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06/03/2007
-
19h31
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O grupo do ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim vai boicotar a convenção nacional do PMDB marcada para domingo. Segundo o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), um dos principais articuladores da candidatura de Jobim, o grupo estará ausente em sinal de respeito ao ex-candidato à presidência do partido.
"Há a conclusão que, em respeito ao ministro Nelson Jobim, à sua decisão e à decisão tomada, nós não vamos comparecer à convenção. É um consenso, uma questão de compostura por parte dos nossos companheiros", disse Cabral.
Jobim anunciou hoje que renunciava à disputa pela presidência do partido por conta da interferência do Planalto na eleição. Jobim entendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva favoreceu o grupo de Michel Temer (SP) ao indicar a nomeação do deputado Geddel Vieira Lima (BA) para a Integração Nacional.
Cabral negou, no entanto, que o boicote vá provocar o já esperado racha no PMDB e deixar seqüelas que possam prejudicar a aliança do partido com o governo federal. "Eu não vejo uma sinalização do racha. Muito mais do que isso, política é feita de gesto", afirmou.
Questionado se o grupo de Jobim vai abrir mão dos três ministérios conquistados na reforma ministerial a ser anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cabral foi enfático: "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa".
O grupo vai manter o comando dos Ministérios das Comunicações, Minas e Energia, além de ter conseguido emplacar o médico José Gomes Temporão no Ministério da Saúde.
O governador disse que a ausência do grupo na convenção não deve ser encarada como "desrespeito" a Temer uma vez que os aliados de Jobim sempre declararam a preferência pelo ex-presidente do STF.
Além de Cabral, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AP) e José Maranhão (PMDB-PB), o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) e os governadores Eduardo Braga (Amazonas) e Marcelo Miranda (Tocantins) vão boicotar a convenção em apoio a Jobim. O grupo se reuniu nesta tarde com Temer para informá-lo do boicote.
"O meu caso é uma posição de respeito ao ministro Jobim. Essa discussão não tem nada a ver com o governo federal. É uma questão de delicadeza. A gente tem que ter compostura na vida", disse Cabral.
Numa clara demonstração de apoio a Jobim, Renan insinuou esta tarde que o governo pode ter dificuldades para garantir o apoio dos 20 senadores do partido diante do apoio velado a Temer. "Todos nós nos sentimos liberados [de manter o apoio ao governo] em função dos últimos acontecimentos. Estou totalmente solidário com a nota do Jobim", disse Renan.
Em nota, Jobim disse que "os acontecimentos das últimas horas" demonstram a "opção objetiva do governo" quanto à disputa no PMDB, numa referência direta ao convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para ocupar o Ministério da Integração Nacional.
Jobim considerou que Lula estava fortalecendo o grupo de Temer, já que o presidente do PMDB tem a preferência da bancada do partido na Câmara --onde está Geddel.
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Grupo de Jobim vai boicotar convenção do PMDB no domingo
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O grupo do ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim vai boicotar a convenção nacional do PMDB marcada para domingo. Segundo o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), um dos principais articuladores da candidatura de Jobim, o grupo estará ausente em sinal de respeito ao ex-candidato à presidência do partido.
"Há a conclusão que, em respeito ao ministro Nelson Jobim, à sua decisão e à decisão tomada, nós não vamos comparecer à convenção. É um consenso, uma questão de compostura por parte dos nossos companheiros", disse Cabral.
Jobim anunciou hoje que renunciava à disputa pela presidência do partido por conta da interferência do Planalto na eleição. Jobim entendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva favoreceu o grupo de Michel Temer (SP) ao indicar a nomeação do deputado Geddel Vieira Lima (BA) para a Integração Nacional.
Cabral negou, no entanto, que o boicote vá provocar o já esperado racha no PMDB e deixar seqüelas que possam prejudicar a aliança do partido com o governo federal. "Eu não vejo uma sinalização do racha. Muito mais do que isso, política é feita de gesto", afirmou.
Questionado se o grupo de Jobim vai abrir mão dos três ministérios conquistados na reforma ministerial a ser anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cabral foi enfático: "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa".
O grupo vai manter o comando dos Ministérios das Comunicações, Minas e Energia, além de ter conseguido emplacar o médico José Gomes Temporão no Ministério da Saúde.
O governador disse que a ausência do grupo na convenção não deve ser encarada como "desrespeito" a Temer uma vez que os aliados de Jobim sempre declararam a preferência pelo ex-presidente do STF.
Além de Cabral, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AP) e José Maranhão (PMDB-PB), o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) e os governadores Eduardo Braga (Amazonas) e Marcelo Miranda (Tocantins) vão boicotar a convenção em apoio a Jobim. O grupo se reuniu nesta tarde com Temer para informá-lo do boicote.
"O meu caso é uma posição de respeito ao ministro Jobim. Essa discussão não tem nada a ver com o governo federal. É uma questão de delicadeza. A gente tem que ter compostura na vida", disse Cabral.
Numa clara demonstração de apoio a Jobim, Renan insinuou esta tarde que o governo pode ter dificuldades para garantir o apoio dos 20 senadores do partido diante do apoio velado a Temer. "Todos nós nos sentimos liberados [de manter o apoio ao governo] em função dos últimos acontecimentos. Estou totalmente solidário com a nota do Jobim", disse Renan.
Em nota, Jobim disse que "os acontecimentos das últimas horas" demonstram a "opção objetiva do governo" quanto à disputa no PMDB, numa referência direta ao convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para ocupar o Ministério da Integração Nacional.
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