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18/04/2007
-
12h43
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O grupo de 20 policias federais responsáveis pelas investigações sobre a máfia de jogos --desvendada pela Operação Hurricane (furacão, em inglês) na sexta-feira passada-- não deve aderir totalmente à paralisação de 24 horas deflagrada hoje pela categoria. O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Sandro Torres Avelar, disse que pelo menos oito policias devem retornar ao trabalho nesta tarde.
Avelar disse que esses policiais já tinham agendado a tomada de depoimentos para a tarde desta quarta-feira e consideraram que não seria bom para as investigações paralisarem suas atividades.
Ele negou que esse grupo esteja furando a paralisação. "Não é que eles vão furar a greve. Significa que a PF tem responsabilidade de não deixar as investigações pararem. É uma situação especial. Eles alertaram que já tinham depoimentos agendados", afirmou Avelar.
Inicialmente, a associação havia informado que os 20 policiais envolvidos na análise das duas toneladas de documentos apreendidos e na tomada de depoimentos dos 25 presos na operação iriam paralisar suas atividades até a meia-noite --quando a paralisação da PF deve ser suspensa.
A Folha Online apurou que o INC (Instituto Nacional de Criminalística) aderiu ao movimento, o que significa que a análise do material apreendido pela PF nos endereços de bicheiros, advogados e desembargadores presos na última sexta-feira irá atrasar.
É o INC que irá avaliar o valor das jóias e dos veículos apreendidos -- 51 carros e quatro motos. A perícia dos carros seria feita ontem, mas por causa da chuva foi suspensa. Hoje, o motivo é a greve.
Depoimentos
Dos 25 presos, 20 já prestaram depoimento. Ontem, a PF não ouviu nenhum preso. Nesse caso, para aguardar que os advogados pudessem ter conhecimento dos autos numa tentativa de que seus clientes colaborem mais com as investigações. Por determinação do STF, os presos pela Operação vão ficar mais cinco dias na cadeia.
Paralisação
Equipes da PF de todo o país realizam uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira. No final da manhã, cerca de 300 pessoas --segundo estimativas da PM (Polícia Militar)-- participavam de uma caminhada da sede da PF até a Esplanada dos Ministérios, no centro da cidade.
Os servidores da PF protestam pelo não-cumprimento de um acordo de reajuste salarial que foi firmado com o governo federal em 2006. Eles reivindicam o pagamento de um aumento de 30% previsto no documento. Semanas atrás, o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chegou a negar a existência do acordo.
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da Folha Online, em Brasília
O grupo de 20 policias federais responsáveis pelas investigações sobre a máfia de jogos --desvendada pela Operação Hurricane (furacão, em inglês) na sexta-feira passada-- não deve aderir totalmente à paralisação de 24 horas deflagrada hoje pela categoria. O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Sandro Torres Avelar, disse que pelo menos oito policias devem retornar ao trabalho nesta tarde.
Polícia Federal |
Dinheiro apreendido pela Polícia Federal na Operação Hurricane (furacão, em inglês) |
Ele negou que esse grupo esteja furando a paralisação. "Não é que eles vão furar a greve. Significa que a PF tem responsabilidade de não deixar as investigações pararem. É uma situação especial. Eles alertaram que já tinham depoimentos agendados", afirmou Avelar.
Inicialmente, a associação havia informado que os 20 policiais envolvidos na análise das duas toneladas de documentos apreendidos e na tomada de depoimentos dos 25 presos na operação iriam paralisar suas atividades até a meia-noite --quando a paralisação da PF deve ser suspensa.
Polícia Federal |
PF apreendeu mais de R$ 10 mi durante Operação Hurricane (furacão, em inglês) |
É o INC que irá avaliar o valor das jóias e dos veículos apreendidos -- 51 carros e quatro motos. A perícia dos carros seria feita ontem, mas por causa da chuva foi suspensa. Hoje, o motivo é a greve.
Depoimentos
Dos 25 presos, 20 já prestaram depoimento. Ontem, a PF não ouviu nenhum preso. Nesse caso, para aguardar que os advogados pudessem ter conhecimento dos autos numa tentativa de que seus clientes colaborem mais com as investigações. Por determinação do STF, os presos pela Operação vão ficar mais cinco dias na cadeia.
Paralisação
Equipes da PF de todo o país realizam uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira. No final da manhã, cerca de 300 pessoas --segundo estimativas da PM (Polícia Militar)-- participavam de uma caminhada da sede da PF até a Esplanada dos Ministérios, no centro da cidade.
Os servidores da PF protestam pelo não-cumprimento de um acordo de reajuste salarial que foi firmado com o governo federal em 2006. Eles reivindicam o pagamento de um aumento de 30% previsto no documento. Semanas atrás, o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chegou a negar a existência do acordo.
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