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15/03/2007
-
17h48
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
No quarto mandato como deputado federal, o futuro ministro da Agricultura, Odílio Balbinotti (PMDB-PR), atuou pouco no Parlamento. Em pouco mais de 12 anos de vida pública, o deputado apresentou apenas dois projetos de lei. Não há registros na Câmara de nenhuma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) proposta pelo parlamentar desde que ingressou na Câmara em 1995.
Para a bancada ruralista, Balbinotti é considerado um deputado "muito apagado" e sua indicação para a Agricultura vem sendo tratada como "um balde de água fria" pelos seus colegas.
"Ele não tem relacionamento com a bancada nem com as entidades de classe. Nos não fomos consultados, o nome dele foi uma indicação dos governadores Roberto Requião [PMDB-PR] e Blairo Maggi [PR-MT] que nos surpreendeu porque ele tem pouca atuação política. Vamos observar para sabermos qual a base de sustentação que ele vai ter. Como vai enfrentar os Ministérios da Fazenda e do Planejamento?", questionou o deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO). "O setor não suporta mais um ministro figurativo, vaquinha de presépio."
Outra preocupação é com relação à acusação que o futuro ministro responde no STF (Supremo Tribunal Federal) por crime de falsidade ideológica. A bancada teme que se ele não conseguir se explicar, será cobrado todo momento. "Ele vai ter que se explicar rapidamente", disse Caiado.
Na última legislatura, de 2003 a 2007, Balbinotti não apresentou nenhum projeto na Câmara. A última vez que ingressou com um projeto de lei foi em 2000, quando propôs mudanças no sistema previdenciário. Em 1998, ele tentou conceder isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na aquisição, pelas prefeituras municipais, de veículos automóveis, máquinas e equipamentos, para uso no serviço público municipal. Nenhum dos dois projetos prosperou na Câmara.
Membro da bancada ruralista, o deputado Dagoberto (PDT-MS) também considerou uma "surpresa" a indicação de Balbinotti. "Nós esperávamos que o ministro fosse o deputado Waldemir Moka. Foi uma surpresa a indicação de Balbinotti, não esperávamos a mudança", disse.
Dagoberto destacou, no entanto, que foi importante o governo ter escolhido um parlamentar com atuação no setor. Balbinotti é um dos maiores produtores de semente de soja do país.
Para o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Marcos Montes (PFL-MG), a indicação de Balbinotti foi do presidente Lula e a comissão espera que ele seja um bom ministro para o setor.
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da Folha Online, em Brasília
No quarto mandato como deputado federal, o futuro ministro da Agricultura, Odílio Balbinotti (PMDB-PR), atuou pouco no Parlamento. Em pouco mais de 12 anos de vida pública, o deputado apresentou apenas dois projetos de lei. Não há registros na Câmara de nenhuma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) proposta pelo parlamentar desde que ingressou na Câmara em 1995.
Para a bancada ruralista, Balbinotti é considerado um deputado "muito apagado" e sua indicação para a Agricultura vem sendo tratada como "um balde de água fria" pelos seus colegas.
"Ele não tem relacionamento com a bancada nem com as entidades de classe. Nos não fomos consultados, o nome dele foi uma indicação dos governadores Roberto Requião [PMDB-PR] e Blairo Maggi [PR-MT] que nos surpreendeu porque ele tem pouca atuação política. Vamos observar para sabermos qual a base de sustentação que ele vai ter. Como vai enfrentar os Ministérios da Fazenda e do Planejamento?", questionou o deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO). "O setor não suporta mais um ministro figurativo, vaquinha de presépio."
Outra preocupação é com relação à acusação que o futuro ministro responde no STF (Supremo Tribunal Federal) por crime de falsidade ideológica. A bancada teme que se ele não conseguir se explicar, será cobrado todo momento. "Ele vai ter que se explicar rapidamente", disse Caiado.
Na última legislatura, de 2003 a 2007, Balbinotti não apresentou nenhum projeto na Câmara. A última vez que ingressou com um projeto de lei foi em 2000, quando propôs mudanças no sistema previdenciário. Em 1998, ele tentou conceder isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na aquisição, pelas prefeituras municipais, de veículos automóveis, máquinas e equipamentos, para uso no serviço público municipal. Nenhum dos dois projetos prosperou na Câmara.
Membro da bancada ruralista, o deputado Dagoberto (PDT-MS) também considerou uma "surpresa" a indicação de Balbinotti. "Nós esperávamos que o ministro fosse o deputado Waldemir Moka. Foi uma surpresa a indicação de Balbinotti, não esperávamos a mudança", disse.
Dagoberto destacou, no entanto, que foi importante o governo ter escolhido um parlamentar com atuação no setor. Balbinotti é um dos maiores produtores de semente de soja do país.
Para o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Marcos Montes (PFL-MG), a indicação de Balbinotti foi do presidente Lula e a comissão espera que ele seja um bom ministro para o setor.
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