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22/03/2007
-
17h59
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) defendeu hoje a instalação da CPI do Apagão Aéreo com o argumento de que o governo não consegue conter a crise nos aeroportos. Para o presidente da entidade, cardeal Geraldo Majella, "qualquer motivo" agora é "desculpa" para que vôos sejam cancelados.
"Por causa de um fusível que queimou temos mais de quatro horas de atraso nos vôos. Isso deveria ser esclarecido e quem sabe uma CPI ajudaria", afirmou.
Dom Odilo Scherer, secretário geral da CNBB e novo arcebispo de São Paulo, disse que CPI pode investigar se há "algo por trás" da crise aérea. O TCU (Tribunal de Contas da União) apontou desvio de recursos da Infraero (estatal que administra os aeroportos) de R$ 400 milhões. Dinheiro que para a oposição poderia ter sido investido nos aeroportos.
"[O governo] não está resolvendo adequadamente o problema, talvez seja necessário investigar se há alguma coisa a mais lá por trás." D. Odilo observou que "há problemas técnicos e objetivos", mas que a crise pode ter outros motivos.
Ele advertiu, porém, que a investigação não pode ser politizada. "Tem que ter uma verificação séria do que está acontecendo para que se possa ter uma solução adequada e a população espera que isso seja resolvido", afirmou.
Nomeado pelo papa arcebispo de São Paulo, d. Odilo disse que tem viajado com freqüência para a capital paulista e, por isso, é mais uma vítima da crise aérea.
Ontem o governo impediu a instalação da CPI do Apagão Aéreo ao aprovar no plenário da Câmara um recurso do PT que considera não haver fato determinado para a investigação. O governo teme que a CPI investigue outras áreas do governo e se torne um palanque para a oposição. A decisão final sobre a CPI será do STF (Supremo Tribunal Federal) --que analisa mandado de segurança do PSDB, PPS e PFL em favor da investigação.
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A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) defendeu hoje a instalação da CPI do Apagão Aéreo com o argumento de que o governo não consegue conter a crise nos aeroportos. Para o presidente da entidade, cardeal Geraldo Majella, "qualquer motivo" agora é "desculpa" para que vôos sejam cancelados.
"Por causa de um fusível que queimou temos mais de quatro horas de atraso nos vôos. Isso deveria ser esclarecido e quem sabe uma CPI ajudaria", afirmou.
Dom Odilo Scherer, secretário geral da CNBB e novo arcebispo de São Paulo, disse que CPI pode investigar se há "algo por trás" da crise aérea. O TCU (Tribunal de Contas da União) apontou desvio de recursos da Infraero (estatal que administra os aeroportos) de R$ 400 milhões. Dinheiro que para a oposição poderia ter sido investido nos aeroportos.
"[O governo] não está resolvendo adequadamente o problema, talvez seja necessário investigar se há alguma coisa a mais lá por trás." D. Odilo observou que "há problemas técnicos e objetivos", mas que a crise pode ter outros motivos.
Ele advertiu, porém, que a investigação não pode ser politizada. "Tem que ter uma verificação séria do que está acontecendo para que se possa ter uma solução adequada e a população espera que isso seja resolvido", afirmou.
Nomeado pelo papa arcebispo de São Paulo, d. Odilo disse que tem viajado com freqüência para a capital paulista e, por isso, é mais uma vítima da crise aérea.
Ontem o governo impediu a instalação da CPI do Apagão Aéreo ao aprovar no plenário da Câmara um recurso do PT que considera não haver fato determinado para a investigação. O governo teme que a CPI investigue outras áreas do governo e se torne um palanque para a oposição. A decisão final sobre a CPI será do STF (Supremo Tribunal Federal) --que analisa mandado de segurança do PSDB, PPS e PFL em favor da investigação.
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