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08/08/2005
-
22h11
da Folha Online
Devem ser divulgados nesta terça-feira os retratos falados de dois acusados de assaltar a sede do Banco Central, em Fortaleza (CE), no fim de semana. Foram levados mais de R$ 150 milhões, segundo a Polícia Federal, que investiga o caso. Este pode ser o maior assalto a banco ocorrido no país.
O BC determinou a abertura de uma sindicância interna para investigar o caso. De acordo com a instituição, os cinco contêineres violados continham cédulas de R$ 50. A quantia pesaria, portanto, 3,5 toneladas. A suspeita é que o grupo seja formado, ao todo, por seis a dez pessoas.
O crime foi descoberto às 8h desta segunda-feira quando o cofre, que havia sido fechado às 18h de sexta, foi reaberto. Sensores de movimento não dispararam e o circuito interno de vigilância não registrou imagens da ação.
Os ladrões entraram por um túnel que começa em uma casa que fica a um quarteirão do prédio. Alugada há três meses, ela foi reformada para abrigar uma empresa de fachada, a "Gramas Sintéticas". O aluguel foi intermediado por uma imobiliária e era pago em dia. O dono da casa já foi identificado.
O suposto negócio, de venda e plantio de gramas naturais e artificiais, ajudava a justificar a retirada freqüente de terra, resultado da escavação realizada no último cômodo do imóvel, no subsolo. Para facilitar a respiração, um ar-condicionado foi instalado.
Foi necessário ainda, ao final, perfurar o piso da casa-forte. Feitos de ferro e revestidos de concreto, o piso e as paredes do cofre têm 1,1 metros de espessura, segundo a PF.
Túnel
O túnel construído tem aproximadamente 80 metros de extensão e 70 centímetros de espessura, ainda segundo a PF, e é revestido de madeira e lona plástica. A estrutura também contava com um sistema de iluminação elétrica.
Dentro do túnel foram encontradas ferramentas como um alicate de corte grande, uma furadeira, uma serra elétrica e um maçarico.
Entre as pistas que a PF investiga está também o carro usado pelos ladrões, um furgão branco com a logomarca da empresa de fachada. Quatro testemunhas, que vivem ou trabalham na região, foram ouvidas.
Em nota, o Banco Central informou que as "notas haviam sido recolhidas pela rede bancária e teriam seu estado de conservação analisado pelo Departamento do Meio Circulante. Após a análise, parte das cédulas seria encaminhada de volta ao sistema financeiro e parte seria incinerada."
Sindicância
A sindicância interna aberta pelo Banco Central será presidida pelo diretor de Estudos Especiais, Alexandre Tombini e contará com mais três integrantes: Afonso Sant'anna Bevilaqua, diretor de Política Monetária; Paulo Sérgio Cavalheiros, diretor de Fiscalização; e Francisco Siqueira, procurador-geral. O prazo para conclusão é de 30 dias.
A Polícia Federal investiga o caso com o apoio das polícia Militar, Civil e Rodoviária Federal do Ceará, além do Corpo de Bombeiros.
Com Agência Folha
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PF deve divulgar retratos falados de dois acusados de assaltar BC
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Devem ser divulgados nesta terça-feira os retratos falados de dois acusados de assaltar a sede do Banco Central, em Fortaleza (CE), no fim de semana. Foram levados mais de R$ 150 milhões, segundo a Polícia Federal, que investiga o caso. Este pode ser o maior assalto a banco ocorrido no país.
O BC determinou a abertura de uma sindicância interna para investigar o caso. De acordo com a instituição, os cinco contêineres violados continham cédulas de R$ 50. A quantia pesaria, portanto, 3,5 toneladas. A suspeita é que o grupo seja formado, ao todo, por seis a dez pessoas.
O crime foi descoberto às 8h desta segunda-feira quando o cofre, que havia sido fechado às 18h de sexta, foi reaberto. Sensores de movimento não dispararam e o circuito interno de vigilância não registrou imagens da ação.
Jarbas Oliveira/Folha Imagem |
Sede do Banco Central em Fortaleza (CE) |
O suposto negócio, de venda e plantio de gramas naturais e artificiais, ajudava a justificar a retirada freqüente de terra, resultado da escavação realizada no último cômodo do imóvel, no subsolo. Para facilitar a respiração, um ar-condicionado foi instalado.
Foi necessário ainda, ao final, perfurar o piso da casa-forte. Feitos de ferro e revestidos de concreto, o piso e as paredes do cofre têm 1,1 metros de espessura, segundo a PF.
Túnel
O túnel construído tem aproximadamente 80 metros de extensão e 70 centímetros de espessura, ainda segundo a PF, e é revestido de madeira e lona plástica. A estrutura também contava com um sistema de iluminação elétrica.
Dentro do túnel foram encontradas ferramentas como um alicate de corte grande, uma furadeira, uma serra elétrica e um maçarico.
Entre as pistas que a PF investiga está também o carro usado pelos ladrões, um furgão branco com a logomarca da empresa de fachada. Quatro testemunhas, que vivem ou trabalham na região, foram ouvidas.
Em nota, o Banco Central informou que as "notas haviam sido recolhidas pela rede bancária e teriam seu estado de conservação analisado pelo Departamento do Meio Circulante. Após a análise, parte das cédulas seria encaminhada de volta ao sistema financeiro e parte seria incinerada."
Sindicância
A sindicância interna aberta pelo Banco Central será presidida pelo diretor de Estudos Especiais, Alexandre Tombini e contará com mais três integrantes: Afonso Sant'anna Bevilaqua, diretor de Política Monetária; Paulo Sérgio Cavalheiros, diretor de Fiscalização; e Francisco Siqueira, procurador-geral. O prazo para conclusão é de 30 dias.
A Polícia Federal investiga o caso com o apoio das polícia Militar, Civil e Rodoviária Federal do Ceará, além do Corpo de Bombeiros.
Com Agência Folha
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