Publicidade
Publicidade
04/05/2007
-
16h32
da Folha Online
O ministro afastado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina pode estar envolvido em pelo menos mais um caso de venda de sentenças. Uma conversa telefônica gravada com autorização judicial mostra Virgílio Medina, irmão do ministro, negociando uma decisão judicial que favorecia um banco.
O caso foi revelado nesta sexta-feira pelo "Jornal Hoje", da TV Globo. Segundo a reportagem, o inquérito da Polícia Federal revela que, antes do julgamento, o ministro Medina se reunia com o irmão e os advogados da instituição financeira.
Pela conversa gravada e divulgada no telejornal, Virgílio combina com o advogado que defendia o banco uma viagem a Brasília para tratar do caso. No julgamento, o ministro Paulo Medina decidiu a favor do banco.
Na semana passada foi revelado um outro caso em que Medina teria antecipando seu voto e orientando a defesa a agir em processos que tramitavam no STJ. Após essa revelação dessas escutas, o ministro pediu afastamento do cargo, o que ocorreu na quarta-feira.
Medina está sendo investigado pela PF como suspeito de integrar suposta máfia que negociava sentenças judiciais em favor dos bingos. O STJ ainda aguarda cópia de todo o inquérito, inclusive as escutas telefônicas, para instalar uma sindicância interna.
A apuração do caso pelo STJ é administrativa e independe da investigação criminal que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal).
Outro lado
O advogado de Medina, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que o ministro jamais recebeu advogado ou diretor de banco na presença do irmão.
"Se o Virgílio tratou com o advogado, tem que ser investigado. Mas não tem relação com o ministro", disse.
Ele afirmou que o ministro recebe vários advogados e que isso é normal. "Se fez[recebeu advogados], cumpriu com suas obrigações, que é deixar que o advogado exerça suas funções. Não há que se falar em novo caso de venda de sentenças."
Leia mais
Virgílio Medina e mais seis acusados de elo com máfia recorrem ao STJ
PF investiga mais de 40 ligações de procurador regional da República no Rio
Juiz acusado de negociar sentenças entra de férias
STJ aceita pedido de afastamento de Medina e mantém salário de ministro
Livro revela bastidores dos processos contra Lalau e Rocha Mattos
Especial
Leia mais sobre venda de sentenças judiciais
Leia cobertura completa sobre a máfia das sentenças
Escuta telefônica revela novo caso de venda de sentença envolvendo Medina
Publicidade
O ministro afastado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina pode estar envolvido em pelo menos mais um caso de venda de sentenças. Uma conversa telefônica gravada com autorização judicial mostra Virgílio Medina, irmão do ministro, negociando uma decisão judicial que favorecia um banco.
O caso foi revelado nesta sexta-feira pelo "Jornal Hoje", da TV Globo. Segundo a reportagem, o inquérito da Polícia Federal revela que, antes do julgamento, o ministro Medina se reunia com o irmão e os advogados da instituição financeira.
Pela conversa gravada e divulgada no telejornal, Virgílio combina com o advogado que defendia o banco uma viagem a Brasília para tratar do caso. No julgamento, o ministro Paulo Medina decidiu a favor do banco.
Na semana passada foi revelado um outro caso em que Medina teria antecipando seu voto e orientando a defesa a agir em processos que tramitavam no STJ. Após essa revelação dessas escutas, o ministro pediu afastamento do cargo, o que ocorreu na quarta-feira.
Medina está sendo investigado pela PF como suspeito de integrar suposta máfia que negociava sentenças judiciais em favor dos bingos. O STJ ainda aguarda cópia de todo o inquérito, inclusive as escutas telefônicas, para instalar uma sindicância interna.
A apuração do caso pelo STJ é administrativa e independe da investigação criminal que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal).
Outro lado
O advogado de Medina, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse que o ministro jamais recebeu advogado ou diretor de banco na presença do irmão.
"Se o Virgílio tratou com o advogado, tem que ser investigado. Mas não tem relação com o ministro", disse.
Ele afirmou que o ministro recebe vários advogados e que isso é normal. "Se fez[recebeu advogados], cumpriu com suas obrigações, que é deixar que o advogado exerça suas funções. Não há que se falar em novo caso de venda de sentenças."
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice