Publicidade
Publicidade
08/03/2007
-
09h48
da Agência Folha
A Via Campesina, entidade internacional que congrega movimentos sociais como o MST, voltou a promover ações ontem em quatro Estados, todas elas com a participação de mulheres.
O movimento organizou a invasão de uma fazenda em Pernambuco, a interdição de uma rodovia no Ceará, um protesto em frente a uma empresa em Minas Gerais e a invasão de uma secretaria de Estado em Alagoas.
Anteontem, o movimento já havia invadido quatro fazendas no Rio Grande do Sul --três delas já foram desocupadas.
O objetivo das ações, segundo a Via Campesina, é protestar contra o agronegócio e contra as empresas exportadoras de minério e lembrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje.
Em Pernambuco, cerca de 150 lavradoras sem-terra invadiram ontem um engenho em Gameleira (a 110 km ao sul de Recife) e bloquearam a rodovia BR-101.
As camponesas, ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e à CPT (Comissão Pastoral da Terra), tomaram o engenho às 5h e, em seguida, destruíram parte de uma lavoura de cana-de-açúcar para plantar milho e feijão.
Às 10h, as mulheres bloquearam a pista com pneus velhos e atearam fogo na barreira. O bloqueio terminou às 13h, sem registro de confrontos. As lavradoras retornaram ao engenho invadido, mas deixarão o local hoje.
Em Minas, um protesto que reuniu cerca de 300 pessoas da Via Campesina, a maioria mulheres com lenços verdes na cabeça, paralisou por quatro horas as atividades da usina mineradora da MBR (Minerações Brasileiras Reunidas), empresa controlada pela Vale do Rio Doce.
A manifestação foi em frente à usina de Capão Xavier, em Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte), próximo à rodovia BR-040, na saída para o Rio de Janeiro.
Das 6h30 às 10h30, nenhum caminhão pôde transitar entre a área de coleta do minério e o setor de processamento, porque a estrada que dá acesso à usina ficou bloqueada.
Os manifestantes protestaram contra a ação das mineradoras que, conforme eles, "exportam 90% do minério" que retiram do país, deixando aqui apenas "destruição ambiental".
Em nota, a Vale informou que durante o protesto "cerca de 12 mil toneladas de minério de ferro deixaram de ser produzidas". No texto, a empresa informou que prevê investir em 2007 no Brasil US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 9,6 bilhões).
AL e CE
Em Alagoas, cerca de 200 sem-terra, a maioria mulheres, invadiu ontem pela manhã a Secretaria da Agricultura do Estado. Os agricultores foram recebidos pelo secretário Alexandre Toledo e reivindicaram a distribuição de sementes de milho, cujo plantio precisa ser feito até o final do mês.
Logo depois da audiência, os sem-terra deixaram o local pacificamente.
No Ceará, a Via Campesina interrompeu uma rodovia em Limoeiro do Norte (a 190 km de Fortaleza). Segundo o movimento, a intenção era "denunciar o uso excessivo de agrotóxicos por multinacionais" que produzem frutas na região.
Segundo o grupo, participaram da mobilização cerca de 500 pessoas, a maioria delas mulheres, que interromperam a rodovia das 4h às 11h30.
Leia mais
Invasão da Via Campesina atinge produção da Vale do Rio Doce
Via Campesina e MST promovem onda de invasões por todo o país
Integrantes do MST e do MAB invadem Incra em João Pessoa
Via Campesina realiza protesto em rodovia de Sergipe
Especial
Leia mais sobre a Via Campesina
Via Campesina promove diversas ações em quatro Estados
Publicidade
A Via Campesina, entidade internacional que congrega movimentos sociais como o MST, voltou a promover ações ontem em quatro Estados, todas elas com a participação de mulheres.
O movimento organizou a invasão de uma fazenda em Pernambuco, a interdição de uma rodovia no Ceará, um protesto em frente a uma empresa em Minas Gerais e a invasão de uma secretaria de Estado em Alagoas.
Anteontem, o movimento já havia invadido quatro fazendas no Rio Grande do Sul --três delas já foram desocupadas.
O objetivo das ações, segundo a Via Campesina, é protestar contra o agronegócio e contra as empresas exportadoras de minério e lembrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje.
Em Pernambuco, cerca de 150 lavradoras sem-terra invadiram ontem um engenho em Gameleira (a 110 km ao sul de Recife) e bloquearam a rodovia BR-101.
As camponesas, ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e à CPT (Comissão Pastoral da Terra), tomaram o engenho às 5h e, em seguida, destruíram parte de uma lavoura de cana-de-açúcar para plantar milho e feijão.
Às 10h, as mulheres bloquearam a pista com pneus velhos e atearam fogo na barreira. O bloqueio terminou às 13h, sem registro de confrontos. As lavradoras retornaram ao engenho invadido, mas deixarão o local hoje.
Em Minas, um protesto que reuniu cerca de 300 pessoas da Via Campesina, a maioria mulheres com lenços verdes na cabeça, paralisou por quatro horas as atividades da usina mineradora da MBR (Minerações Brasileiras Reunidas), empresa controlada pela Vale do Rio Doce.
A manifestação foi em frente à usina de Capão Xavier, em Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte), próximo à rodovia BR-040, na saída para o Rio de Janeiro.
Das 6h30 às 10h30, nenhum caminhão pôde transitar entre a área de coleta do minério e o setor de processamento, porque a estrada que dá acesso à usina ficou bloqueada.
Os manifestantes protestaram contra a ação das mineradoras que, conforme eles, "exportam 90% do minério" que retiram do país, deixando aqui apenas "destruição ambiental".
Em nota, a Vale informou que durante o protesto "cerca de 12 mil toneladas de minério de ferro deixaram de ser produzidas". No texto, a empresa informou que prevê investir em 2007 no Brasil US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 9,6 bilhões).
AL e CE
Em Alagoas, cerca de 200 sem-terra, a maioria mulheres, invadiu ontem pela manhã a Secretaria da Agricultura do Estado. Os agricultores foram recebidos pelo secretário Alexandre Toledo e reivindicaram a distribuição de sementes de milho, cujo plantio precisa ser feito até o final do mês.
Logo depois da audiência, os sem-terra deixaram o local pacificamente.
No Ceará, a Via Campesina interrompeu uma rodovia em Limoeiro do Norte (a 190 km de Fortaleza). Segundo o movimento, a intenção era "denunciar o uso excessivo de agrotóxicos por multinacionais" que produzem frutas na região.
Segundo o grupo, participaram da mobilização cerca de 500 pessoas, a maioria delas mulheres, que interromperam a rodovia das 4h às 11h30.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
