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12/03/2007 - 11h47

Bancada do PMDB na Câmara vai pedir a Lula dois ministérios e estatais

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

Reeleito presidente nacional do PMDB com 82% dos votos do partido, o deputado Michel Temer (SP) deve se reunir hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a reforma ministerial. Temer deve ponderar que a bancada do partido na Câmara não aceita ter apenas um ministério no governo.

Alan Marques/Folha Imagem
Lula inicia reforma ministerial pela AGU: Toffoli assume como ministro-chefe no lugar de Costa
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Os deputados cobram duas pastas para se igualarem à bancada do PMDB no Senado --que controla os Ministérios das Comunicações e de Minas e Energia. A bancada já garantiu o Ministério da Integração Nacional para o deputado Geddel Vieira Lima (BA). Agora pleiteia a pasta do Turismo ou Agricultura. O Turismo também é cobiçado pelo PT.

O clima na bancada é de ameaça. Se Lula não atender aos deputados pode ter dificuldades para aprovar matérias de seu interesse na Câmara. Com 91 deputados --maior bancada da Casa-- o partido tem o poder de mudar o rumo de qualquer votação.

A ameaça inclui destituir o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), do cargo. A escolha de um novo líder, menos afinado com o Planalto, pode se tornar um problema para o governo conseguir o apoio da bancada em votações de matéria como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Pressionado, Alves tem sustentado que Lula vai atender a bancada. "Dou isso [dois ministérios] como confirmado. Ouvi do presidente que ele vai promover o equilíbrio entre as bancadas", garante.

Os deputados argumentam que além dos ministérios que já controlam, a bancada do PMDB do Senado ganhará mais um na reforma ministerial. A indicação de José Gomes Temporão para a pasta da Saúde é contabilizada na cota dos senadores porque partiu do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que era senador até assumir o mandato, em janeiro deste ano.

A vantagem dos senadores vai ser questionada com o argumento de que eles não controlam o partido. Isso ficou demonstrado ontem, na convenção do PMDB. A ausência dos grupos ligados aos senadores Renan Calheiros (AL), José Sarney (AP) e Romero Jucá (RR) na eleição não alterou o resultado favorável a Temer.

Mais vagas

O PMDB também irá apresentar ao presidente Lula uma lista com os cargos no 2º e demais escalões que deseja ocupar. A lista inclui a diretoria de exploração da Petrobras, para atender a bancada de Minas Gerais; e a presidência de Furnas, para a bancada do Rio de Janeiro.

O partido quer ainda a presidência da Eletrobrás, uma diretoria da Eletronorte para a bancada do Centro-Oeste, a presidência da BR Distribuidora e uma diretoria do BNDES. Almeja também a direção de um dos bancos públicos e a Secretaria de Previdência Complementar, ligada ao Ministério da Previdência. A reforma ministerial deve ser anunciada na próxima quinta-feira.

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