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23/05/2007 - 18h58

Governador de Alagoas nega favorecer empresa acusada de liderar máfia

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB) voltou hoje a negar qualquer envolvimento com as supostas fraudes promovidas pela empresa Gautama em licitações públicas --descobertas na Operação Navalha, da Polícia Federal. O governador disse que se encontrou com o dono da Gautama, Zuleido Veras, há cerca de 40 dias --quando o empreiteiro teria sugerido a inclusão no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da obra de construção do anel viário de Maceió.

"Eu falei que a obra era cara e a gente tinha outras prioridades. Já encontrei o Zuleido várias vezes. Ele tem obras em Alagoas há duas décadas. Encontrei com ele e com todos os empresários que têm obras em Alagoas", explicou.

O governador disse que não autorizou seus auxiliares a liberar verbas para a empresa, como apontam as investigações da PF. Gravações telefônicas envolvendo os funcionários do governo Enéas de Alencastro (chefe da representação de Alagoas em Brasília) e Denisson Tenório (subsecretário da Infra-Estrutura), presos na Operação Navalha, indicam que Teotônio teria ordenado que uma obra de "alças" rodoviárias fosse entregue à Gautama, segundo interpretação da PF.

Teotônio disse que ficou "triste" ao receber a notícia do suposto envolvimento de seus auxiliares nas fraudes. "O Enéas é um amigo de 30 anos. Mas essas coisas têm que ser esclarecidas. As investigações não foram concluídas", afirmou.

CPI

O governador disse ser favorável à abertura de CPI no Congresso para investigar as irregularidades apontadas pela Operação Navalha. "Tudo o que ajudar a esclarecer as coisas é importante. Se os parlamentares não se sentirem satisfeitos com a investigação, é natural que solicitem a CPI", afirmou.

Teotônio esteve reunido hoje em Brasília com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para discutir as obras previstas no PAC para Alagoas. Em seguida, esteve no Senado.

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