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15/02/2006 - 18h12

Juiz determina que suspeita de jogar bebê em lagoa passe por exames mentais

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da Folha Online

O juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte (MG), Nelson Missias de Morais, suspendeu nesta quarta-feira o processo que acusa Simone Cassiano da Silva, 29, de ter jogado sua filha recém-nascida na lagoa da Pampulha. Ela será submetida a exames de sanidade mental.

De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, o juiz determinou exames para verificar a integridade mental de Silva, assim como a possibilidade de ela ter sofrido depressão pós-parto.

Durante depoimento prestado à Justiça nesta quarta, a vendedora afirmou que ama sua filha e que a quer de volta. "Eu cuidava dela todos os dias e a via entubada. Só fiz isso por desespero. Tinha muitas recomendações médicas. Tive medo de não conseguir cuidar dela", disse.

Reprodução
Homem retira bebê que boiava na lagoa da Pampulha (MG)
Homem retira bebê que boiava na lagoa da Pampulha (MG)
Silva disse que não sabia da gravidez e que seu diagnóstico era de disfunção hormonal. Para o Ministério Público, ela simulou os sintomas e fingiu ter um tumor no útero para esconder do atual namorado que estava grávida de outro homem e justificar as consultas médicas.

No depoimento, Silva disse ter entregado a criança a desconhecidos e ido para casa em seguida. Disse ainda que só reconheceu a filha nos jornais, nas imagens do resgate dela, graças às roupas.

No último dia 10, o mesmo juiz havia recebido a denúncia (acusação formal) do Ministério Público --que acusa Silva de tentativa de homicídio contra a própria filha-- e decretado a prisão preventiva da vendedora.

Abandono

A criança nasceu prematura em novembro do ano passado. Ficou na maternidade até o dia 28, quando foi jogada na lagoa em um saco plástico amarrado a um pedaço de madeira.

Seu choro foi ouvido por um casal que passeava na orla e pediu socorro. Com a ajuda de um pedaço de madeira, um homem conseguiu retirar o saco da água. Inicialmente, segundo a polícia, eles confundiram o choro da bebê com miados e pensaram tratar-se de um gato.

A menina foi entregue na semana passada a um casal cadastrado no Juizado da Infância e Juventude de Belo Horizonte.

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