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"Acredito em Deus, sim, mas sou um religioso heterodoxo", diz relator
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SILVANA DE FREITAS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Único ministro do STF que não se diz católico, o relator do julgamento da ação contra a pesquisa com células-tronco embrionárias, Carlos Ayres Britto, disse à Folha que tem um conceito particular de religiosidade: "Acredito em Deus, sim, mas sou um religioso heterodoxo. Para mim, a oração suprema é o estado amoroso".
Sua formação, porém, foi católica. "Com o tempo, fui me abrindo para outras religiões, para conhecê-las, não para professá-las [...] Sou um espiritualista, um holista." Britto é leitor do guru Bhagwan Rajneesh (Osho).
Hoje o plenário do STF vai julgar a Adin (ação direta de inconstitucionalidade) movida pelo ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles contra a Lei de Biossegurança, que hoje permite a pesquisa com células embrionárias. Britto ainda não revelou seu voto, mas cientistas dizem esperar seu apoio. Ele apenas diz que a questão religiosa não vai interferir. "Farei uma análise rigorosamente jurídica."
Como relator, ele será o primeiro dos 11 ministros a votar. Britto diz que durante o recesso do tribunal, de 20 de dezembro a 1º de fevereiro último, dedicou-se quase que exclusivamente ao tema, lendo vários livros. Depois redigiu o voto, cuja leitura deverá durar duas horas.
O primeiro livro que procurou foi "O Direito Natural na Época de Sócrates", de Eduardo Garcia Maynez. Por sugestão de um amigo, leu "O Domínio da Vida", de Ronald Dworkin. Outras obras foram "Reprodução Assistida", de Roberto Wider, e "O Direito de Não Sofrer Discriminação Genética", de Francisco Vieira Lima Neto. "Não li uma corrente mais do que a outra, procurei fugir do condicionamento ideológico e fiz uma leitura equilibrada", afirmou.
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Lendo algumas opiniões abaixo sobre pesquisas com células-tronco não pude dexar de notar como, atualmente, é comum "malhar" a Igreja Católica como se ela fosse responsável por inúmeros males presentes no mundo.
Quanto ao assunto em questão, gostaria de expor, com maiúsculas: A IGREJA CATÓLICA NÃO É, NÃO FOI E NUNCA SERÁ CONTRA A PESQUISA COM CÉLULAS-TRONCO! É CONTRA A PESQUISA COM CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS ( E DEVE SER MESMO! ).
É muito importante que haja limites nas pesquisas científicas pois elas não são mais válidas quando realizadas com agressão à vida ou à dignidade de qualquer ser humano, inclusive daqueles que estão nos primeiros estágios de seu desenvolvimento.
Parabéns, novamente, à equipe da USP. E o meu desejo de que a continuidade na pesquisa com células-tronco adultas traga resultados mais espetaculares ainda.
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Está aí uma comprovação científica do relato Bíblico.
Células troncos podem ser retiradas de adultos e transforma-las em qualquer órgão, osso, cartilagem e tecido.
Parabens aos cientístas da USP !
Tanto a medicina halopata, homeopática e a fitoterápica vem trazendo benifícios à humanidade, mas a mais promissora de todas é a fitorerápica, pois é ortomolecular.
Na flora da amazônia estão escondidos segredos da " fonte da juventude " ou no mínimo a longevidade de uma vida saudável, como era na antiguidade.
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