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12/04/2007
-
17h15
GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Líderes do governo estão dispostos a instalar a CPI do Apagão Aéreo na Câmara dos Deputados para evitar que a oposição consiga reunir as assinaturas necessárias para viabilizar a CPI no Senado Federal. Com a mudança de estratégia, a instalação da CPI na Câmara pode sair antes mesmo da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) --uma vez que os governistas ensaiam um recuo no discurso contrário à CPI.
O governo decidiu mudar de idéia ao constatar que será muito difícil barrar a CPI no Senado, onde considera que a oposição tem mais peso que na Câmara. A Folha Online apurou que o líder do governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), telefonou para líderes da oposição em busca de um acordo para evitar a dupla investigação.
Procurado pela Folha Online, Múcio negou que o governo tenha mudado de estratégia. "Em hipótese nenhuma. Quem vai decidir sobre a CPI é o Supremo. Isso é fruto da rádio-corredor do Congresso, a mais potente do país", disse o líder.
O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), no entanto, admite o recuo. "Eu sugeri que a CPI fosse instalada imediatamente na Câmara até mesmo para acabar com essa brincadeira [no Senado]", afirmou.
Oposição
O PSDB se mostrou disposto a abrir mão da CPI no Senado se a Câmara instalar a comissão. "Se instalar direitinho lá [na Câmara], não precisa aqui", disse o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE). Apesar da disposição dos tucanos, o DEM (ex-PFL) vai insistir na instalação de uma CPI na Câmara e outra no Senado.
A decisão dos senadores de instalar a CPI no Senado, independentemente da Câmara, foi tomada ontem pelo PSDB e DEM. A oposição já conseguiu reunir 20 assinaturas, das 27 necessárias para a instalação da CPI no Senado.
O governo barrou a instalação da CPI na Câmara ao conseguir aprovar recurso do PT que impedia a sua criação. Os governistas consideram que a oposição quer a CPI apenas para desgastar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Líderes do governo estão dispostos a instalar a CPI do Apagão Aéreo na Câmara dos Deputados para evitar que a oposição consiga reunir as assinaturas necessárias para viabilizar a CPI no Senado Federal. Com a mudança de estratégia, a instalação da CPI na Câmara pode sair antes mesmo da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) --uma vez que os governistas ensaiam um recuo no discurso contrário à CPI.
O governo decidiu mudar de idéia ao constatar que será muito difícil barrar a CPI no Senado, onde considera que a oposição tem mais peso que na Câmara. A Folha Online apurou que o líder do governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), telefonou para líderes da oposição em busca de um acordo para evitar a dupla investigação.
Procurado pela Folha Online, Múcio negou que o governo tenha mudado de estratégia. "Em hipótese nenhuma. Quem vai decidir sobre a CPI é o Supremo. Isso é fruto da rádio-corredor do Congresso, a mais potente do país", disse o líder.
O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), no entanto, admite o recuo. "Eu sugeri que a CPI fosse instalada imediatamente na Câmara até mesmo para acabar com essa brincadeira [no Senado]", afirmou.
Oposição
O PSDB se mostrou disposto a abrir mão da CPI no Senado se a Câmara instalar a comissão. "Se instalar direitinho lá [na Câmara], não precisa aqui", disse o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE). Apesar da disposição dos tucanos, o DEM (ex-PFL) vai insistir na instalação de uma CPI na Câmara e outra no Senado.
A decisão dos senadores de instalar a CPI no Senado, independentemente da Câmara, foi tomada ontem pelo PSDB e DEM. A oposição já conseguiu reunir 20 assinaturas, das 27 necessárias para a instalação da CPI no Senado.
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