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07/03/2007 - 16h31

Grupo de Jobim recua e já admite participar da convenção do PMDB

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O grupo que apoiava a candidatura do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim à presidência do PMDB recuou e já admite hoje participar da convenção do partido, que deve reeleger o deputado Michel Temer (SP). Ontem, depois de Jobim desistir da disputa, o grupo do ex-ministro do STF ameaçou boicotar a convenção de domingo.

"Em política, até o impossível acontece", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, ao ser questionado sobre a desistência do boicote.

O grupo de apoio de Jobim adotou um tom conciliador hoje e passou a defender a unidade do partido. "Acho que o PMDB tem mais agora que encontrar o caminho da união, e tentar superar essas dificuldades", disse o ministro Hélio Costa (Comunicações) --indicado pela bancada do PMDB no Senado.

Segundo ele, as eventuais rupturas provocadas pelo embate entre Temer e Jobim serão discutidos numa reunião de amanhã, na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Acho que isso [boicote] vai ser decidido, vai ser conversado amanhã, é possível até que se encontre uma melhor solução."

O recuo no boicote acontece no mesmo dia em que o grupo de Temer coloca em ação uma operação para buscar os votos de Jobim. Eles chegaram a oferecer 40 das 119 vagas da chapa de Temer para o grupo de Jobim, que rechaçou a oferta.

A Folha Online apurou que os Paulo Hartung (Espírito Santo) e Roberto Requião (Paraná) e o senador Joaquim Roriz (Distrito Federal), autorizaram seus aliados a integrarem a chapa de Temer na disputa. O senador Gerson Camata (PMDB-ES), que integrava o grupo de Jobim, também aderiu à candidatura de Temer.

"Já assinei meu nome na chapa do Temer. O Jobim nos deixou com a corda nas mãos, tomou a decisão sem conversar com a gente", afirmou o senador.

Adiamento

A Folha Online apurou que o grupo de Jobim espera que a decisão de adiar a convenção seja tomada por Temer.

Interlocutores de Jobim disseram que o adiamento serviria para fechar as "feridas" abertas durante o embate entre Temer e o ex-ministro do STF. Ou seja, seria uma oportunidade para buscar a unidade entre os dois grupos. Os aliados de Temer, entretanto, não sinalizam disposição para adiar a convenção.

Os aliados de Jobim amenizaram hoje o tom do discurso adotado ontem por Renan, que disse que se sentia "liberado" para não votar com o governo no Senado. "O PMDB mais do que nunca está absolutamente seguro da sua importante participação no bloco de apoio ao governo do presidente Lula. Eu acho que nós já sabemos conviver com essas dificuldades, e quando chegar na hora da votação eu tenho certeza de que nós na Câmara vamos dar um resultado positivo e no Senado também", disse Costa.

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