Publicidade
Publicidade
02/05/2007
-
20h43
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, convocou para esta quinta-feira uma sessão extraordinária do plenário para analisar o pedido de afastamento e abertura de uma sindicância pedidos por Paulo Medina.
Medina é investigado como suspeito de integrar suposta máfia que negociava sentenças judiciais em favor dos bingos.
O novo pedido de afastamento foi feito após a revelação de novas escutas feitas pela Polícia Federal que mostrariam Medina antecipando seu voto e orientando a defesa a agir em processos que tramitavam no STJ.
Barros informou ainda que a Corte não deverá decidir amanhã se Medina será afastado com preservação dos vencimentos preservados ou se haverá congelamento do salário do ministro.
Ele disse que "se houver elementos suficientes" o plenário pode decidir amanhã instaurar o processo administrativo preliminar das investigações, o que agilizaria ainda mais o processo. A punição máxima para o ministro em processo administrativo é a aposentaria compulsória.
Credibilidade
Segundo o presidente do STJ, Medina justificou que quer "preservar a credibilidade do tribunal e evitar constrangimento aos seus colegas".
Barros disse ainda que o STJ ainda não recebeu do STF (Supremo Tribunal Federal) as cópias do inquérito --que apontariam indícios de participação de Medina no esquema.
No entanto, ele sugeriu que como o pedido de abertura de sindicância partiu do próprio Medina, o não envio do inquérito pode não ser levado em conta na reunião de amanhã.
"A convocação [da sessão plenária] tem em vista dar uma solução pronta e rápida [para a situação de Medina]. O tribunal quer se pronunciar o mais rápido possível. O tribunal vai analisar [os fatos] diante dos elementos e do pedido formulado pelo próprio ministro."
Barros procurou não emitir opiniões pessoais sobre o caso, mas considerou que o pedido de Medina para se afastar e ser investigado ajuda a preservar a imagem da instituição.
"Vejo isso como uma maneira de que a instituição continue prestando a jurisdição em condições normais. Esse fato é isolado, uma situação determinada e excepcional, que provocou o apuração dos fatos que estão sendo investigados da maneira mais rigorosa possível, tanto que o procurador da República ofereceu denuncia ao STF", disse.
Leia mais
Procuradoria denuncia seis por vazarem informação de operação contra magistrados
Advogado de denunciado por vazamento diz que não teve acesso a processo
Após denúncias, Paulo Medina pede novo afastamento ao STJ
Em depoimento, suspeito de articular compra de sentenças fica calado
Livro revela bastidores dos processos contra Lalau e Rocha Mattos
Especial
Leia mais sobre venda de sentenças judiciais
Leia cobertura completa sobre a máfia das sentenças
STJ analisa nesta quinta-feira pedido de afastamento de Medina
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, convocou para esta quinta-feira uma sessão extraordinária do plenário para analisar o pedido de afastamento e abertura de uma sindicância pedidos por Paulo Medina.
Medina é investigado como suspeito de integrar suposta máfia que negociava sentenças judiciais em favor dos bingos.
O novo pedido de afastamento foi feito após a revelação de novas escutas feitas pela Polícia Federal que mostrariam Medina antecipando seu voto e orientando a defesa a agir em processos que tramitavam no STJ.
Barros informou ainda que a Corte não deverá decidir amanhã se Medina será afastado com preservação dos vencimentos preservados ou se haverá congelamento do salário do ministro.
Ele disse que "se houver elementos suficientes" o plenário pode decidir amanhã instaurar o processo administrativo preliminar das investigações, o que agilizaria ainda mais o processo. A punição máxima para o ministro em processo administrativo é a aposentaria compulsória.
Credibilidade
Segundo o presidente do STJ, Medina justificou que quer "preservar a credibilidade do tribunal e evitar constrangimento aos seus colegas".
Barros disse ainda que o STJ ainda não recebeu do STF (Supremo Tribunal Federal) as cópias do inquérito --que apontariam indícios de participação de Medina no esquema.
No entanto, ele sugeriu que como o pedido de abertura de sindicância partiu do próprio Medina, o não envio do inquérito pode não ser levado em conta na reunião de amanhã.
"A convocação [da sessão plenária] tem em vista dar uma solução pronta e rápida [para a situação de Medina]. O tribunal quer se pronunciar o mais rápido possível. O tribunal vai analisar [os fatos] diante dos elementos e do pedido formulado pelo próprio ministro."
Barros procurou não emitir opiniões pessoais sobre o caso, mas considerou que o pedido de Medina para se afastar e ser investigado ajuda a preservar a imagem da instituição.
"Vejo isso como uma maneira de que a instituição continue prestando a jurisdição em condições normais. Esse fato é isolado, uma situação determinada e excepcional, que provocou o apuração dos fatos que estão sendo investigados da maneira mais rigorosa possível, tanto que o procurador da República ofereceu denuncia ao STF", disse.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice