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07/05/2007 - 09h12

Justiça Federal conclui hoje depoimentos de presos na Operação Hurricane

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da Folha Online

A juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio, conclui nesta segunda-feira os depoimentos dos acusados de ligação com a organização criminosa que atuava na venda de sentenças judiciais para beneficiar donos de casas de jogos.

A previsão é que sejam ouvidos hoje João Oliveira de Farias e Marcelo Kalil Petrus, que está foragido. A audiência está marcada para as 11h. Eles são acusados de terem ligação com casas de bingo suspeitas de serem usadas para lavar dinheiro em favor da máfia das sentenças.

Marcelo Kalil é filho de Antonio Petrus Kalil, o Turcão, que faz parte da cúpula do jogo do bicho no Rio.

Segundo reportagem da Folha publicada no dia 25 de abril, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, relata na denúncia oferecida ao STF (Supremo Tribunal Federal) que Farias e um outro acusado tentaram sacar dinheiro em bancos nacionais após a Polícia Federal iniciar as buscas da Operação Hurricane (furacão).

Os acusados estão no Rio desde o dia 26 de abril, quando foram transferidos da carceragem da Superintendência da PF em Brasília.

Eles permanecerão no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Benfica (RJ), até o final dos depoimentos. Depois, segundo a Justiça, devem ser transferidos para Campo Grande.

Depoimentos

Os depoimentos começaram na semana passada, quando a juíza ouviu o depoimento de seis dos 17 acusados: Ailton Guimarães Jorge (Capitão Guimarães), Aniz Abraão David, Antonio Petrus Kalil (Turcão), José Renato Granado Ferreira, Paulo Roberto Ferreira Lino, que negou qualquer relação com a máfia dos jogos, e Júlio César Guimarães Sobreira, que não respondeu a nenhuma pergunta, exceto seu nome, do advogado e endereço.

O advogado de Julio, Nélio Machado, disse que a estratégia faz parte da defesa, já que os dois ainda não conversaram a sós. Machado disse ainda que Júlio explicará oportunamente a origem do dinheiro apreendido no fundo falso de uma parede na sua casa. Durante a Operação Hurricane (furacão), que prendeu 25 pessoas no dia 13, a PF encontrou R$ 5 milhões em espécie e R$ 4 milhões (em cheque) com Júlio.

Na segunda-feira, foram ouvidos mais três acusados: Belmiro Martins Ferreira, Licínio Soares Bastos e Laurentino Freire dos Santos. Belmiro disse em depoimento que a sua empresa --Betec-- tem cerca de 1.000 máquinas de caça-níqueis. Bastos e Santos admitiram no depoimento que já tiveram algum tipo de relação com casas de bingo.

Na quarta-feira prestaram depoimentos os acusados José Luiz da Costa Rebello, Ana Cláudia Rodrigues do Espírito Santo e Jaime Garcia Dias. Acusado de ser o articulador de compra da sentenças judiciais em favor da máfia dos jogos, Dias permaneceu calado durante seu depoimento. Rebello e Ana Cláudia negaram participar do esquema de corrupção.

Na quinta-feira foram ouvidos Evandro da Fonseca, Silvério Nery Cabral Jr. e Sérgio Luzio Marques de Araújo. Na sexta-feira foram ouvidos Virgílio de Oliveira Medina, Luiz Paulo Dias de Mattos e Nagib Teixeira Sauid.

No depoimento, Virgílio negou ser o intermediário entre o irmão --ministro afastado do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Medina-- e a quadrilha que atuava na compra de sentenças para beneficiar a máfia do jogo.

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