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06/03/2007
-
14h18
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O Planalto adiou mais uma vez o anúncio da reforma ministerial, que deveria ocorrer nesta semana. O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse nesta terça-feira que a reforma sairá por inteiro somente na próxima semana.
Segundo Tarso, "90% da reforma já está pronta na cabeça do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva]". "Faltam só alguns detalhes."
Tarso disse que o presidente não quer fatiar o anúncio da reforma. Inicialmente prevista para meados de dezembro, a divulgação dos nomes dos novos ministros foi adiada várias vezes. Numa das vezes, o Planalto informou que a reforma sairia depois da eleição para a presidência da Câmara, vencida pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) em 1º de fevereiro. Depois, iria esperar pela convenção do PMDB, que vai escolher o novo presidente da legenda no domingo.
Segundo o ministro, o adiamento de hoje é justamente para evitar especulações de que o Planalto estaria interferindo na disputa do PMDB. "O presidente vai anunciar a reforma na próxima semana exatamente para não ser lida inicialmente como qualquer interferência na situação do PMDB", afirmou ele.
Apesar das negativas do Planalto, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim renunciou nesta terça-feira à disputa pela presidência do PMDB porque entendeu que o presidente Lula estava interferindo na eleição interna da legenda. Ele disputava o cargo com o atual presidente da legenda, o deputado Michel Temer (SP).
"Os acontecimentos das últimas horas enunciam opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB. Diante disso resta-me afastar-me em definitivo da contenda", diz nota divulgada por Jobim.
Entre os motivos alegados por Jobim para desistir de sua candidatura está a suposta intervenção do Planalto na disputa. Segundo aliados do ex-ministro, a gota d'água teria sido o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para assumir a Integração Nacional.
Jobim considerou que Lula estava fortalecendo o grupo de Temer, já que o presidente do PMDB tem a preferência da bancada do partido na Câmara --onde está Geddel.
"O presidente respondeu [ao Geddel Vieira Lima] ao que parecia melhor, já que esperou tanto e a articulação foi tão difícil. Uma das questões fundamentais era a unidade do PMDB", afirmou Tarso logo após a renúncia de Jobim.
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da Folha Online, em Brasília
O Planalto adiou mais uma vez o anúncio da reforma ministerial, que deveria ocorrer nesta semana. O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse nesta terça-feira que a reforma sairá por inteiro somente na próxima semana.
Raimundo Pacco/Folha Imagem |
Tarso anuncia adiamento da reforma ministerial |
Tarso disse que o presidente não quer fatiar o anúncio da reforma. Inicialmente prevista para meados de dezembro, a divulgação dos nomes dos novos ministros foi adiada várias vezes. Numa das vezes, o Planalto informou que a reforma sairia depois da eleição para a presidência da Câmara, vencida pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) em 1º de fevereiro. Depois, iria esperar pela convenção do PMDB, que vai escolher o novo presidente da legenda no domingo.
Segundo o ministro, o adiamento de hoje é justamente para evitar especulações de que o Planalto estaria interferindo na disputa do PMDB. "O presidente vai anunciar a reforma na próxima semana exatamente para não ser lida inicialmente como qualquer interferência na situação do PMDB", afirmou ele.
Alan Marques/Folha Imagem |
Michel Temer e Nelson Jobim |
"Os acontecimentos das últimas horas enunciam opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB. Diante disso resta-me afastar-me em definitivo da contenda", diz nota divulgada por Jobim.
Entre os motivos alegados por Jobim para desistir de sua candidatura está a suposta intervenção do Planalto na disputa. Segundo aliados do ex-ministro, a gota d'água teria sido o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para assumir a Integração Nacional.
Jobim considerou que Lula estava fortalecendo o grupo de Temer, já que o presidente do PMDB tem a preferência da bancada do partido na Câmara --onde está Geddel.
"O presidente respondeu [ao Geddel Vieira Lima] ao que parecia melhor, já que esperou tanto e a articulação foi tão difícil. Uma das questões fundamentais era a unidade do PMDB", afirmou Tarso logo após a renúncia de Jobim.
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