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15/05/2007
-
17h35
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Senadores da oposição ocuparam hoje o plenário do Senado Federal para protestar contra a demora na instalação da CPI das ONGs. O senador Heráclito Fortes (DEM-ex-PFL-PI), autor do requerimento que cria a comissão, acusou a base aliada do governo de retardar a CPI --já que o Senado deve formalizar amanhã a instalação de outra CPI no Senado para investigar a crise aérea.
Heráclito propôs que a CPI do Apagão Aéreo não seja instalada até a CPI das ONGs ser criada no Senado. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), admitiu que o partido errou ao não negociar um prazo para a indicação dos integrantes da CPI das ONGs --como feito com a CPI do Apagão.
Para solucionar o impasse, Agripino propôs que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estabeleça um prazo para a indicação dos integrantes da CPI. "Podemos pactuar um prazo para a indicação dos nomes e, assim, ordenarmos os trabalhos das duas CPIs", afirmou.
Heráclito disse que só vai aceitar o acordo caso a instalação da CPI do Apagão Aéreo seja suspensa. "Eu exijo esclarecimentos. Concordo [com o acordo] se for suspensa a instalação da outra CPI", disse.
O senador democrata justificou sua irritação com o argumento de que, desde o final do ano passado, vem lutando pela instalação da CPI das ONGs no Senado.
Renan convocou amanhã nova reunião com os líderes partidários para discutir as indicações à CPI das ONGs. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), rebateu as acusações de que a base aliada protelou a criação da CPI.
Na semana passada, os líderes se comprometeram a indicar os membros das duas CPIs até hoje. Os partidos finalizaram as escolhas dos integrantes da CPI do Apagão nesta terça-feira, mas não se manifestaram sobre a CPI das ONGs.
Investigação
A CPI das ONGs terá como foco os repasses de dinheiro público feitos para organizações não-governamentais. A oposição suspeita de repasses irregulares do governo para favorecer ONGs ligadas ao PT de 2003 a 2006.
Entre as atribuições da CPI, está investigar se a ONG UniTrabalho --que tem como colaborador o ex-analista de risco e mídia do PT Jorge Lorenzetti-- teria recebido mais de R$ 18 milhões da União desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Heráclito também quer investigar as denúncias de que a Petrobras teria repassado mais de R$ 30 milhões a ONGs ligadas ao PT.
O impasse sobre a CPI das ONGs vem desde o final de 2006, quando o senador apresentou requerimento para sua criação. Por consenso, sua instalação acabou adiada para este ano, mas acabou ofuscada pela decisão de se instalar no Senado a CPI do Apagão.
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da Folha Online, em Brasília
Senadores da oposição ocuparam hoje o plenário do Senado Federal para protestar contra a demora na instalação da CPI das ONGs. O senador Heráclito Fortes (DEM-ex-PFL-PI), autor do requerimento que cria a comissão, acusou a base aliada do governo de retardar a CPI --já que o Senado deve formalizar amanhã a instalação de outra CPI no Senado para investigar a crise aérea.
Heráclito propôs que a CPI do Apagão Aéreo não seja instalada até a CPI das ONGs ser criada no Senado. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), admitiu que o partido errou ao não negociar um prazo para a indicação dos integrantes da CPI das ONGs --como feito com a CPI do Apagão.
Para solucionar o impasse, Agripino propôs que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estabeleça um prazo para a indicação dos integrantes da CPI. "Podemos pactuar um prazo para a indicação dos nomes e, assim, ordenarmos os trabalhos das duas CPIs", afirmou.
Heráclito disse que só vai aceitar o acordo caso a instalação da CPI do Apagão Aéreo seja suspensa. "Eu exijo esclarecimentos. Concordo [com o acordo] se for suspensa a instalação da outra CPI", disse.
O senador democrata justificou sua irritação com o argumento de que, desde o final do ano passado, vem lutando pela instalação da CPI das ONGs no Senado.
Renan convocou amanhã nova reunião com os líderes partidários para discutir as indicações à CPI das ONGs. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), rebateu as acusações de que a base aliada protelou a criação da CPI.
Na semana passada, os líderes se comprometeram a indicar os membros das duas CPIs até hoje. Os partidos finalizaram as escolhas dos integrantes da CPI do Apagão nesta terça-feira, mas não se manifestaram sobre a CPI das ONGs.
Investigação
A CPI das ONGs terá como foco os repasses de dinheiro público feitos para organizações não-governamentais. A oposição suspeita de repasses irregulares do governo para favorecer ONGs ligadas ao PT de 2003 a 2006.
Entre as atribuições da CPI, está investigar se a ONG UniTrabalho --que tem como colaborador o ex-analista de risco e mídia do PT Jorge Lorenzetti-- teria recebido mais de R$ 18 milhões da União desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Heráclito também quer investigar as denúncias de que a Petrobras teria repassado mais de R$ 30 milhões a ONGs ligadas ao PT.
O impasse sobre a CPI das ONGs vem desde o final de 2006, quando o senador apresentou requerimento para sua criação. Por consenso, sua instalação acabou adiada para este ano, mas acabou ofuscada pela decisão de se instalar no Senado a CPI do Apagão.
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