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07/02/2005 - 01h28

Mangueira investe em futurismo e ousadia para voltar a ser campeã

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da Folha Online

A Mangueira resolveu mudar o tom de seu desfile para surpreender público e jurados na Sapucaí. A última vez que a escola saiu como campeã da disputa foi em 2002 com um enredo sobre o Nordeste. Neste ano, a escola pretende inaugurar o "futurismo barroco" com o enredo "Mangueira energiza a Avenida. Carnaval é pura energia e a energia é o nosso desafio".

Segundo o carnavalesco da escola, Max Lopes, a idéia é utilizar elementos futuristas, mas com riqueza de detalhes. O presidente da Mangueira, Álvaro Caetano, afirmou que a mudança para um estilo mais moderno não resultou em economia. A escola vai gastar este ano cerca de R$ 500 mil a mais do que em 2004 em razão do volume maior de ferro, placas e iluminação. Este ano a escola trará sete carros com neon.

Como o enredo trata de energia, a Mangueira conseguiu recebeu cerca de R$ 4,5 milhões de patrocinadores como Petrobras e Eletrobrás. O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, vai desfilar em frente ao carro da hidrelétrica. "Ele não vem como político, vem como Mangueirense", disse Caetano. A Petrobras deu R$ 2 milhões para a agremiação.

A escola não deve concentrar o desfile na polêmica sobre a falta ou o excesso de energia e muito menos em formas alternativas, como energia hidráulica ou eólica. Durante o desfile, será possível ver o lado mais esotérico, com foco nos quatro elementos ou em aspectos mais subjetivos como a energia da vida ou a energia de transformação.

Paradinha

O modernismo chegou até a uma das alas mais tradicionais da escola: a bateria. A bateria da Mangueira vai se render à prática que se tornou uma das manias do carnaval carioca, a paradinha da bateria.

Apesar das inovações, o presidente da escola destaca que a tradição continua a fazer parte da escola. Na bateria da Mangueira, por exemplo, não entram mulheres e a previsão é de que elas continuem a desfilar em outras alas. "Acho que não teremos mulheres na bateria nunca, é uma tradição da Mangueira", disse.

Lopes é conhecido entre os carnavalescos do Rio como o "mago das cores". A presença deste elemento deve ganhar ainda mais importância no desfile deste ano. "Todo o meu trabalho de carnaval tem um cunho esotérico. Vou trabalhar com os quatro elementos", acrescentou.

Os principais investimentos da escola para o desfile estão relacionados a efeitos especiais, iluminação e engenharia mecânica. "Isso tudo tem limite, com todo o aspecto tecnológico, o samba vem em primeiro lugar", diz Lopes.

Homenagem

Antes de qualquer efeito hightech, a Mangueira pretende iniciar o desfile emocionando o público. Sem revelar os segredos da comissão de frente, coreografada por Carlinhos de Jesus, o presidente da escola garante que o objetivo é trazer emoção para a avenida.

Surpreender neste caso não é tarefa fácil. O coreógrafo já colocou em outros carnavais bailarinas como bonecas nordestinas em malas e já chegou até mesmo a levitar em plena Sapucaí.

Alan Marques/Folha Imagem
Carlinhos de Jesus beija mão de Lucíola, de 104 anos
Carlinhos de Jesus beija mão de Lucíola, de 104 anos
Pelo menos uma pessoa ficará emocionada com a comissão de frente. A moradora mais antiga do morro da Mangueira, Lucíola, de 104 anos, irá desfilar pela primeira vez no Carnaval. Se apresentando na comissão de frente, a vai representar a energia da vida.

Artistas

A escola vem cheia de famosos, como Alcione, Leci Brandão, Beth Carvalho e Jamelão. Na tradicional ala dos artistas, desfilam os atores Alexandre Borges e Júlia Lemmertz "É uma tradição. a gente sai na mangueira desde 1996", disse Júlia. Outros artistas como Rosemary, Isabel Filardis, Alcione, Leci Brandão e Beth Carvalho, também participam do desfile.

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