar nenhum tipo de hostilidade.
A Folha Online apurou que Temer está disposto a dialogar com os aliados de Jobim para tentar unificar as duas chapas. Para isso, ele espera um movimento dos seus adversários.
O estatuto do partido também permite a substituição da chapa encabeçada por Jobim. Mas interlocutores do ex-ministro adiantaram à Folha Online que ele não tem interesse em nenhuma das hipóteses. O grupo deve ficar fora do comando do partido.
A Folha Online apurou que Jobim teria travado ontem um diálogo "áspero" com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) que teria culminado na decisão de desistir da candidatura.
Tarso é acusado pelo grupo de Jobim de ter influenciado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a avançar na reforma ministerial. Ontem, o presidente convidou o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para assumir a pasta da Integração Nacional. Geddel defende a reeleição de Temer e sua "nomeação" enfraqueceu o grupo de Jobim que pressionava para que essa decisão só fosse anunciada depois da convenção nacional. Ao escolher Geddel, Lula demonstrou que Temer --que fez a indicação-- tem força no partido.
Depois de anunciada a decisão do Planalto, Jobim teria perdido o apoio de lideranças importantes do PMDB, como o senador Joaquim Roriz (DF). O ex-ministro chegou a apresentar as retificações da sua chapa, que poderia ser impugnada porque apresentava erros --incluindo 12 novos nomes. O fato de ter corrigido a chapa e depois renunciado surpreendeu ainda mais o grupo de Temer que não viu sentido nesse movimento.
Nos bastidores, entretanto, o grupo de Temer diz que o ex-ministro do STF queria evitar uma derrota massacrante. Pela contagem do grupo de Temer, ele tinha uma vantagem de 100 votos sobre Jobim.
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