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17/10/2005 - 20h58

Presos de unidades superlotadas de SP fazem rebeliões e matam rivais

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da Folha Online

Três penitenciárias superlotadas do Estado de São Paulo foram palcos de rebeliões nesta segunda-feira. Em uma delas, a penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos (Grande São Paulo), três detentos foram mortos por rivais --um deles foi degolado.

Em Guarulhos, o motim começou por volta das 7h30, devido a uma briga entre presos. Onze pessoas, incluindo o diretor de segurança e disciplina da unidade, foram mantidas reféns. Elas foram libertadas por volta das 18h30.

F.Donasci/Folha Imagem
Presos sobem no telhado durante rebelião em Guarulhos
Presos sobem no telhado durante rebelião em Guarulhos
Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, entre as reclamações apresentadas pelos presos ao secretário Nagashi Furukawa, que esteve na unidade à tarde, estavam a mistura de presos de facções inimigas, maus-tratos por parte da diretoria e atrasos de até três anos na apreciação de benefícios, por parte da Vara de Execuções Criminais.

Um dos presos mortos, Edézio José Lins da Silva, 31, foi decapitado. Ele cumpria pena de 13 anos por tráfico de drogas. Também foram mortos Athayde José Ribeiro Neto, 23, condenado por roubo, e Adilson de Jesus dos Reis, 30, o Gordo, condenado por roubo e furto.

A penitenciária tem capacidade para até 804 homens, mas abriga 1.049.

Itapetininga

De acordo com a secretaria, na penitenciária 2 de Itapetininga (163 km de São Paulo), o motim começou por volta das 8h, com uma tentativa de fuga. Frustrados, os presos mantiveram dez funcionários reféns durante cerca de uma hora.

Em revista realizada durante a tarde, foram apreendidas na unidade quatro bombas artesanais, uma bomba-relógio, duas armas artesanais feitas em papel e sabão, 16 celulares e 800 g de maconha.

Entre os rebelados, 14 foram transferidos para o chamado RDE (Regime Disciplinar Especial).

A penitenciária tem capacidade para 804 presos, mas abriga 1.132.

Avanhandava

Já na penitenciária de Avanhandava (485 km de São Paulo), a rebelião começou por volta das 8h30, quando um agente de segurança penitenciária foi feito refém por presos de um pavilhão disciplinar. Pouco depois, todos os raios da unidade estavam envolvidos.

Durante as negociações, os rebelados exigiram a presença da juíza da Vara de Execuções Criminais de Araçatuba, Beatriz Afonso Pascoal Queiroz. Ela esteve no local, mas nenhuma reivindicação foi apresentada, ainda segundo a secretaria. O tumulto terminou às 18h30.

Com capacidade para 768 presos, a unidade abriga 926 atualmente.

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