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16/03/2007
-
12h19
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse hoje a três ministros: Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), José Gomes Temporão (Saúde) e Tarso Genro (Justiça). Lula afirmou que não poderia fazer elogios aos novos ministros antes de ver a atuação deles no governo.
"Não posso falar bem dos que estão entrando, porque eu preciso saber do trabalho deles primeiro, mas eu posso falar dos que estão saindo."
Lula, entretanto, não economizou elogios ao ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. "Muita gente imaginava ao longo da história que ele era do PT. Eu dizia que um advogado que atingiu a qualidade e a grandeza que você atingiu, não é prudente estar filiado a um partido", disse Lula se referindo a Bastos.
Lula relembrou os tempos em que Bastos advogava para o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC apenas por amizade. "Ele dizia que cobrava caro, mas que a única pessoa para quem advogava de graça era o Lula no tempo em que eu era dirigente sindical", afirmou.
O presidente também elogiou o desempenho de Pedro Brito à frente da Integração Nacional. Lula sinalizou que o ex-ministro poderá ocupar novas funções no governo mesmo fora da pasta. "Eu penso que ele é daquelas figuras que quem souber o trabalho que ele é capaz de saber, sabe o quanto o Estado tem gente qualificada para exercer múltiplas funções. Não pense que acaba, não. Vai ter tarefa nesse país", afirmou.
Ele também agradeceu o trabalho de Agenor Alvares --que substituiu saraiva Felipe-- à frente da Saúde. "Eu indiquei o Agenor quando o Saraiva [Felipe, ex-ministro da Saúde] deixou o ministério. Como todo bom mineiro, é cauteloso, criterioso, tranqüilo nas suas tomadas de decisão. Eu sou profundamente grato ao ano que o Agenor passou no ministério."
Demora
Lula admitiu que deixou Bastos no cargo mais tempo do que o desejado pelo ex-ministro da Justiça. "Todo mundo sabe que o Márcio está saindo porque ele cansou de ser ministro. Ele quer ir para o Guarujá duas vezes por semana no lugar de ir para o ministério. O Márcio é daquelas pessoas que eu venho empurrando ele há uns seis meses já [no cargo]. Toda vez que ele me dizia que precisava sair, eu dizia, amanhã. E há outros assim, mas eu vou levando."
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) é um dos que já anunciou sua saída do governo, mas permanece no cargo diante da indefinição de Lula para escolher seu substituto.
Demissionário, Furlan brincou com a demora do presidente para encontrar um substituto para sua pasta. "Não é que deve estar difícil. É que o presidente está brincando comigo, como no filme 'Esqueceram de mim 2'."
Heróis
Lula chamou hoje os ministros do seu governo de heróis. Segundo ele, os ministros que aceitam trabalhar na administração pública acabam recebendo menos do que ganhariam na iniciativa privada
"Quem pensa que é moleza ser ministro, [não é]. Muitas vezes é mais difícil e o salário é muito baixo. Quem é deputado vem com salário um pouco maior. Hoje eu vejo a iniciativa privada tirando gente que ganha R$ 7.000 [na administração pública] para pagar R$ 70 mil ou R$ 80 mil por mês. Lá [no setor privado] eles podem ganhar bem, aqui não. A máquina pública é dotada de verdadeiros heróis porque tem gente da melhor qualidade", disse.
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Lula dá posse a três novos ministros e elogia Bastos
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse hoje a três ministros: Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), José Gomes Temporão (Saúde) e Tarso Genro (Justiça). Lula afirmou que não poderia fazer elogios aos novos ministros antes de ver a atuação deles no governo.
Jamil Bittar/Reuters |
Lula dá posse a Temporão (Saúde), Geddel Vieira (Integração) e Tarso Genro (Justiça) |
Lula, entretanto, não economizou elogios ao ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. "Muita gente imaginava ao longo da história que ele era do PT. Eu dizia que um advogado que atingiu a qualidade e a grandeza que você atingiu, não é prudente estar filiado a um partido", disse Lula se referindo a Bastos.
Lula relembrou os tempos em que Bastos advogava para o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC apenas por amizade. "Ele dizia que cobrava caro, mas que a única pessoa para quem advogava de graça era o Lula no tempo em que eu era dirigente sindical", afirmou.
O presidente também elogiou o desempenho de Pedro Brito à frente da Integração Nacional. Lula sinalizou que o ex-ministro poderá ocupar novas funções no governo mesmo fora da pasta. "Eu penso que ele é daquelas figuras que quem souber o trabalho que ele é capaz de saber, sabe o quanto o Estado tem gente qualificada para exercer múltiplas funções. Não pense que acaba, não. Vai ter tarefa nesse país", afirmou.
Ele também agradeceu o trabalho de Agenor Alvares --que substituiu saraiva Felipe-- à frente da Saúde. "Eu indiquei o Agenor quando o Saraiva [Felipe, ex-ministro da Saúde] deixou o ministério. Como todo bom mineiro, é cauteloso, criterioso, tranqüilo nas suas tomadas de decisão. Eu sou profundamente grato ao ano que o Agenor passou no ministério."
Demora
Lula admitiu que deixou Bastos no cargo mais tempo do que o desejado pelo ex-ministro da Justiça. "Todo mundo sabe que o Márcio está saindo porque ele cansou de ser ministro. Ele quer ir para o Guarujá duas vezes por semana no lugar de ir para o ministério. O Márcio é daquelas pessoas que eu venho empurrando ele há uns seis meses já [no cargo]. Toda vez que ele me dizia que precisava sair, eu dizia, amanhã. E há outros assim, mas eu vou levando."
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) é um dos que já anunciou sua saída do governo, mas permanece no cargo diante da indefinição de Lula para escolher seu substituto.
Demissionário, Furlan brincou com a demora do presidente para encontrar um substituto para sua pasta. "Não é que deve estar difícil. É que o presidente está brincando comigo, como no filme 'Esqueceram de mim 2'."
Heróis
Lula chamou hoje os ministros do seu governo de heróis. Segundo ele, os ministros que aceitam trabalhar na administração pública acabam recebendo menos do que ganhariam na iniciativa privada
"Quem pensa que é moleza ser ministro, [não é]. Muitas vezes é mais difícil e o salário é muito baixo. Quem é deputado vem com salário um pouco maior. Hoje eu vejo a iniciativa privada tirando gente que ganha R$ 7.000 [na administração pública] para pagar R$ 70 mil ou R$ 80 mil por mês. Lá [no setor privado] eles podem ganhar bem, aqui não. A máquina pública é dotada de verdadeiros heróis porque tem gente da melhor qualidade", disse.
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