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25/05/2007 - 16h22

Lula condena exageros, mas diz que ninguém vai cercear a PF

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu hoje, em rápida entrevista no Palácio do Itamaraty, que a Polícia Federal cometeu "exageros" durante a Operação Navalha. Lula afirmou que a PF vai continuar combatendo a corrupção "doa a quem doer", mas ressaltou que não pode cometer atos considerados "exagerados" --como o vazamento de informações de inquéritos que tramitam em segredo de Justiça.

"Se as pessoas não quiserem ser molestadas, não pratiquem nenhum erro que não serão molestadas. A Polícia Federal, ao fazer as suas investigações, ela precisa respeitar o Estado de Direito. Não pode haver nenhum ato que seja significado exagerado pela PF", disse Lula.

Segundo o presidente, a PF age com base em decisões judiciais --sem impor ações por sua conta própria.

Apesar das críticas, o presidente Lula disse que "ninguém vai cercear a PF e o Ministério Público" no combate à corrupção. "O que nós precisamos é garantir que as pessoas que tenham cometido [irregularidades] tenham tratamento igual a qualquer cidadão tem que ter. Você não precisa algemar as pessoas, não precisa arrebentar a porta de ninguém", disse.

Lula afirmou que ontem, durante conversa com o ministro Tarso Genro (Justiça), defendeu que a PF "não cometa exageros" contra ninguém --especialmente no que diz respeito ao vazamento de informações sigilosas.

"Você não pode ficar vazando notícias antes que você termine o processo, a investigação. Se não, você execra as pessoas primeiro pelas manchetes dos jornais para depois as pessoas serem inocentadas e ninguém publicar o ato de inocência das pessoas. Além dos exageros, nós precisamos continuar combatendo a corrupção."

Críticas

O comportamento da PF na Operação Navalha foi alvo de críticas de magistrados e parlamentares nesta semana.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes chamou de "canalhice" a atuação da PF na Operação. O nome do magistrado foi divulgado no inquérito sigiloso, mas depois ficou constatado se tratar de um homônimo.

A oposição também fez críticas à conduta da PF. O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que a Polícia Federal selecionou os nomes a serem divulgados para prejudicar "alguns setores" da sociedade. Em nota oficial, a PF repudiou as críticas e disse ter agido dentro do que prevê a legislação brasileira.

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