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30/06/2005 - 09h59

"Sabia que Deus me ouviria", diz Suzane Richthofen ao deixar presídio

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VICTOR RAMOS
Enviado da Folha de S.Paulo a Rio Claro

Nos dez meses em que permaneceu em Rio Claro, Suzane von Richthofen não recebeu nenhuma vez a visita de seu irmão, Andreas. Também foi ali que ela soube da morte de sua avó paterna, Margot Gude Hahmann, a quem era muito ligada. Em julho de 2004, Margot depôs no 1º Tribunal do Júri de São Paulo e disse que seu desejo era que Suzane, assim que solta, morasse com ela.

Presa em 2002 sob acusação de envolvimento na morte dos pais, Suzane foi libertada ontem, após o Superior Tribunal de Justiça conceder um habeas corpus.

De acordo com a diretora do Centro de Ressocialização Feminino, Irani Torres, Suzane tinha um bom relacionamento com as outras detentas, que, ainda segundo ela, comemoraram a decisão de a estudante poder esperar o julgamento em liberdade.

A diretora afirmou que Suzane, ao saber que seria solta, lhe disse: "Está vendo, doutora? Sabia que Deus iria me ouvir".

Segundo o advogado Heitor Alves, que defende outras presas no mesmo centro, Suzane dava aulas de inglês a outras detentas e estudava enfermagem.

Torres disse que estava assustada quando chegou ao centro, em agosto de 2004. Ela havia sido transferida da Penitenciária Feminina do Carandiru após uma rebelião. Lá, era alvo de constantes ameaças. A diretora afirmou que chegou a receber cartas e telefonemas com ameaças a Suzane quando ela chegou ao centro.

Ontem, em seu último dia no Centro de Ressocialização Feminino, Suzane teria passado pelo salão de beleza onde trabalham as próprias presas. Segundo o advogado Alves, esse é um hábito das detentas antes de serem soltas.

O centro de ressocialização tem 120 detentas divididas em oito alojamentos com 15 vagas cada um. Não há celas no local. Das detentas, 87% são condenadas, diferentemente de Suzane, que estava em prisão preventiva, aguardando o julgamento.

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