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04/04/2007
-
09h31
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha
Em visita ontem à Bahia, Estado contrário ao projeto de transposição do rio São Francisco, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), disse que, antes do início das obras, pretende levar água para todas as comunidades que vivem às margens do rio, num projeto que deverá se chamar "Água para Todos".
Em conversas com jornalistas, políticos e com o presidente nacional da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Geraldo Magela, Geddel disse que quer ouvir todos os que são contrários antes de começar a obra, o que pode atrasá-la ainda mais.
Segundo a assessoria do ministro, ele já ligou até para o bispo de Barra (BA), frei Luiz Flávio Cappio, que em 2005 fez uma greve de fome para tentar impedir o projeto.
Com a concessão da licença para o início da obra pelo Ibama no mês passado, não há mais nenhum impedimento legal para a transposição começar. O projeto é o principal investimento do governo federal no Nordeste, com previsão de custos de R$ 6,5 milhões.
Com base política no interior da Bahia, o ministro quer evitar que a transposição lhe traga dividendos eleitorais negativos. Para diminuir o desgaste, ele quer agradar aos possíveis prejudicados pela retirada da água, que são os que vivem nas duas margens do rio.
O ministro deverá apresentar amanhã ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a idéia do projeto "Água para Todos", uma alusão ao "Luz para Todos", um outro projeto federal, mas de instalação de energia elétrica. Ele ainda não definiu se o acesso à água pelas comunidades ribeirinhas entrará no Projeto São Francisco (como é chamada a transposição) ou se será feito à parte, segundo sua assessoria.
No encontro com Lula, ele também deverá falar da necessidade de ampliar os debates com os setores contrários e pedir tempo para isso.
Um pouco antes de ser nomeado ministro, Geddel declarava ser contra o projeto. Ao assumir, porém, disse que passou a defendê-lo por conhecer melhor suas propostas e que falta informação para que todos percebam como a obra será boa para o Nordeste.
Além dos debates, o ministro pretende fazer mudanças no projeto, como a inclusão de um ramal que leve água para o interior da Bahia. Pelo projeto original, feito na gestão de Ciro Gomes (PSB-CE) no ministério, serão construídos dois canais, um que leva água para o Ceará e o Rio Grande do Norte e outro para o interior de Pernambuco e da Paraíba.
O encontro com d. Geraldo Magela também foi para convencê-lo a apoiar a transposição, já que o religioso já declarou ser contra. Como argumento, Geddel afirmou que é "católico apostólico romano, praticante quando possível", e que tem a intenção de esclarecer todas as dúvidas antes de iniciar o projeto.
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da Agência Folha
Em visita ontem à Bahia, Estado contrário ao projeto de transposição do rio São Francisco, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), disse que, antes do início das obras, pretende levar água para todas as comunidades que vivem às margens do rio, num projeto que deverá se chamar "Água para Todos".
Em conversas com jornalistas, políticos e com o presidente nacional da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Geraldo Magela, Geddel disse que quer ouvir todos os que são contrários antes de começar a obra, o que pode atrasá-la ainda mais.
Segundo a assessoria do ministro, ele já ligou até para o bispo de Barra (BA), frei Luiz Flávio Cappio, que em 2005 fez uma greve de fome para tentar impedir o projeto.
Com a concessão da licença para o início da obra pelo Ibama no mês passado, não há mais nenhum impedimento legal para a transposição começar. O projeto é o principal investimento do governo federal no Nordeste, com previsão de custos de R$ 6,5 milhões.
Com base política no interior da Bahia, o ministro quer evitar que a transposição lhe traga dividendos eleitorais negativos. Para diminuir o desgaste, ele quer agradar aos possíveis prejudicados pela retirada da água, que são os que vivem nas duas margens do rio.
O ministro deverá apresentar amanhã ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a idéia do projeto "Água para Todos", uma alusão ao "Luz para Todos", um outro projeto federal, mas de instalação de energia elétrica. Ele ainda não definiu se o acesso à água pelas comunidades ribeirinhas entrará no Projeto São Francisco (como é chamada a transposição) ou se será feito à parte, segundo sua assessoria.
No encontro com Lula, ele também deverá falar da necessidade de ampliar os debates com os setores contrários e pedir tempo para isso.
Um pouco antes de ser nomeado ministro, Geddel declarava ser contra o projeto. Ao assumir, porém, disse que passou a defendê-lo por conhecer melhor suas propostas e que falta informação para que todos percebam como a obra será boa para o Nordeste.
Além dos debates, o ministro pretende fazer mudanças no projeto, como a inclusão de um ramal que leve água para o interior da Bahia. Pelo projeto original, feito na gestão de Ciro Gomes (PSB-CE) no ministério, serão construídos dois canais, um que leva água para o Ceará e o Rio Grande do Norte e outro para o interior de Pernambuco e da Paraíba.
O encontro com d. Geraldo Magela também foi para convencê-lo a apoiar a transposição, já que o religioso já declarou ser contra. Como argumento, Geddel afirmou que é "católico apostólico romano, praticante quando possível", e que tem a intenção de esclarecer todas as dúvidas antes de iniciar o projeto.
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