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02/08/2005
-
09h30
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
Numa entrevista coletiva conduzida nesta segunda-feira à noite, os gerentes da Nasa deram o veredicto: o Discovery precisa de reparos antes de voltar para casa. O trabalho será conduzido nesta quarta-feira pelo astronauta americano Stephen Robinson, durante a terceira caminhada espacial prevista para a missão.
Sua tarefa consistirá em cortar arestas do material usado para preencher o vão entre as telhas térmicas da barriga do ônibus. Para chegar lá, o tripulante será preso à ponta do braço robótico da ISS (Estação Espacial Internacional), onde o Discovery agora está atracado. Esse procedimento jamais foi tentado no espaço ou praticado em terra antes.
As protuberâncias encontradas --são duas no total-- já foram vistas antes em ônibus espaciais, mas somente após seu retorno à Terra. Graças ao novo sistema de inspeção da nave, foi possível detectar o fenômeno no espaço.
"A conclusão da equipe é de que há grande incerteza sobre o que pode acontecer [durante a reentrada]", disse Wayne Hale, vice-diretor do programa do ônibus espacial. "Entre essas incertezas e o que sabemos sobre EVA [sigla para "atividade extra-veicular", as caminhadas espaciais], foi uma decisão fácil", concluiu.
O aparecimento das protuberâncias não tem nada a ver com o desprendimento de espuma sólida do tanque externo durante a decolagem --problema que causou a destruição do Columbia, em 2003, e que a Nasa ainda precisa resolver antes de lançar o Atlantis.
Ontem pela manhã ocorreu a segunda caminhada espacial da missão. Mais uma vez, os trabalhos foram conduzidos por Soichi Noguchi, do Japão, acompanhado por Robinson. A dupla trocou um giroscópio defeituoso da ISS.
A estação agora opera pela primeira vez em três anos com todos os seus quatro giroscópios funcionando. Eles servem para mudar a orientação da ISS no espaço.
Foi a 60ª caminhada espacial conduzida em conexão com a construção e manutenção da estação. A última acontece na quarta-feira, de novo a ser efetuada por Robinson e Noguchi. A principal tarefa agendada será instalar uma plataforma de armazenamento do lado de fora da estação. O procedimento de reparo será conduzido apenas por Robinson, para minimizar risco de novos danos à nave.
Se tudo correr bem, o ônibus espacial Discovery deve retornar à Terra na próxima segunda-feira.
Futuro sem ônibus
Enquanto a Nasa trabalha furiosamente para manter suas naves em operação, a despeito dos problemas com a espuma, os parceiros internacionais no projeto da construção da ISS estão preocupados. Um módulo-laboratório japonês está neste momento no Centro Espacial Kennedy, esperando uma carona dos ônibus para ser instalado. Um equivalente europeu está na Alemanha, aguardando o mesmo fim.
Temendo que a Nasa tenha de aposentar seus ônibus espaciais antes mesmo de 2010, a ESA (Agência Espacial Européia) já está estudando o que fazer caso seu módulo não possa ir ao espaço.
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Nasa manda astronauta reparar ônibus espacial Discovery
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da Folha de S.Paulo
Numa entrevista coletiva conduzida nesta segunda-feira à noite, os gerentes da Nasa deram o veredicto: o Discovery precisa de reparos antes de voltar para casa. O trabalho será conduzido nesta quarta-feira pelo astronauta americano Stephen Robinson, durante a terceira caminhada espacial prevista para a missão.
Sua tarefa consistirá em cortar arestas do material usado para preencher o vão entre as telhas térmicas da barriga do ônibus. Para chegar lá, o tripulante será preso à ponta do braço robótico da ISS (Estação Espacial Internacional), onde o Discovery agora está atracado. Esse procedimento jamais foi tentado no espaço ou praticado em terra antes.
As protuberâncias encontradas --são duas no total-- já foram vistas antes em ônibus espaciais, mas somente após seu retorno à Terra. Graças ao novo sistema de inspeção da nave, foi possível detectar o fenômeno no espaço.
"A conclusão da equipe é de que há grande incerteza sobre o que pode acontecer [durante a reentrada]", disse Wayne Hale, vice-diretor do programa do ônibus espacial. "Entre essas incertezas e o que sabemos sobre EVA [sigla para "atividade extra-veicular", as caminhadas espaciais], foi uma decisão fácil", concluiu.
O aparecimento das protuberâncias não tem nada a ver com o desprendimento de espuma sólida do tanque externo durante a decolagem --problema que causou a destruição do Columbia, em 2003, e que a Nasa ainda precisa resolver antes de lançar o Atlantis.
Ontem pela manhã ocorreu a segunda caminhada espacial da missão. Mais uma vez, os trabalhos foram conduzidos por Soichi Noguchi, do Japão, acompanhado por Robinson. A dupla trocou um giroscópio defeituoso da ISS.
A estação agora opera pela primeira vez em três anos com todos os seus quatro giroscópios funcionando. Eles servem para mudar a orientação da ISS no espaço.
Foi a 60ª caminhada espacial conduzida em conexão com a construção e manutenção da estação. A última acontece na quarta-feira, de novo a ser efetuada por Robinson e Noguchi. A principal tarefa agendada será instalar uma plataforma de armazenamento do lado de fora da estação. O procedimento de reparo será conduzido apenas por Robinson, para minimizar risco de novos danos à nave.
Se tudo correr bem, o ônibus espacial Discovery deve retornar à Terra na próxima segunda-feira.
Futuro sem ônibus
Enquanto a Nasa trabalha furiosamente para manter suas naves em operação, a despeito dos problemas com a espuma, os parceiros internacionais no projeto da construção da ISS estão preocupados. Um módulo-laboratório japonês está neste momento no Centro Espacial Kennedy, esperando uma carona dos ônibus para ser instalado. Um equivalente europeu está na Alemanha, aguardando o mesmo fim.
Temendo que a Nasa tenha de aposentar seus ônibus espaciais antes mesmo de 2010, a ESA (Agência Espacial Européia) já está estudando o que fazer caso seu módulo não possa ir ao espaço.
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