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13/10/2004
-
19h43
da Folha Online
A polícia de Rondônia tenta localizar a arma usada para matar o sertanista Apoena Meireles. Um jovem de 17 anos foi detido na noite de terça-feira (12) sob acusação de envolvimento no crime, ocorrido no último sábado.
Em depoimento, o adolescente disse que pegou um revólver calibre 38 emprestado para fazer o assalto que resultou na morte de Meireles. Teria devolvido a arma ao dono após o crime.
O rapaz disse, ainda, que não sabia de quem se tratava a vítima e que planejou o roubo depois que os pais se negaram a dar dinheiro a ele, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança. Para a polícia, o rapaz que teria emprestado a arma fugiu por causa da repercussão do caso.
A funcionária da Funai (Fundação Nacional do Índio) Cleonice Mansur, que estava com Meireles no momento do assalto, reconheceu o adolescente como o autor dos disparos.
Roupas
Os policiais chegaram ao adolescente após uma denúncia anônima. Na casa dele, no bairro Conjunto Rio Cajará, na zona oeste de Porto Velho, foram encontradas as roupas que ele vestia na noite do crime e a bicicleta usada na fuga.
Segundo a Delegacia de Patrimônios, responsável pela investigação dos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) no Estado, o adolescente é estudante de um colégio de classe média de Porto Velho e não tinha passagem anterior pela polícia.
Ele está sob custódia do Juizado da Infância e Juventude. A polícia considera o caso como esclarecido, já que o jovem é réu confesso.
A Polícia Civil deve ouvir dois rapazes presos com o celular de Meireles. Eles disseram que compraram o aparelho de um desconhecido.
Crime
Apoena Meireles, 55, foi assassinado na noite de sábado (9) quando sacava dinheiro em um caixa eletrônico do Banco do Brasil, em Porto Velho.
Segundo a funcionária da Funai que acompanhava o sertanista, ele colocou o dinheiro na carteira e recebeu um disparo no peito ao dar um passo em direção ao assaltante.
Mesmo baleado, Meireles teria tentado perseguir o assaltante. Foi então que recebeu um segundo tiro, no abdômen. Ele morreu antes de chegar ao hospital.
Meireles estava em Porto Velho para comunicar aos índios cintas-largas a decisão do governo federal de fechar o garimpo em suas terras e de buscar uma nova legislação sobre a mineração na região. A área ocupada pelos índios cintas-largas em Rondônia é rica em minerais como cassiterita, ouro e diamante.
Sertanista
Apoena Meireles era filho do também sertanista Francisco Meireles. Ele nasceu numa aldeia Xavante em Pimentel Barbosa (MT) e seu nome Apoena foi uma homenagem a um famoso líder xavante.
Ele ocupou a presidência da Funai durante o período de novembro de 1985 a maio de 1986.
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A polícia de Rondônia tenta localizar a arma usada para matar o sertanista Apoena Meireles. Um jovem de 17 anos foi detido na noite de terça-feira (12) sob acusação de envolvimento no crime, ocorrido no último sábado.
Em depoimento, o adolescente disse que pegou um revólver calibre 38 emprestado para fazer o assalto que resultou na morte de Meireles. Teria devolvido a arma ao dono após o crime.
O rapaz disse, ainda, que não sabia de quem se tratava a vítima e que planejou o roubo depois que os pais se negaram a dar dinheiro a ele, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança. Para a polícia, o rapaz que teria emprestado a arma fugiu por causa da repercussão do caso.
A funcionária da Funai (Fundação Nacional do Índio) Cleonice Mansur, que estava com Meireles no momento do assalto, reconheceu o adolescente como o autor dos disparos.
Roupas
Os policiais chegaram ao adolescente após uma denúncia anônima. Na casa dele, no bairro Conjunto Rio Cajará, na zona oeste de Porto Velho, foram encontradas as roupas que ele vestia na noite do crime e a bicicleta usada na fuga.
Segundo a Delegacia de Patrimônios, responsável pela investigação dos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) no Estado, o adolescente é estudante de um colégio de classe média de Porto Velho e não tinha passagem anterior pela polícia.
Ele está sob custódia do Juizado da Infância e Juventude. A polícia considera o caso como esclarecido, já que o jovem é réu confesso.
A Polícia Civil deve ouvir dois rapazes presos com o celular de Meireles. Eles disseram que compraram o aparelho de um desconhecido.
Crime
Apoena Meireles, 55, foi assassinado na noite de sábado (9) quando sacava dinheiro em um caixa eletrônico do Banco do Brasil, em Porto Velho.
Segundo a funcionária da Funai que acompanhava o sertanista, ele colocou o dinheiro na carteira e recebeu um disparo no peito ao dar um passo em direção ao assaltante.
Mesmo baleado, Meireles teria tentado perseguir o assaltante. Foi então que recebeu um segundo tiro, no abdômen. Ele morreu antes de chegar ao hospital.
Meireles estava em Porto Velho para comunicar aos índios cintas-largas a decisão do governo federal de fechar o garimpo em suas terras e de buscar uma nova legislação sobre a mineração na região. A área ocupada pelos índios cintas-largas em Rondônia é rica em minerais como cassiterita, ouro e diamante.
Sertanista
Apoena Meireles era filho do também sertanista Francisco Meireles. Ele nasceu numa aldeia Xavante em Pimentel Barbosa (MT) e seu nome Apoena foi uma homenagem a um famoso líder xavante.
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