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02/04/2007 - 19h29

Governo rejeita acordo com oposição para instalar CPI do Apagão

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A base aliada do governo na Câmara rejeitou hoje proposta apresentada por partidos de oposição ao presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para garantir a instalação da CPI do Apagão Aéreo. O líder do governo na Câmara, deputado José Múcio (PTB-PE), disse que a base não concorda com a instalação da CPI antes da decisão final do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o impasse.

Alan Marques/Folha Imagem
Juniti Saito recebe o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, no Comando da Aeronáutica
Juniti Saito recebe o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, no Comando da Aeronáutica
"O foco da CPI era encontrar o problema da crise aérea, que já foi detectado", disse Múcio ao afirmar que a insatisfação dos controladores de vôo foi a principal causa das sucessivas crises nos aeroportos do país.

A mesma retórica foi usada hoje por outros integrantes da base aliada. Para o presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), a paralisação dos controladores de sexta-feira explica o caos aéreo e justifica a não-instalação da CPI.

"Sobre os eventos deste final de semana, acho que eles refletem e reforçam a desnecessidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Por quê? Porque, de certa forma, as causas já estão claras. Há uma insatisfação salarial e funcional dos controladores de vôo, que são parte civis e parte, militares", afirmou Berzoini ao site do PT.

Tanto Berzoini quanto Chinaglia utilizaram a mesma palavra --agudizar-- para falar da crise aérea. "De modo que essa crise se agudizou na semana passada e o governo tomou a decisão de negociar e, aparentemente, a negociação produziu resultados positivos", disse Berzoini. "Esperar todo o trâmite da CPI para resolver um problema 'agudizado' como esse seria uma imprudência", afirmou Chinaglia.

A oposição propôs retirar a liminar do STF que será julgada pelo plenário da Casa sobre a instalação da CPI desde que os governistas e o presidente da Câmara aceitassem criar a comissão CPI de forma amigável --sem uma determinação do STF.

Segundo Múcio, "o processo está em curso no Supremo" e não pode ser modificado em pleno andamento. "O problema precisa ser enfrentado com equilíbrio", defendeu.

Chinaglia evitou comentar a proposta de acordo apresentada pela oposição. Ele disse apenas que a obstrução dos trabalhos da Casa proposta pelo DEM (ex-PFL) não vai prejudicar os trabalhos da Câmara. "A obstrução sempre atrasa os trabalhos, mas sempre se vota mesmo tendo obstrução", afirmou.

O DEM decidiu obstruir as votações na Câmara até que Chinaglia instale a CPI do Apagão. O presidente da Câmara reiterou hoje que não vai instalar a CPI até que o STF se manifeste sobre o impasse.

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