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07/03/2007
-
10h34
da Folha de S.Paulo
Se o que está em jogo exclusivamente é o poder da carteira na hora de angariar simpatias, um levantamento das promessas e ajudas efetivas prestadas pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, a países do continente mostram o quanto é tímido o plano anunciado pelos EUA para a América Latina.
Em ritmo frenético de anúncio de programas de cooperação desde 2005, principalmente energéticos, Chávez tem empenhados na região ao menos US$ 6 bilhões.
É difícil chegar ao número absoluto. Uma dificuldade é calcular o total de economia dos países que recebem petróleo barato da Venezuela, estrela do projeto "bolivariano" de integração, ou que o trocam por produtos agrícolas.
Mas US$ 3,5 bilhões do montante acima foi efetivamente usado para comprar títulos da dívida da Argentina, país onde Chávez fará ato anti-EUA. Outro US$ 1,5 bilhão é a estimativa de investimento em 2007 em 350 projetos em Cuba.
Para a Bolívia, o mais recente anúncio é que o país receberá US$ 25 milhões para amenizar os estragos da enchente que atingiu o país em fevereiro.
Para rivalizar com o navio de médicos anunciado por George W. Bush, há a "Operación Milagro", mutirão de cirurgias oftalmológicas com know-how e recursos humanos cubanos e dinheiro venezuelano. Já aconteceu na Bolívia e no Caribe. Os navios do pacote de Chávez são de petróleo e diesel baratos.
"No curto prazo, Chávez tem mais a oferecer porque nossa ajuda é troco", ironizou Riordan Roett, diretor do programa de estudos latino-americanos da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, falando ao "New York Times". "É US$ 1 bilhão aqui e US$ 1 bilhão ali", diz.
Apesar dos programas anunciados (navio-hospital, crédito habitacional e capacitação), a gestão Bush diminuirá a verba destinada a América Latina e Caribe em 2008 (cairá de US$ 1,7 bilhão em 2006 para US$ 1,5 bilhão), conforme mostrou a Folha a partir da proposta de Orçamento.
Com agências internacionais
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Em ritmo frenético de anúncio de programas de cooperação desde 2005, principalmente energéticos, Chávez tem empenhados na região ao menos US$ 6 bilhões.
É difícil chegar ao número absoluto. Uma dificuldade é calcular o total de economia dos países que recebem petróleo barato da Venezuela, estrela do projeto "bolivariano" de integração, ou que o trocam por produtos agrícolas.
Mas US$ 3,5 bilhões do montante acima foi efetivamente usado para comprar títulos da dívida da Argentina, país onde Chávez fará ato anti-EUA. Outro US$ 1,5 bilhão é a estimativa de investimento em 2007 em 350 projetos em Cuba.
Para a Bolívia, o mais recente anúncio é que o país receberá US$ 25 milhões para amenizar os estragos da enchente que atingiu o país em fevereiro.
Para rivalizar com o navio de médicos anunciado por George W. Bush, há a "Operación Milagro", mutirão de cirurgias oftalmológicas com know-how e recursos humanos cubanos e dinheiro venezuelano. Já aconteceu na Bolívia e no Caribe. Os navios do pacote de Chávez são de petróleo e diesel baratos.
"No curto prazo, Chávez tem mais a oferecer porque nossa ajuda é troco", ironizou Riordan Roett, diretor do programa de estudos latino-americanos da Universidade Johns Hopkins, dos EUA, falando ao "New York Times". "É US$ 1 bilhão aqui e US$ 1 bilhão ali", diz.
Apesar dos programas anunciados (navio-hospital, crédito habitacional e capacitação), a gestão Bush diminuirá a verba destinada a América Latina e Caribe em 2008 (cairá de US$ 1,7 bilhão em 2006 para US$ 1,5 bilhão), conforme mostrou a Folha a partir da proposta de Orçamento.
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