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21/12/2004 - 12h07

Brasileiros se casam mais e mais tarde

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

Os brasileiros estão voltando ao cartório para casar. A constatação é da pesquisa de Estatísticas do Registro Civil de 2003, organizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostrou que a idade média das uniões civis também aumentou consideravelmente.

Segundo o IBGE, a parceria entre prefeituras e igreja católica nos casamentos coletivos aumentou o número de uniões formais em diversos Estados do país. Em 2003, o número de casamentos cresceu 4,7%.

O aumento no número de casamentos pode ser atribuído principalmente à regularização de uniões. Com o estímulo dos casamentos coletivos, muitos brasileiros preferiram aderir ao casamento formal. A pesquisa não mede as uniões consensuais.

O resultado do ano passado representa uma volta aos patamares de dez anos atrás. Foram realizados 748.981 casamentos. Em 1993, o patamar era de 745.826 cerimônias.

A pesquisa mostra ainda que a idade média dos casamentos vem aumentando nos últimos dez anos. Em 1993, a idade média era de 24 anos entre as mulheres e de 27,5 anos entre os homens. Em 2003, a média subiu para 27,2 anos entre as mulheres e 30,6 anos entre os homens.

Mais tarde

Apesar do casamento mais tarde, a subida ao altar continua sendo território preferencial das pessoas mais jovens.

Em 2003, 10% dos cônjuges tinham menos de 20 anos de idade. Entre as pessoas com mais de 60 anos, a proporção de casamentos foi de apenas 1,8%.

Apenas 10,6% das uniões legais ocorreram entre homens e mulheres com mais de 39 anos de idade.

Separações

A pesquisa revela, no entanto, que casamentos e separações têm seguido o mesmo comportamento. O número de divórcios passou de 94.896 para 138.676 de 1993 para 2003. Já o de separações subiu de 87.885 para 103.529 no mesmo período.

A média de idade nas separações também aumentou. Casais mais velhos têm dado preferência ao divórcio.

Segundo o IBGE, a média mais alta de idade no divórcio pode ser atribuída à legislação vigente. Isto porque a legislação instituída a partir da Constituição Federal de 1988 exige pelo menos um ano de separação judicial ou dois anos de separação de fato para que o processo de divórcio possa ser iniciado.

A maior iniciativa para a separação é das mulheres. Na separação judicial não-consensual, a proporção de mulheres requerentes é de 72%, enquanto a de homens, de 28%. Nos divórcios, a diferença é menos significativa. A iniciativa é tomada por 46,6% dos homens e 53,4% das mulheres.

Se a vontade de se separar tem maior incidência entre as mulheres, os novos casamentos são mais comuns entre os homens. O IBGE destaca que o maior número de homens que requerem divórcio está associado ao fato de eles casarem novamente em maior proporção que as mulheres.

Leia mais
  • Mulheres são responsáveis por 72% dos pedidos de separação
  • Caem os óbitos de menores de um ano, mas subnotificação prejudica resultado
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    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre casamentos coletivos
  • Leia o que já foi publicado sobre estatísticas do registro civil
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