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25/02/2006
-
16h09
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
Depois do luxo da primeira noite do Carnaval paulistano, as escolas que desfilarão neste sábado vão tentar driblar a falta de recursos e tradição para disputar o título.
No grupo, há apenas duas vencedoras na competição --a X-9 Paulistana, que ganhou em 1997 e 2000, e a Peruche, que conquistou títulos na década de 60.
O desfile da Unidos do Peruche, primeira a entrar na avenida, está marcado para começar às 22h45. O último, da X-9, deve começar às 5h05. Ainda há ingressos disponíveis.
Entre as escolas do Grupo Especial, quem tem menos recursos é a Leandro de Itaquera, que gastou menos de R$ 500 mil. "Queríamos R$ 1 milhão, mas, com as dificuldades, devemos fechar em meio milhão", diz Leandro Martins, presidente da escola.
A Leandro, que falará sobre as festas populares às margens do rio Tietê, exibirá bonecos do governador Geraldo Alckmin e do prefeito José Serra (ambos do PSDB). A homenagem gerou polêmica.
No desfile de sexta (24), o menor orçamento foi o da Camisa Verde e Branco (R$ 600 mil); o maior, da Gaviões da Fiel (cerca de R$ 3 milhões).
Pouco dinheiro e menos tradição, no entanto, não querem dizer falta de condições de levar o título de 2006. No ano passado, a Império de Casa Verde (que desfilou sexta) venceu o Carnaval pela primeira vez.
Com enredo sobre a agricultura, a Acadêmicos do Tucuruvi gastará cerca de R$ 1 milhão --parte doada pela Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. "Apostamos em um Carnaval técnico. Não temos condições de disputar com as grandes", diz Eduardo Caetano, carnavalesco.
Também com um orçamento de cerca de R$ 1 milhão, a Águia de Ouro falará sobre os direitos das crianças. Outra que gastará esse valor será a Mancha Verde, com um enredo sobre os injustiçados e perseguidos, como Jesus Cristo. A agremiação levará à avenida homens-bomba e 40 odaliscas que representam o comitê de recepção aos mártires no céu.
Com orçamento de R$ 1,2 milhão, a X-9 Paulistana, segunda colocada no ano passado, contará a história da incógnita X do início da humanidade até o X-burguer. A Unidos do Peruche gastou entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão e homenageará Santos Dumont.
Segunda a desfilar, a Tom Maior, que enfocará o Piauí, promete levar para a avenida Frank Aguiar, o rei do forró. Alguns de seus carros alegóricos foram feitos de palha de carnaúba, elemento característico da região. O material elevou o custo da apresentação para R$ 1,8 milhão, sendo que o governo piauiense contribuiu com R$ 200 mil, diz o carnavalesco Marco Aurélio Rufim.
O orçamento da Tom Maior só será superado, neste sábado, pelo da Unidos de Vila Maria, com R$ 1,9 milhão. A escola homenageará os transportadores e terá um abre-alas de cem metros de comprimento representando uma caravela. Apesar do orçamento inflado, é no desempenho dos integrantes que a agremiação deposita sua maior esperança. "O destaque é a comunidade", diz o carnavalesco Wagner Santos.
Com LUCAS NEVES e DANIELA TÓFOLI da Folha de S.Paulo
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da Folha de S.Paulo
Depois do luxo da primeira noite do Carnaval paulistano, as escolas que desfilarão neste sábado vão tentar driblar a falta de recursos e tradição para disputar o título.
No grupo, há apenas duas vencedoras na competição --a X-9 Paulistana, que ganhou em 1997 e 2000, e a Peruche, que conquistou títulos na década de 60.
O desfile da Unidos do Peruche, primeira a entrar na avenida, está marcado para começar às 22h45. O último, da X-9, deve começar às 5h05. Ainda há ingressos disponíveis.
Entre as escolas do Grupo Especial, quem tem menos recursos é a Leandro de Itaquera, que gastou menos de R$ 500 mil. "Queríamos R$ 1 milhão, mas, com as dificuldades, devemos fechar em meio milhão", diz Leandro Martins, presidente da escola.
A Leandro, que falará sobre as festas populares às margens do rio Tietê, exibirá bonecos do governador Geraldo Alckmin e do prefeito José Serra (ambos do PSDB). A homenagem gerou polêmica.
No desfile de sexta (24), o menor orçamento foi o da Camisa Verde e Branco (R$ 600 mil); o maior, da Gaviões da Fiel (cerca de R$ 3 milhões).
Pouco dinheiro e menos tradição, no entanto, não querem dizer falta de condições de levar o título de 2006. No ano passado, a Império de Casa Verde (que desfilou sexta) venceu o Carnaval pela primeira vez.
Com enredo sobre a agricultura, a Acadêmicos do Tucuruvi gastará cerca de R$ 1 milhão --parte doada pela Federação da Agricultura do Estado de São Paulo. "Apostamos em um Carnaval técnico. Não temos condições de disputar com as grandes", diz Eduardo Caetano, carnavalesco.
Também com um orçamento de cerca de R$ 1 milhão, a Águia de Ouro falará sobre os direitos das crianças. Outra que gastará esse valor será a Mancha Verde, com um enredo sobre os injustiçados e perseguidos, como Jesus Cristo. A agremiação levará à avenida homens-bomba e 40 odaliscas que representam o comitê de recepção aos mártires no céu.
Com orçamento de R$ 1,2 milhão, a X-9 Paulistana, segunda colocada no ano passado, contará a história da incógnita X do início da humanidade até o X-burguer. A Unidos do Peruche gastou entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão e homenageará Santos Dumont.
Segunda a desfilar, a Tom Maior, que enfocará o Piauí, promete levar para a avenida Frank Aguiar, o rei do forró. Alguns de seus carros alegóricos foram feitos de palha de carnaúba, elemento característico da região. O material elevou o custo da apresentação para R$ 1,8 milhão, sendo que o governo piauiense contribuiu com R$ 200 mil, diz o carnavalesco Marco Aurélio Rufim.
O orçamento da Tom Maior só será superado, neste sábado, pelo da Unidos de Vila Maria, com R$ 1,9 milhão. A escola homenageará os transportadores e terá um abre-alas de cem metros de comprimento representando uma caravela. Apesar do orçamento inflado, é no desempenho dos integrantes que a agremiação deposita sua maior esperança. "O destaque é a comunidade", diz o carnavalesco Wagner Santos.
Com LUCAS NEVES e DANIELA TÓFOLI da Folha de S.Paulo
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