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06/03/2007
-
17h56
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu hoje, durante reunião com os 27 governadores na Granja do Torto, afinar o discurso do governo federal com os Estados sem a reação negativa de nenhum dos governadores --inclusive os de oposição. Nas mais de quatro horas de encontro para a discussão de temas como a reforma tributária, educação e segurança pública, os 27 governadores deixaram a Granja do Torto com o mesmo discurso: que o governo está disposto a dialogar com os Estados.
Em tom de cordialidade, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB-MG), disse que pela primeira vez nos últimos anos acredita na retomada das negociações dos Estados com o governo. "O presidente demonstrou conhecer a asfixia de alguns estados e mostrou disposição para discutir alguns pontos. Tenho a expectativa de iniciarmos um grande ciclo de negociações. Temos que acreditar nas palavras dos homens públicos", disse Aécio.
Já o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou que não houve clima de disputa entre governo e oposição. "Não houve polarização de natureza partidária entre oposição e situação. Foi presidente e governadores. Não houve politização político-partidária, nem deveria haver. É a mesma relação que tenho com prefeitos em São Paulo. A gente trata todo mundo igual independente de partido para atender aos interesses da população", defendeu Serra.
O momento mais tenso do encontro, segundo apurou a Folha Online, foi a interferência do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB). O governador fez críticas ao repasse de recursos do governo federal para o Fundeb e disse ser "inconcebível" um Estado como a Paraíba colocar mais recursos no fundo que o próprio governo federal.
Apesar das críticas feitas na presença do presidente Lula, o governador amenizou o tom ao final do encontro. "O que eu disso é que [as medidas] serão melhores. Ao invés de nos suicidarmos do 20º andar, estamos nos suicidando do 18º", disse.
Um dos principais aliados de Lula, o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), disse que o presidente conseguiu romper a barreira para o diálogo com os governadores. "Está destravado o diálogo, a interlocução. Foi uma reunião muito positiva. O presidente que convocou o país a destravar o crescimento hoje tirou mais uma trava: o do diálogo federativo", disse Déda.
Bom-humor
Lula não escondeu o bom-humor no encontro com os governadores. Aécio chegou a afirmar que Lula estava com um "bom semblante" diante da reação positiva dos governadores. No saldo do encontro, o governo acatou parte das reivindicações dos governadores na tentativa de ampliar a capacidade de investimentos dos Estados.
Em contrapartida, negou-se a ampliar a fatia Estados na arrecadação de impostos federais como a CPMF --principal reivindicação das unidades federativas.
Da pauta de reivindicação de 14 itens apresentadas ao governo no final de janeiro, apenas quatro foram acatados pelo presidente Lula: a votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) sobre precatórios, o aumento da distribuição de recursos do Fundeb e itens relacionados às dívidas estaduais.
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da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu hoje, durante reunião com os 27 governadores na Granja do Torto, afinar o discurso do governo federal com os Estados sem a reação negativa de nenhum dos governadores --inclusive os de oposição. Nas mais de quatro horas de encontro para a discussão de temas como a reforma tributária, educação e segurança pública, os 27 governadores deixaram a Granja do Torto com o mesmo discurso: que o governo está disposto a dialogar com os Estados.
Em tom de cordialidade, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB-MG), disse que pela primeira vez nos últimos anos acredita na retomada das negociações dos Estados com o governo. "O presidente demonstrou conhecer a asfixia de alguns estados e mostrou disposição para discutir alguns pontos. Tenho a expectativa de iniciarmos um grande ciclo de negociações. Temos que acreditar nas palavras dos homens públicos", disse Aécio.
Já o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou que não houve clima de disputa entre governo e oposição. "Não houve polarização de natureza partidária entre oposição e situação. Foi presidente e governadores. Não houve politização político-partidária, nem deveria haver. É a mesma relação que tenho com prefeitos em São Paulo. A gente trata todo mundo igual independente de partido para atender aos interesses da população", defendeu Serra.
O momento mais tenso do encontro, segundo apurou a Folha Online, foi a interferência do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB). O governador fez críticas ao repasse de recursos do governo federal para o Fundeb e disse ser "inconcebível" um Estado como a Paraíba colocar mais recursos no fundo que o próprio governo federal.
Apesar das críticas feitas na presença do presidente Lula, o governador amenizou o tom ao final do encontro. "O que eu disso é que [as medidas] serão melhores. Ao invés de nos suicidarmos do 20º andar, estamos nos suicidando do 18º", disse.
Um dos principais aliados de Lula, o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), disse que o presidente conseguiu romper a barreira para o diálogo com os governadores. "Está destravado o diálogo, a interlocução. Foi uma reunião muito positiva. O presidente que convocou o país a destravar o crescimento hoje tirou mais uma trava: o do diálogo federativo", disse Déda.
Bom-humor
Lula não escondeu o bom-humor no encontro com os governadores. Aécio chegou a afirmar que Lula estava com um "bom semblante" diante da reação positiva dos governadores. No saldo do encontro, o governo acatou parte das reivindicações dos governadores na tentativa de ampliar a capacidade de investimentos dos Estados.
Em contrapartida, negou-se a ampliar a fatia Estados na arrecadação de impostos federais como a CPMF --principal reivindicação das unidades federativas.
Da pauta de reivindicação de 14 itens apresentadas ao governo no final de janeiro, apenas quatro foram acatados pelo presidente Lula: a votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) sobre precatórios, o aumento da distribuição de recursos do Fundeb e itens relacionados às dívidas estaduais.
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