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24/04/2007
-
16h29
da Folha Online
Três ações desencadeadas nesta terça-feira em Goiás, Minas Gerais e São Paulo tiveram como alvo as casas de bingo e máquinas caça-níqueis das capitais desses três Estados. A ofensiva ocorre após a realização da Operação Hurricane (furacão) da Polícia Federal, que desarticulou no último dia 13 uma organização criminosa especializada na compra de sentenças para beneficiar a máfia de jogos.
Em Goiânia, a PF apreendeu 370 máquinas de jogos durante a Operação Game Over (fim do jogo), mobilizou 70 policiais que cumpriram oito mandados de busca e apreensão.
Os agentes estiveram em seis bingos e dois depósitos em Goiânia. Foram apreendidas máquinas caça-níqueis, de videopôquer e videobingo. Ninguém foi preso.
Segundo a PF, os equipamentos serão periciados, lacrados e levados à Receita Federal da cidade. O trabalho dos peritos é identificar possíveis irregularidades na placa lógica das máquinas, que determina, por exemplo, o percentual de ganho do jogador previsto em lei.
O procurador da República Daniel de Resende Salgado disse que existem 11 casas de bingo em Goiânia. "As máquinas foram apreendidas. Como elas foram construídas com componentes que entraram ilegalmente no país, a Receita deve declarar o perdimento delas."
Em São Paulo, a prefeitura informou que vai interditar mais dez bingos. De acordo com balanço da prefeitura, 18 bingos foram fechados de sexta-feira até ontem.
Em Minas Gerais, a polícia realizou buscas e apreensões em pelo menos sete casas de bingo em Belo Horizonte. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, o objetivo da operação é fechar os bingos que ainda funcionam ilegalmente.
Segundo o Ministério Público, duas casas de bingo ainda funcionavam até a semana passada por força de liminar. Essas liminares, entretanto, foram derrubadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais nesta semana.
De acordo com balanço da Polícia Militar de Minas, foram apreendidos na operação R$ 50 mil (em dinheiro e cheques), 240 mesas, 2.100 cadeiras, sete bingueiras, 13 painéis, entre outros equipamentos.
Judiciário
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) deve decidir no dia 15 de maio se vai abrir um processo disciplinar contra os magistrados acusados de ligação com a máfia dos jogos. A estimativa foi feita pelo conselheiro Vantuil Abdala, que preside a sindicância aberta no CNJ para investigar as denúncias de envolvimento de magistrados com a máfia dos jogos.
Dependendo do resultado do processo disciplinar, o CNJ pode decidir afastar temporariamente ou definitivamente (em processo administrativo) os magistrados acusados de ligação com a máfia especializada na compra de sentenças para favorecer o funcionamento de casas de bingo e máquinas caça-níqueis.
Das 25 pessoas presas durante a operação, quatro eram magistrados: José Eduardo Carreira Alvim, José Ricardo de Siqueira Regueira, Ernesto da Luz Pinto Dória e João Sérgio Leal Pereira. A PGR (Procuradoria Geral da República) também ofereceu denúncia contra o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina.
Medina, segundo a PF e a Procuradoria, pode ter negociado por R$ 1 milhão, por meio de seu irmão Virgílio (que permanece preso), uma liminar concedida por ele em 2006 (e depois cassada pelo STF).
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Três ações desencadeadas nesta terça-feira em Goiás, Minas Gerais e São Paulo tiveram como alvo as casas de bingo e máquinas caça-níqueis das capitais desses três Estados. A ofensiva ocorre após a realização da Operação Hurricane (furacão) da Polícia Federal, que desarticulou no último dia 13 uma organização criminosa especializada na compra de sentenças para beneficiar a máfia de jogos.
Em Goiânia, a PF apreendeu 370 máquinas de jogos durante a Operação Game Over (fim do jogo), mobilizou 70 policiais que cumpriram oito mandados de busca e apreensão.
Os agentes estiveram em seis bingos e dois depósitos em Goiânia. Foram apreendidas máquinas caça-níqueis, de videopôquer e videobingo. Ninguém foi preso.
Segundo a PF, os equipamentos serão periciados, lacrados e levados à Receita Federal da cidade. O trabalho dos peritos é identificar possíveis irregularidades na placa lógica das máquinas, que determina, por exemplo, o percentual de ganho do jogador previsto em lei.
O procurador da República Daniel de Resende Salgado disse que existem 11 casas de bingo em Goiânia. "As máquinas foram apreendidas. Como elas foram construídas com componentes que entraram ilegalmente no país, a Receita deve declarar o perdimento delas."
Em São Paulo, a prefeitura informou que vai interditar mais dez bingos. De acordo com balanço da prefeitura, 18 bingos foram fechados de sexta-feira até ontem.
Em Minas Gerais, a polícia realizou buscas e apreensões em pelo menos sete casas de bingo em Belo Horizonte. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, o objetivo da operação é fechar os bingos que ainda funcionam ilegalmente.
Segundo o Ministério Público, duas casas de bingo ainda funcionavam até a semana passada por força de liminar. Essas liminares, entretanto, foram derrubadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais nesta semana.
De acordo com balanço da Polícia Militar de Minas, foram apreendidos na operação R$ 50 mil (em dinheiro e cheques), 240 mesas, 2.100 cadeiras, sete bingueiras, 13 painéis, entre outros equipamentos.
Judiciário
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) deve decidir no dia 15 de maio se vai abrir um processo disciplinar contra os magistrados acusados de ligação com a máfia dos jogos. A estimativa foi feita pelo conselheiro Vantuil Abdala, que preside a sindicância aberta no CNJ para investigar as denúncias de envolvimento de magistrados com a máfia dos jogos.
Dependendo do resultado do processo disciplinar, o CNJ pode decidir afastar temporariamente ou definitivamente (em processo administrativo) os magistrados acusados de ligação com a máfia especializada na compra de sentenças para favorecer o funcionamento de casas de bingo e máquinas caça-níqueis.
Das 25 pessoas presas durante a operação, quatro eram magistrados: José Eduardo Carreira Alvim, José Ricardo de Siqueira Regueira, Ernesto da Luz Pinto Dória e João Sérgio Leal Pereira. A PGR (Procuradoria Geral da República) também ofereceu denúncia contra o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina.
Medina, segundo a PF e a Procuradoria, pode ter negociado por R$ 1 milhão, por meio de seu irmão Virgílio (que permanece preso), uma liminar concedida por ele em 2006 (e depois cassada pelo STF).
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