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08/05/2007
-
16h30
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O primeiro dia de reunião da CPI do Apagão Aéreo foi marcado apenas por discursos. Durante quase quatro horas, os deputados não votaram nenhum dos 50 requerimentos apresentados até agora. Optaram por discutir sobre como será a rotina da CPI.
Chegaram ao consenso que os pronunciamentos precisam ser mais curtos para "não cansar quem estiver assistindo em casa".
No total, 26 parlamentares discursaram na reunião de hoje. A CPI tem 25 membros titulares. O clima tenso da última reunião, quando o presidente e o relator foram eleitos, não se repetiu hoje.
A temperatura só esquentou quando o deputado Carlos Willian (PTC-MG) disse que não havia a menor necessidade de uma CPI para investigar a crise aérea e ouviu como resposta da deputada Luciana Genro (PSOL-RS) que ele então deveria procurar "outra atividade dentro da Câmara".
A tranqüilidade foi resultado do consenso entre oposição e governo sobre o ponto de partida das investigações. O PT, o PMDB, o DEM (ex-PFL) e o PSDB concordaram que o primeiro passo deve ser a investigar o acidente com o avião da Gol para somente depois, numa quarta etapa da CPI se avançar sobre os contratos da Infraero com empresas para reforma dos aeroportos e publicidade considerados suspeitos.
O PSOL discordou. "Acho que esse caminho é do oficialismo e com ele não vamos chegar a nada, mas fica cômodo para a oposição empurrar a investigação da Infraero porque o problema vem de muito tempo", disse Luciana Genro (RS).
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), rebateu a colega. "Ato de corrupção não tem partido. Vamos investigar tudo, mas a CPI tem um fato determinado que é o acidente com o avião da Gol", afirmou.
A única divergência entre oposição e governo foi sobre o cronograma de trabalho apresentado pelo relator, deputado Marco Maia (PT-RS), considerado muito fechado. "É um pouco amarrado demais, com hora, local e data para terminar e isso pode prejudicar nossos trabalhos", queixou-se a deputada Solange Amaral (DEM-RS).
O relator explicou. "É apenas um roteiro, sem o objetivo de amarrar a CPI. Precisamos começar de algum lugar", esclareceu.
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O primeiro dia de reunião da CPI do Apagão Aéreo foi marcado apenas por discursos. Durante quase quatro horas, os deputados não votaram nenhum dos 50 requerimentos apresentados até agora. Optaram por discutir sobre como será a rotina da CPI.
Chegaram ao consenso que os pronunciamentos precisam ser mais curtos para "não cansar quem estiver assistindo em casa".
No total, 26 parlamentares discursaram na reunião de hoje. A CPI tem 25 membros titulares. O clima tenso da última reunião, quando o presidente e o relator foram eleitos, não se repetiu hoje.
A temperatura só esquentou quando o deputado Carlos Willian (PTC-MG) disse que não havia a menor necessidade de uma CPI para investigar a crise aérea e ouviu como resposta da deputada Luciana Genro (PSOL-RS) que ele então deveria procurar "outra atividade dentro da Câmara".
A tranqüilidade foi resultado do consenso entre oposição e governo sobre o ponto de partida das investigações. O PT, o PMDB, o DEM (ex-PFL) e o PSDB concordaram que o primeiro passo deve ser a investigar o acidente com o avião da Gol para somente depois, numa quarta etapa da CPI se avançar sobre os contratos da Infraero com empresas para reforma dos aeroportos e publicidade considerados suspeitos.
O PSOL discordou. "Acho que esse caminho é do oficialismo e com ele não vamos chegar a nada, mas fica cômodo para a oposição empurrar a investigação da Infraero porque o problema vem de muito tempo", disse Luciana Genro (RS).
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), rebateu a colega. "Ato de corrupção não tem partido. Vamos investigar tudo, mas a CPI tem um fato determinado que é o acidente com o avião da Gol", afirmou.
A única divergência entre oposição e governo foi sobre o cronograma de trabalho apresentado pelo relator, deputado Marco Maia (PT-RS), considerado muito fechado. "É um pouco amarrado demais, com hora, local e data para terminar e isso pode prejudicar nossos trabalhos", queixou-se a deputada Solange Amaral (DEM-RS).
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