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10/06/2005
-
14h19
da Folha Online
A 1ª Vara Criminal de Praia Grande (litoral de São Paulo) deve decidir ainda nesta sexta-feira se concede ou não liberdade provisória ao ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé. Caso o pedido seja aceito, ele poderá ser internado em uma clínica para dependentes químicos.
Preso desde a última segunda-feira na sede do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos), no Butantã (zona oeste de São Paulo), ele foi autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.
Em depoimento, negou as acusações, mas afirmou ser usuário de maconha e disse precisar de tratamento médico. Para o advogado de Edinho, Sidney Gonçalves, ele "preenche os requisitos legais, normais, com residência fixa e domicílio". A defesa alega falta de materialidade das provas.
Prisão
O ex-goleiro foi preso em seu apartamento, no bairro de Ponta da Praia, em Santos (litoral de São Paulo).
O Denarc afirma que interceptações telefônicas, cujo conteúdo ainda não foi divulgado, flagraram conversas dele com Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho, também preso e apontado como o chefe do tráfico de drogas na Baixada Santista.
Filho do ex-jogador do Santos, Pitico --que foi contemporâneo de Pelé--, Naldinho e outros seis presos foram transferidos do Denarc para CDPs (Centros de Detenção Provisória), na noite de terça-feira (7).
Outros seis suspeitos, além de Edinho, permanecem no Denarc. A Polícia Civil afirma que a transferência depende de vagas no sistema prisional.
Investigação
As confissões feitas pelo ex-goleiro para justificar seu envolvimento com Naldinho não convenceram a polícia. O Denarc diz que ele usava a influência do nome do pai em negociações feitas com a suposta quadrilha.
Policiais afirmam que, nas conversas gravadas, Edinho chegou a dizer a Naldinho: "Você entra com dinheiro, e eu entro com o nome do meu pai".
De acordo com a polícia, a quadrilha movimentaria cerca de duas toneladas de cocaína por mês. O diretor do Denarc, Ivaney Cayres de Souza, disse que será pedida a quebra de sigilo bancário dos envolvidos.
Pelé
Na última terça, Pelé visitou o filho preso e pediu que uma carta, na qual o filho afirma ser dependente de drogas, fosse lida em uma entrevista coletiva. Durante a leitura do texto, no qual Edinho diz que começou a usar drogas depois de deixar o futebol, ele não se conteve e chorou.
"Não é desculpa nenhuma o que vou dizer. Mas vocês me acompanharam desde o começo da minha carreira, sabem da minha luta contra as drogas, do meu empenho de que ficasse claro que isso não é bom para qualquer ser humano. E parece que Deus me deu uma prova e tenho de passar por isso", afirmou Pelé.
Operação
No total, 52 pessoas foram detidas durante a operação realizada na segunda-feira e 13 delas, incluindo o filho de Pelé, foram autuadas em flagrante.
Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em 22 locais da Baixada Santista e da Grande São Paulo.
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A 1ª Vara Criminal de Praia Grande (litoral de São Paulo) deve decidir ainda nesta sexta-feira se concede ou não liberdade provisória ao ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé. Caso o pedido seja aceito, ele poderá ser internado em uma clínica para dependentes químicos.
Preso desde a última segunda-feira na sede do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos), no Butantã (zona oeste de São Paulo), ele foi autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.
Robson Ventura/Folha Imagem |
![]() |
Edinho (de azul) aparece perto de Naldinho (de gorro) em foto |
Prisão
O ex-goleiro foi preso em seu apartamento, no bairro de Ponta da Praia, em Santos (litoral de São Paulo).
O Denarc afirma que interceptações telefônicas, cujo conteúdo ainda não foi divulgado, flagraram conversas dele com Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho, também preso e apontado como o chefe do tráfico de drogas na Baixada Santista.
Filho do ex-jogador do Santos, Pitico --que foi contemporâneo de Pelé--, Naldinho e outros seis presos foram transferidos do Denarc para CDPs (Centros de Detenção Provisória), na noite de terça-feira (7).
Outros seis suspeitos, além de Edinho, permanecem no Denarc. A Polícia Civil afirma que a transferência depende de vagas no sistema prisional.
Investigação
As confissões feitas pelo ex-goleiro para justificar seu envolvimento com Naldinho não convenceram a polícia. O Denarc diz que ele usava a influência do nome do pai em negociações feitas com a suposta quadrilha.
Policiais afirmam que, nas conversas gravadas, Edinho chegou a dizer a Naldinho: "Você entra com dinheiro, e eu entro com o nome do meu pai".
De acordo com a polícia, a quadrilha movimentaria cerca de duas toneladas de cocaína por mês. O diretor do Denarc, Ivaney Cayres de Souza, disse que será pedida a quebra de sigilo bancário dos envolvidos.
Pelé
Na última terça, Pelé visitou o filho preso e pediu que uma carta, na qual o filho afirma ser dependente de drogas, fosse lida em uma entrevista coletiva. Durante a leitura do texto, no qual Edinho diz que começou a usar drogas depois de deixar o futebol, ele não se conteve e chorou.
"Não é desculpa nenhuma o que vou dizer. Mas vocês me acompanharam desde o começo da minha carreira, sabem da minha luta contra as drogas, do meu empenho de que ficasse claro que isso não é bom para qualquer ser humano. E parece que Deus me deu uma prova e tenho de passar por isso", afirmou Pelé.
Operação
No total, 52 pessoas foram detidas durante a operação realizada na segunda-feira e 13 delas, incluindo o filho de Pelé, foram autuadas em flagrante.
Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em 22 locais da Baixada Santista e da Grande São Paulo.
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