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07/03/2007
-
15h46
da Folha Online
A Via Campesina realiza protestos e ocupações nesta quarta-feira em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O objetivo dos protestos, segundo o MST, é chamar a atenção para o Dia Internacional da Mulher, comemorado amanhã.
O protesto prejudicou hoje a produção da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) na mina Capão Xavier, da empresa MBR (Minerações Brasileiras Reunidas) --subsidiária da Vale--, em Minas Gerais. Segundo a companhia, 12 mil toneladas de minério de ferro deixaram de ser produzidas durante a ocupação, que durou quatro horas --das 6h30 às 10h30.
"A Companhia Vale do Rio Doce lamenta e condena atos com intenção política que interrompam suas atividades ou ameacem a segurança de seus empregados", diz nota divulgada pela empresa.
Segundo a Vale, a empresa pretende investir neste ano US$ 4,6 bilhões no país e empregará em torno de 43 mil pessoas. "Em 2006, seus investimentos na área socio-ambiental somaram R$ 300 milhões, beneficiando 3 milhões de pessoas em 500 municípios de todo o país."
Em São Paulo, mais de 900 mulheres da Via Campesina ocuparam hoje uma área da usina Cevasa, no município de Patrocínio Paulista, região de Ribeirão Preto. A usina teve parte de seu capital vendido recentemente para a Cargill. A empresa ainda não comentou a ação.
Segundo o MST, a produção de etanol a baixos custos para os Estados Unidos --motivo da visita de George Bush ao Brasil nesta quinta e sexta-feira-- beneficia apenas ao agronegócio, em detrimento dos interesses da sociedade brasileira e das necessidades da maioria da população.
No Rio de Janeiro, cerca de 150 trabalhadoras rurais, sindicalistas e militantes feministas ocupam hoje uma área localizada na frente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O BNDES informou que a ação da Via Campesina não afeta as atividades da instituição.
No ano passado, um grupo de 2.000 militantes da Via Campesina invadiu e danificou instalações do horto florestal da Aracruz Celulose, em Barra do Ribeiro (56 km de Porto Alegre).
A depredação durou meia hora e causou um prejuízo de ao menos US$ 1,2 bilhão. Segundo a Aracruz, as mulheres da Via Campesina destruíram 1 milhão de mudas prontas para plantio e 4 milhões de mudas revolvidas.
Outros Estados
Quatro invasões comandadas por mulheres foram registradas ontem no Rio Grande do Sul. Cerca de 1.300 mulheres participaram das ocupações de áreas de grupos como Votorantim e Stora Enso, além de um fornecedor da Aracruz.
Em Sergipe, 500 mulheres ligadas à Via Campesina fecharam dois pontos da BR-101 ontem pela manhã. Os bloqueios aconteceram em Maruim e Estância.
No Pará, cerca de 800 mulheres agricultoras do sul do Estado estão acampadas numa praça da capital para marcar o Dia Internacional da Mulher. Hoje, devem entregar as reivindicações à governadora Ana Júlia Carepa (PT), primeira mulher a ocupar o cargo no Estado.
Em Maceió (AL), cerca de mil agricultores sem-terra, a maioria mulheres, estão acampadas desde ontem em frente à sede do governo, segundo a PM.
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A Via Campesina realiza protestos e ocupações nesta quarta-feira em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O objetivo dos protestos, segundo o MST, é chamar a atenção para o Dia Internacional da Mulher, comemorado amanhã.
O protesto prejudicou hoje a produção da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) na mina Capão Xavier, da empresa MBR (Minerações Brasileiras Reunidas) --subsidiária da Vale--, em Minas Gerais. Segundo a companhia, 12 mil toneladas de minério de ferro deixaram de ser produzidas durante a ocupação, que durou quatro horas --das 6h30 às 10h30.
"A Companhia Vale do Rio Doce lamenta e condena atos com intenção política que interrompam suas atividades ou ameacem a segurança de seus empregados", diz nota divulgada pela empresa.
Segundo a Vale, a empresa pretende investir neste ano US$ 4,6 bilhões no país e empregará em torno de 43 mil pessoas. "Em 2006, seus investimentos na área socio-ambiental somaram R$ 300 milhões, beneficiando 3 milhões de pessoas em 500 municípios de todo o país."
Em São Paulo, mais de 900 mulheres da Via Campesina ocuparam hoje uma área da usina Cevasa, no município de Patrocínio Paulista, região de Ribeirão Preto. A usina teve parte de seu capital vendido recentemente para a Cargill. A empresa ainda não comentou a ação.
Segundo o MST, a produção de etanol a baixos custos para os Estados Unidos --motivo da visita de George Bush ao Brasil nesta quinta e sexta-feira-- beneficia apenas ao agronegócio, em detrimento dos interesses da sociedade brasileira e das necessidades da maioria da população.
No Rio de Janeiro, cerca de 150 trabalhadoras rurais, sindicalistas e militantes feministas ocupam hoje uma área localizada na frente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O BNDES informou que a ação da Via Campesina não afeta as atividades da instituição.
No ano passado, um grupo de 2.000 militantes da Via Campesina invadiu e danificou instalações do horto florestal da Aracruz Celulose, em Barra do Ribeiro (56 km de Porto Alegre).
A depredação durou meia hora e causou um prejuízo de ao menos US$ 1,2 bilhão. Segundo a Aracruz, as mulheres da Via Campesina destruíram 1 milhão de mudas prontas para plantio e 4 milhões de mudas revolvidas.
Outros Estados
Quatro invasões comandadas por mulheres foram registradas ontem no Rio Grande do Sul. Cerca de 1.300 mulheres participaram das ocupações de áreas de grupos como Votorantim e Stora Enso, além de um fornecedor da Aracruz.
Em Sergipe, 500 mulheres ligadas à Via Campesina fecharam dois pontos da BR-101 ontem pela manhã. Os bloqueios aconteceram em Maruim e Estância.
No Pará, cerca de 800 mulheres agricultoras do sul do Estado estão acampadas numa praça da capital para marcar o Dia Internacional da Mulher. Hoje, devem entregar as reivindicações à governadora Ana Júlia Carepa (PT), primeira mulher a ocupar o cargo no Estado.
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