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01/03/2006
-
17h46
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
Campeã do Grupo Especial do Carnaval do Rio, a Vila Isabel chega ao título sem o maior símbolo da escola, o cantor Martinho da Vila, que afastou-se do desfile neste ano devido a uma rixa com a diretoria da escola. O desfile foi muito mais luxuoso que o de anos anteriores em parte graças ao patrocínio da PDVSA, petrolífera do governo venezuelano.
O presidente da Vila, Wilson Vieira Alves, disse ao término da apuração, que ocorreu na tarde desta Quarta-Feira de Cinzas, que a vitória é resultado do "bom trabalho e do samba-enredo".
Neste ano, a escola apresentou-se com o samba "Soy loco por ti America - A Vila canta a latinidade", sobre a miscigenação entre os povos.
Ele disse ainda que a vitória "marca o fato de a Vila estar se recuperando". Somente em 2003 a Vila voltou ao Grupo Especial do Carnaval carioca. Ela havia sido campeã do Grupo Especial pela última vez em 1988, com o enredo "Kizomba, Festa da Raça".
Desfile
Ao som do enredo com versos "A Vila Isabel semeia/ Sua poesia em 'portunhol'", a escola iniciou o desfile com uma comissão de frente que fazia referência às bananas. Além dos integrantes com roupas que lembravam a fruta, havia uma alegoria que abria e fechava, como a casca da banana.
As primeiras alas e carros alegóricos mostravam a civilização pré-colombiana --antes da chegada dos Europeus. O Brasil apareceu em um carro alegórico que mostrava uma oca gigante. Além de muita palha, ele tinha vasos de cerâmica marajoara, típica da ilha de Marajó.
Para falar sobre a Festa dos Mortos, do México, que representa uma ponte entre o mundo dos vivos e o dos seus antepassados, o carnavalesco Alexandre Louzada idealizou um carro com 76 caveiras de fibra de vidro. O carro que fechou o desfile trouxe uma homenagem ao herói da independência dos países andinos, Simon Bolívar (1783-1830).
Um dos destaques ficou por conta do carnavalesco Joãosinho Trinta, 72, que apareceu em um carrinho motorizado emprestado pela Rede Sarah de hospitais, de Brasília (DF), junto a outros cadeirantes --em novembro de 2004, ele preparava o desfile da Vila quando sofreu um derrame.
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da Folha Online, no Rio
Campeã do Grupo Especial do Carnaval do Rio, a Vila Isabel chega ao título sem o maior símbolo da escola, o cantor Martinho da Vila, que afastou-se do desfile neste ano devido a uma rixa com a diretoria da escola. O desfile foi muito mais luxuoso que o de anos anteriores em parte graças ao patrocínio da PDVSA, petrolífera do governo venezuelano.
O presidente da Vila, Wilson Vieira Alves, disse ao término da apuração, que ocorreu na tarde desta Quarta-Feira de Cinzas, que a vitória é resultado do "bom trabalho e do samba-enredo".
Marcelo Sayão/Efe |
Desfile da Vila Isabel, campeã do Carnaval do Rio em 2006 |
Ele disse ainda que a vitória "marca o fato de a Vila estar se recuperando". Somente em 2003 a Vila voltou ao Grupo Especial do Carnaval carioca. Ela havia sido campeã do Grupo Especial pela última vez em 1988, com o enredo "Kizomba, Festa da Raça".
Desfile
Ao som do enredo com versos "A Vila Isabel semeia/ Sua poesia em 'portunhol'", a escola iniciou o desfile com uma comissão de frente que fazia referência às bananas. Além dos integrantes com roupas que lembravam a fruta, havia uma alegoria que abria e fechava, como a casca da banana.
As primeiras alas e carros alegóricos mostravam a civilização pré-colombiana --antes da chegada dos Europeus. O Brasil apareceu em um carro alegórico que mostrava uma oca gigante. Além de muita palha, ele tinha vasos de cerâmica marajoara, típica da ilha de Marajó.
Para falar sobre a Festa dos Mortos, do México, que representa uma ponte entre o mundo dos vivos e o dos seus antepassados, o carnavalesco Alexandre Louzada idealizou um carro com 76 caveiras de fibra de vidro. O carro que fechou o desfile trouxe uma homenagem ao herói da independência dos países andinos, Simon Bolívar (1783-1830).
Um dos destaques ficou por conta do carnavalesco Joãosinho Trinta, 72, que apareceu em um carrinho motorizado emprestado pela Rede Sarah de hospitais, de Brasília (DF), junto a outros cadeirantes --em novembro de 2004, ele preparava o desfile da Vila quando sofreu um derrame.
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