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09/05/2007
-
13h48
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Cobiçado pelo PMDB para ser o candidato do partido à sucessão de 2010, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), jantou ontem com o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (PMDB-SP), e o líder da bancada do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), em Brasília. Os dois lados fizeram questão de tornar público o encontro, mas negaram que o prato principal tenha sido o ingresso de Aécio no PMDB.
Aécio chegou a brincar que parecia o porteiro do restaurante porque foi colocado numa mesa próxima a porta de saída. Henrique Alves disse que ele se tornou devedor do partido porque foi Temer quem pagou a conta. O jantar foi regado a um vinho, que segundo um dos presentes, ajudou a 'fluir bem a conversa'. Mas o tema sucessão de 2010 passou ao largo, juram os presentes.
O governador disse que o PMDB "não o constrangeria" com um convite para ingressar no partido porque ele está muito bem no PSDB. "Eles sabem que estou muito bem no PSDB. Também não é o momento para tratar de 2010 quando não conseguimos nem avançar em 2007. Seria, no mínimo, um equívoco", disse.
Ainda sobre a mudança de partido, comentou: "Não penso nisso, estou muito bem no PSDB. O projeto político que gostaria de participar posso fazer no PSDB."
Perguntado se estava se referindo a eleição presidencial, disse que seu projeto é fazer um "grande governo em Minas" e que "o PSDB tem nomes mais qualificados" para essa disputa do que o dele.
O líder do PMDB disse que o encontro com Aécio durou cerca de três horas, e reforçou o discurso do governador: "ele está muito voltado para Minas Gerais, quer fazer um governo melhor do que o primeiro e evitar que sua gestão caia no marasmo, na mesmice", disse.
Alves classificou a conversa como um "reencontro muito importante" e revelou que Aécio pediu ajuda para que o PMDB nacional leve o PMDB de Minas de volta para seu governo.
CPMF e DRU
No encontro, Aécio pediu ao PMDB apoio para convencer o governo a aceitar compartilhar os recursos arrecadados com a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) e flexibilizar os limites de endividamento dos Estados. Ele justificou que essa não é uma bandeira da oposição, mas "do país" e negou que uma postura mais independente do PMDB ajude na sua aproximação com a legenda.
"Estamos buscando a solidariedade da Câmara. O PMDB tem lealdade ao governo, participa do governo, mas essa é uma agenda a favor do país. Daqui a pouco a DRU [Desvinculação de Receitas da União] e a CPMF vão para a votação sem o governo saber das nossas prioridades", disse.
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Aécio chegou a brincar que parecia o porteiro do restaurante porque foi colocado numa mesa próxima a porta de saída. Henrique Alves disse que ele se tornou devedor do partido porque foi Temer quem pagou a conta. O jantar foi regado a um vinho, que segundo um dos presentes, ajudou a 'fluir bem a conversa'. Mas o tema sucessão de 2010 passou ao largo, juram os presentes.
O governador disse que o PMDB "não o constrangeria" com um convite para ingressar no partido porque ele está muito bem no PSDB. "Eles sabem que estou muito bem no PSDB. Também não é o momento para tratar de 2010 quando não conseguimos nem avançar em 2007. Seria, no mínimo, um equívoco", disse.
Ainda sobre a mudança de partido, comentou: "Não penso nisso, estou muito bem no PSDB. O projeto político que gostaria de participar posso fazer no PSDB."
Perguntado se estava se referindo a eleição presidencial, disse que seu projeto é fazer um "grande governo em Minas" e que "o PSDB tem nomes mais qualificados" para essa disputa do que o dele.
O líder do PMDB disse que o encontro com Aécio durou cerca de três horas, e reforçou o discurso do governador: "ele está muito voltado para Minas Gerais, quer fazer um governo melhor do que o primeiro e evitar que sua gestão caia no marasmo, na mesmice", disse.
Alves classificou a conversa como um "reencontro muito importante" e revelou que Aécio pediu ajuda para que o PMDB nacional leve o PMDB de Minas de volta para seu governo.
CPMF e DRU
No encontro, Aécio pediu ao PMDB apoio para convencer o governo a aceitar compartilhar os recursos arrecadados com a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) e flexibilizar os limites de endividamento dos Estados. Ele justificou que essa não é uma bandeira da oposição, mas "do país" e negou que uma postura mais independente do PMDB ajude na sua aproximação com a legenda.
"Estamos buscando a solidariedade da Câmara. O PMDB tem lealdade ao governo, participa do governo, mas essa é uma agenda a favor do país. Daqui a pouco a DRU [Desvinculação de Receitas da União] e a CPMF vão para a votação sem o governo saber das nossas prioridades", disse.
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