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15/06/2005
-
08h51
da Folha Online
Depois de uma madrugada tensa, negociadores voltam a conversar na manhã desta terça-feira com os rebelados na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo). Desde o início do motim, na manhã de ontem, ao menos cinco presos foram decapitados por rivais e tiveram as cabeças expostas.
O número de mortos, porém, pode ser maior. Segundo o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários dos Sistema Prisional do Estado de São Paulo), sete presos teriam sido degolados. Os corpos permanecem no interior da penitenciária.
As negociações foram interrompidas às 18h30 de terça (14), por exigência dos rebelados. O fornecimento de água e de luz para a unidade foi cortado.
O sindicato afirma que, durante a madrugada, a presença da Polícia Militar e da vigilância ao redor da unidade irritou os rebelados, que ameaçaram de morte os 11 agentes penitenciários mantidos como reféns. No início do motim, cerca de 20 funcionários foram rendidos.
Parte do prédio foi destruído pelos rebelados. De acordo com informações da diretoria do Sifuspesp, que acompanha as negociações, o imóvel dificilmente poderá ser utilizado para abrigar todos os sentenciados após a rebelião. Durante a noite, novos focos de incêndio foram avistados.
Reivindicações
Na tarde de terça, cerca de 160 presos foram retirados da penitenciária e levados para outras unidades da região. Eles não estavam envolvidos na rebelião e corriam risco de morte.
Entre as reivindicações dos amotinados estariam mudanças na administração da penitenciária, no sistema de visitas adotada na unidade, e no atendimento judiciário.
Atendendo a uma das reivindicações dos rebelados, o juiz-corregedor da Vara de Execuções Penais de Presidente Prudente (565 km de São Paulo), Fábio D'Urso, uniu-se ao diretor da unidade, Reginaldo Beraldo de Almeida, e ao coordenador das unidades prisionais da região oeste do Estado, Carlos Augusto Panucci, para participar das negociações.
Rebelião
O motim começou por volta das 8h30 de terça. O sindicato afirma que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) renderam os funcionários e invadiram o local onde estavam as vítimas --que seriam criminosos expulsos da facção e estariam no chamado "seguro", onde ficam os presos ameaçados.
A Secretaria da Administração Penitenciária admite que, motivado por um acerto de contas, um grupo de presos invadiu outra ala, ainda não identificada. Porém, ainda não informou detalhes sobre a rebelião.
Penitenciária
Com capacidade para 680 presos, a penitenciária abriga 780 atualmente e é uma das mais antigas do Estado.
Inaugurada em 5 de dezembro de 1961, a Penitenciária Zwinglo Ferreira enfrentou nos últimos dez anos outras duas rebeliões.
Em 1986, numa tentativa de fuga, 14 presos foram mortos, segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo. Já em 2001, detentos da unidade aderiram à megarrebelião promovida pelo PCC. No episódio não houve reféns e nem mortos.
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Depois de uma madrugada tensa, negociadores voltam a conversar na manhã desta terça-feira com os rebelados na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo). Desde o início do motim, na manhã de ontem, ao menos cinco presos foram decapitados por rivais e tiveram as cabeças expostas.
O número de mortos, porém, pode ser maior. Segundo o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários dos Sistema Prisional do Estado de São Paulo), sete presos teriam sido degolados. Os corpos permanecem no interior da penitenciária.
João Laércio dos Santos |
Veja imagens da rebelião em Presidente Venceslau (SP) |
O sindicato afirma que, durante a madrugada, a presença da Polícia Militar e da vigilância ao redor da unidade irritou os rebelados, que ameaçaram de morte os 11 agentes penitenciários mantidos como reféns. No início do motim, cerca de 20 funcionários foram rendidos.
Parte do prédio foi destruído pelos rebelados. De acordo com informações da diretoria do Sifuspesp, que acompanha as negociações, o imóvel dificilmente poderá ser utilizado para abrigar todos os sentenciados após a rebelião. Durante a noite, novos focos de incêndio foram avistados.
Reivindicações
Na tarde de terça, cerca de 160 presos foram retirados da penitenciária e levados para outras unidades da região. Eles não estavam envolvidos na rebelião e corriam risco de morte.
Entre as reivindicações dos amotinados estariam mudanças na administração da penitenciária, no sistema de visitas adotada na unidade, e no atendimento judiciário.
Atendendo a uma das reivindicações dos rebelados, o juiz-corregedor da Vara de Execuções Penais de Presidente Prudente (565 km de São Paulo), Fábio D'Urso, uniu-se ao diretor da unidade, Reginaldo Beraldo de Almeida, e ao coordenador das unidades prisionais da região oeste do Estado, Carlos Augusto Panucci, para participar das negociações.
Rebelião
O motim começou por volta das 8h30 de terça. O sindicato afirma que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) renderam os funcionários e invadiram o local onde estavam as vítimas --que seriam criminosos expulsos da facção e estariam no chamado "seguro", onde ficam os presos ameaçados.
A Secretaria da Administração Penitenciária admite que, motivado por um acerto de contas, um grupo de presos invadiu outra ala, ainda não identificada. Porém, ainda não informou detalhes sobre a rebelião.
Penitenciária
Com capacidade para 680 presos, a penitenciária abriga 780 atualmente e é uma das mais antigas do Estado.
Inaugurada em 5 de dezembro de 1961, a Penitenciária Zwinglo Ferreira enfrentou nos últimos dez anos outras duas rebeliões.
Em 1986, numa tentativa de fuga, 14 presos foram mortos, segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo. Já em 2001, detentos da unidade aderiram à megarrebelião promovida pelo PCC. No episódio não houve reféns e nem mortos.
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