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01/12/2005
-
20h21
da Folha Online
Dois dos quatro homens encontrados mortos em um carro nesta quinta-feira no Rio foram reconhecidos como autores do ataque ao ônibus que deixou cinco pessoas mortas na zona norte da cidade na terça-feira (29).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, dois sobreviventes do ataque foram ao IML (Instituto Médico Legal) e reconheceram Bruno Monteiro Falcão, 18, como o homem que jogou gasolina no coletivo. O outro, que ainda não foi identificado, teria agredido o motorista e o retirado do ônibus.
Fabiano Henrique de Brito Silva, 25, também foi identificado, por meio de suas impressões digitais. Ao contrário de Falcão --que tinha passagens por porte ilegal de armas-- Silva não tinha antecedentes criminais. O quarto homem permanece sem identificação. Segundo o IML, os dois não identificados jamais tiveram uma carteira de identidade emitida no Estado do Rio de Janeiro.
Chacina
Os corpos dos quatro supostos responsáveis pelo incêndio apresentavam marcas de tiros e estavam em um carro, perto do local onde o ônibus foi queimado, na zona norte da cidade. Um cartaz assinado pela facção CVRL, a sigla para Comando Vermelho Roberto Lemgruber --um dos fundadores da facção criminosa--, apontava os quatro como culpados pelo incêndio.
O secretário da segurança do Rio, Marcelo Itagiba, determinou que líderes de facções presos na Penitenciária Bangu 1 sejam interrogados. A polícia teria informações de que a ordem para o ataque ao ônibus teria partido de dentro da cadeia e sido executado pelos quatro homens mortos.
Na noite de quarta-feira (30), a Secretaria Estadual da Segurança Pública divulgou que havia identificado cinco traficantes do morro da Fé, no bairro da Penha, como mandantes e executores do crime. A Polícia Militar ocupou o morro, além do Quitungo, em Brás de Pina, onde estariam escondidos os criminosos.
Vítimas
O ataque ao ônibus ocorreu por volta das 22h30 da última terça na rua Irapuá, na Penha Circular (zona norte). O veículo fazia a linha Passeio-Irajá.
Segundo a polícia, duas ou três jovens aparentando 18 anos fizeram sinal para que o veículo parasse. Em seguida, um homem entrou no ônibus e ordenou a saída do motorista e dos passageiros, mas muitos não conseguiram escapar.
Cinco pessoas morreram carbonizadas. Outras 11 ficaram feridas.
Todas as identidades dos suspeitos são mantidas sob sigilo, para não prejudicar as investigações. Ninguém foi preso e ainda não se sabe se os corpos encontrados estão entre os suspeitos. Um homem foi detido na operação policial desta quinta, mas não há confirmação se ele é considerado suspeito no caso.
Uma das hipóteses é a de que o ataque ao ônibus tenha sido promovido em represália à morte de um suposto traficante identificado como Leonardo de Souza Ribeiro, 22, o Ciborg. Ele havia sido morto pouco antes, durante um suposto confronto com policiais militares.
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Dois dos quatro homens encontrados mortos em um carro nesta quinta-feira no Rio foram reconhecidos como autores do ataque ao ônibus que deixou cinco pessoas mortas na zona norte da cidade na terça-feira (29).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, dois sobreviventes do ataque foram ao IML (Instituto Médico Legal) e reconheceram Bruno Monteiro Falcão, 18, como o homem que jogou gasolina no coletivo. O outro, que ainda não foi identificado, teria agredido o motorista e o retirado do ônibus.
SSP/RJ |
Silva (esq.) e Falcão, que teria jogado gasolina no ônibus |
Chacina
Os corpos dos quatro supostos responsáveis pelo incêndio apresentavam marcas de tiros e estavam em um carro, perto do local onde o ônibus foi queimado, na zona norte da cidade. Um cartaz assinado pela facção CVRL, a sigla para Comando Vermelho Roberto Lemgruber --um dos fundadores da facção criminosa--, apontava os quatro como culpados pelo incêndio.
O secretário da segurança do Rio, Marcelo Itagiba, determinou que líderes de facções presos na Penitenciária Bangu 1 sejam interrogados. A polícia teria informações de que a ordem para o ataque ao ônibus teria partido de dentro da cadeia e sido executado pelos quatro homens mortos.
Na noite de quarta-feira (30), a Secretaria Estadual da Segurança Pública divulgou que havia identificado cinco traficantes do morro da Fé, no bairro da Penha, como mandantes e executores do crime. A Polícia Militar ocupou o morro, além do Quitungo, em Brás de Pina, onde estariam escondidos os criminosos.
A.C.Fernandes/Folha Imagem |
Cartaz deixado ao lado de corpos |
O ataque ao ônibus ocorreu por volta das 22h30 da última terça na rua Irapuá, na Penha Circular (zona norte). O veículo fazia a linha Passeio-Irajá.
Segundo a polícia, duas ou três jovens aparentando 18 anos fizeram sinal para que o veículo parasse. Em seguida, um homem entrou no ônibus e ordenou a saída do motorista e dos passageiros, mas muitos não conseguiram escapar.
Cinco pessoas morreram carbonizadas. Outras 11 ficaram feridas.
Todas as identidades dos suspeitos são mantidas sob sigilo, para não prejudicar as investigações. Ninguém foi preso e ainda não se sabe se os corpos encontrados estão entre os suspeitos. Um homem foi detido na operação policial desta quinta, mas não há confirmação se ele é considerado suspeito no caso.
Uma das hipóteses é a de que o ataque ao ônibus tenha sido promovido em represália à morte de um suposto traficante identificado como Leonardo de Souza Ribeiro, 22, o Ciborg. Ele havia sido morto pouco antes, durante um suposto confronto com policiais militares.
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